A reforma do apartamento no Batel articula integração, luz natural e materiais naturais para atualizar um imóvel dos anos 1960 sem perder a identidade original

 

Apartamento no Batel explora integração e materiais naturais

Reforma no Batel atualiza um apartamento dos anos 1960 com integração, materiais naturais, iluminação bem distribuída e mobiliário com valor afetivo.


Inserção contemporânea em edifício dos anos 1960

O apartamento de 280 m², localizado no Batel, em Curitiba, recebeu intervenção integral assinada pelas arquitetas Camila Trombini e Luiza Monclaro, do escritorio ARQ+CO Studio.

Apartamento no Batel / Fotografia Eduardo Macarios

A proposta buscou conciliar o patrimônio construtivo do edifício da década de 1960 com novas demandas de uso. A atualização completa da infraestrutura — prumadas, quadros elétricos, fiação, paredes e revestimentos — redefiniu a base técnica do imóvel, preservando somente o piso de taco original na ala íntima.

Adequação da planta às novas necessidades

A planta original, típica de construções antigas, foi encontrada praticamente intacta pelos moradores. A reorganização espacial foi conduzida para atender à dinâmica contemporânea do casal, que valoriza o design nacional e costuma receber convidados. A reforma, concluída em seis meses, envolveu revisão de instalações e redistribuição funcional dos ambientes, garantindo maior racionalidade no layout.

Apartamento no Batel / Fotografia Eduardo Macarios

Pilar central como articulador do estar

Na área social, o pilar arredondado posicionado no centro da sala tornou-se o eixo que estrutura dois usos complementares: um estar voltado ao cotidiano familiar e um living destinado à recepção. A configuração quadrada da planta permitiu integrar a circulação e ampliar a continuidade espacial. O piso da sala, selecionado pela combinação entre resistência e caráter estético, responde ao tráfego intenso de uma família com criança e cachorro.

Transição espacial e luz natural

O hall de entrada, revestido em madeira e com pé-direito mais baixo, cumpre papel de filtro visual e sensorial antes da chegada à sala iluminada por uma janela de 10 metros voltada para o norte. A abertura generosa distribui luz natural ao longo do dia e acentua a sensação de amplitude, reforçando o contraste entre zonas mais introspectivas e áreas abertas do apartamento.

Apartamento no Batel / Fotografia Eduardo Macarios

Composição afetiva e mobiliário com história

Elementos afetivos permeiam o projeto. A luminária de piso recuperada, pertencente ao avô da moradora, e as cadeiras adquiridas em antiquário antes da restauração incorporam camadas narrativas ao interior. A escolha por peças com trajetória própria estrutura uma decoração marcada por identidade e coerência material.

Lavabo e contraste cromático

O lavabo adota tonalidades mais escuras, operando como contraponto ao conjunto claro da área social. O uso de cor e revestimentos reforça a intenção de criar um ambiente compacto, porém expressivo, alinhado ao caráter mais reservado desse tipo de programa.

Apartamento no Batel / Fotografia Eduardo Macarios

Suítes com materiais naturais e reorganização funcional

A zona íntima reúne três suítes com paleta neutra e materiais naturais, como palha, linho e tramas suaves. A suíte máster recebeu reconfiguração com inclusão de closet anterior ao banheiro, ampliando a praticidade no uso diário e oferecendo transição mais fluida entre descanso e preparo pessoal.

Apartamento no Batel / Fotografia Eduardo Macarios

Iluminação como desenho de atmosfera

A iluminação, desenvolvida pelo Studio Eled Light, prioriza uma leitura acolhedora dos ambientes. Na área social, luminárias redondas embutidas substituem perfis de LED, permitindo luz pontual e discreta. Nos quartos e áreas de apoio, os perfis aparecem em pontos estratégicos, como armários e banheiros. Abajures e luminárias de piso complementam o conjunto, criando cenas luminosas ajustadas a diferentes momentos do dia.

 

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#Estratégias espaciais e leitura do edifício

O projeto demonstra domínio na mediação entre pré-existência e atualização programática. A decisão de preservar o taco original somente na área íntima evidencia discernimento sobre valor material e continuidade histórica, enquanto a renovação integral das infraestruturas restabelece o desempenho técnico necessário ao uso contemporâneo. A manutenção da lógica construtiva do edifício dos anos 1960, aliada à reorganização funcional, revela atenção ao diálogo entre materialidade e tempo.

#Elemento estrutural como articulador da dinâmica social

O pilar arredondado, posicionado no centro da sala, vai além de sua função estrutural. Ele se converte em operador espacial que distingue usos sem promover barreiras visuais. A solução reforça a fluidez da área social e evidencia recurso projetual capaz de organizar fluxos, orientar percursos e criar gradações de convivência — uma estratégia precisa em plantas amplas.

#Materiais, luz e transições como construção de atmosfera

A contraposição entre o hall mais contido e a sala amplamente iluminada apresenta leitura cuidadosa das transições de luminosidade como ferramenta compositiva. A janela de 10 metros, voltada ao norte, potencializa a iluminação natural e qualifica a experiência espacial. O tratamento cromático do lavabo, em tonalidades densas, atua como pausa visual que valoriza o contraste presente no conjunto.

#Afetividade e curadoria do mobiliário

A incorporação de peças com trajetória própria, como a luminária restaurada e as cadeiras garimpadas, demonstra compreensão da dimensão narrativa do mobiliário. O interior não é somente funcional; ele se constitui como acervo afetivo que personaliza o espaço e reafirma a identidade dos moradores.

#Iluminação como instrumento de conforto e hierarquia

A escolha por embutidos redondos na área social, em substituição aos perfis lineares, evidencia intenção de criar luz mais pontual e silenciosa. Nos espaços de apoio, os perfis aparecem de forma estratégica, garantindo precisão nas tarefas. A combinação entre luz geral, focal e complementar compõe cenas distintas e contribui para uma experiência doméstica equilibrada.

 

Especificação — Sofá: Misti / Mesa de centro Pétala: Zalzupin / Poltrona Din: Sergio Rodrigues / Quadros: Paolo Ridolfi, André Nacli, Pedro Amin, Fernanda Trombini Perez, Mobo 4 You / Tapete: Persepolis / Poltronas laterais Percival: Lafer / Poltrona Jangada: Jean Gillon / Vasos: Zara home / Tecido Puff: Entreposto / Mesa de vidro: Tok Stok / Pendente: Design Selo / Mesa: Jader Almeida / Cadeiras: Zalzupin / Banquetas: Gustavo Bitencourt / Revestimento do piso: Quartzito, Colormix / Revestimento banheiro: Entreposto, Cosy Home / Bancada: Limestone / Luminária: Jader Almeida / Roupa de cama: Entreposto, Cosy Home / Cama: Cia do Móvel / Roupa de cama Trama casa / Tinta parede: Suvinil.

 

Contato:
Arq+Co Studio
https://arqbrasil.com.br/49035/arqco/

 


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