Com inauguração prevista para 2024, BH ganha praça no marco zero da cidade
O projeto, da Dávila Arquitetura, é um marco inédito, um exemplo de projeto público privado que resgata a memória urbana e tem inauguração prevista para 2024.
Belo Horizonte vai ganhar um novo equipamento cultural localizado em uma das áreas mais nobres da cidade, junto à Igreja da Boa Viagem. O equipamento público, localizado no antigo centro do Arraial do Curral D’el Rey, integra o complexo multifuncional: History Funcionários, que reúne unidades residenciais, empresariais e comerciais.
Afonso Walace, arquiteto da Dávila Arquitetura, explica que a Praça Memorial estabelecida pelo History será a extensão funcional da área verde da Praça da Boa Viagem. E que uma das importantes contribuições desta área livre é a de liberar a visão da Catedral para quem passa pela Avenida Afonso Pena (a principal da cidade).
“Um dos destaques do projeto é a maneira com a qual o empreendimento se relaciona com os vizinhos, em especial a interação espacial de generosidade a partir da igreja histórica. Nesse movimento, recorreu à verticalização da torre residencial, concentrando a ocupação do terreno em um ponto, com a consequente liberação de área em outro. Assim surgiu o conceito da praça que integra o empreendimento, a qual denominamos Praça Memorial e que, em um ato de partilha, se oferece ao uso público”.
Afonso revela ainda que o novo equipamento da Construtora Canopus terá aproximadamente 2.700 m2 e fará em seu desenho registros históricos da cidade como, por exemplo, a reprodução no formato de suas calçadas, o antigo desenho urbano das ruelas do Arraial do Curral D’el Rey.
“Já o desenho ortogonal da nova capital será intercalado ao das ruelas através dos canteiros verdes, que representam suas quadras”.
Para completar, segundo o arquiteto, o paisagismo da nova praça estabelecerá uma referência às antigas construções do arraial original (movimento de desenho de Belo Horizonte), ao mesmo tempo homenageando o antigo desenho das ruelas do Arraial, superpostas pela também já histórica malha ortogonal de Aarão Reis. “Deste movimento surge o desenho da nova praça.
O efeito plástico foi alcançado fazendo do desenho das ruelas as calçadas, pelas quais o caminhante percorre a praça, enquanto as quadras da nova cidade estão representadas pelos canteiros verdes.
O paisagismo complementa o registro memorial através da vegetação: árvores de maior porte representam as edificações maiores, enquanto as edificações menores, em sua maioria casas, são representadas por árvores menores ao longo do jardim.
Esta proposta carregada de simbolismo traz um modelo de experiência urbanística que nos agradou criar e oferecer”, detalha Afonso. Um presente para a cidade de Belo Horizonte.
A Praça Memorial foi desenvolvida com o apoio de profissionais como Célia Corsino (COR Exposições; projeto expográfico), Forma Garden (Paisagismo) e Atiaîa Design (projeto luminotécnico).
Contato:
Dávila Arquitetura
(31) 3303-2100
http://www.davila.arq.br/