Júlia Guadix elenca as vantagens e recomendações necessárias para o uso do canto alemão
Originário de restaurantes, cafés e bares da Alemanha, o canto alemão se tornou tendência nos projetos de arquitetura de interiores pelo mundo. Composto por um banco ou sofá, mesa e cadeiras, ele é, ao mesmo tempo, funcional e decorativo.
O conjunto é perfeito para otimizar ao máximo o espaço da cozinha, sala de jantar ou varanda. O estilo conquistou os lares e vem se modernizando.
Apostar na tendência vai muito além de aproveitar melhor o ambiente. Ocupando menos espaço, ela consegue comportar mais pessoas do que uma mesa de refeições comum. Respeitando a área para cada um se alimentar confortavelmente, é possível posicionar até três convidados a mais, dependendo da metragem.
Entretanto, engana-se quem pensa que o canto alemão se encaixa apenas em projetos com medidas reduzidas. Há quem o escolha em busca dessa estética mais acolhedora, que se encaixa nos diferentes tipos de residências.
“Normalmente, ele é especificado para ambientes menores, porém isso não é uma regra. Afinal, um bom projeto consegue adaptar o canto alemão para todos os tamanhos”, afirma a arquiteta Júlia Guadix.
A profissional reuniu alguns pontos essenciais sobre o assunto:
Antes de qualquer coisa… – Como primeira etapa, é muito importante observar atentamente o espaço que receberá o canto alemão. Isso inclui tirar medidas do local e dos móveis que escolher, pois a mesa deve encaixar perfeitamente com o sofá, que, por sua vez, não pode ser desproporcional, com risco de prejudicar a circulação do ambiente.
“Em relação a mesa, recomendo que ela tenha um pé central para não atrapalhar a entrada e saída das pessoas, deixando a ponta mais livre”, aconselha a arquiteta. No caso do formato da peça, ele deve seguir a estrutura do banco. Se este for longo, o melhor é investir em um modelo retangular, o que irá contribuir com a simetria. Além dele, o quadrado também pode funcionar. Opte pela mesa redonda apenas se for usá-la em lugares bem pequenos.
Vantagens e mais vantagens – “A principal vantagem dessa tendência é economizar espaço, ganhando circulação no cômodo”, conta Júlia Guadix. Sendo assim, o canto alemão precisa de, no mínimo, 45 a 50 cm de profundidade em comparação aos 70 cm de um conjunto comum, quando usamos cadeiras.
Para escolher o sofá ou o banco ideal, é essencial priorizar o conforto durante as refeições. Dessa forma, o recomendado é uma altura de 45 cm e comprimento de 60 cm para cada pessoa. “Quanto ao estofado, é importante pensar na densidade, sendo melhor optar por algo mais firme que ofereça, ao mesmo tempo, segurança e bem-estar”, afirma. Com um espaço aconchegante, os convidados vão até disputar o lugar para sentar-se!
Outra possibilidade é montar o canto com um baú embutido nos bancos para armazenar objetos, evitando a necessidade de mais um móvel. Com relação às cadeiras, elas podem ou não ter o mesmo tom do sofá, essa decisão estará conectada com a decoração. Além disso, não é necessário colocar três modelos iguais! Desde que elas conversem pela cor, material ou estilo.
Detalhes adoráveis – Será o conjunto dos elementos que ajudará a dar ainda mais destaque ao canto alemão, independente do ambiente que ele for instalado. Assim, a iluminação, centros de mesa, almofadas, quadros, toalhas, tapetes são alguns detalhes que fazem toda a diferença! O uso de pendentes e luminárias, por exemplo, contribuem para uma luz focada, deixando o clima mais intimista.
Montar uma parede-galeria acima do conjunto também traz um charme ao local. Nesse caso, dá para brincar tanto com os formatos, cores e tamanhos quanto com as imagens expostas. Mais uma vez, isso irá depender do estilo da decoração e, acima de tudo, da personalidade dos moradores. “É sempre bom ir testando todos os elementos para o resultado trazer alegria e conforto, visual e físico”, finaliza a profissional.
Contato:
Studio Guadix
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