Em Xangri-Lá, no Rio Grande do Sul, a residência Casa Oceano apresenta uma nova abordagem para a habitação no litoral, utilizando um partido arquitetônico engenhoso e a expressividade do concreto para emoldurar a paisagem marítima
A Casa Oceano em Xangri-Lá–RS, com 350 m², destaca-se pela inversão programática que eleva a área social para o segundo pavimento, maximizando a vista para o mar. Sua volumetria em concreto aparente é marcada pela piscina de borda infinita em balanço, que também cobre a garagem. O térreo abriga suítes e estar íntimo, enquanto o piso superior concentra o convívio social e um jardim suspenso.
Estratégia Projetual e a Conexão Visual com o Mar
Localizada em Xangri-Lá, no litoral do Rio Grande do Sul, a Casa Oceano se destaca por sua implantação estratégica e design contemporâneo.
O projeto, assinado pelo escritório Mayresse Arquitetura, tira partido da topografia do terreno e da proximidade com o mar para criar espaços integrados e luminosos.
A residência, com área total de 350 m², distribui-se em dois pavimentos, conectados por uma escada escultórica que se torna um elemento central da composição.
Implantada em um lote com 12 metros de testada por 35 metros de profundidade, o projeto enfrentou o desafio de privilegiar as vistas para o mar a partir das áreas sociais, conduzindo a uma solução programática distintiva.
Inversão Programática e Volumetria Marcante
A estratégia central do projeto reside na inversão do zoneamento tradicional: a área íntima foi disposta no pavimento térreo, enquanto o setor social ocupa o segundo pavimento. Esta decisão permitiu que os espaços de convívio desfrutassem de uma perspectiva desimpedida e contínua do oceano.
A volumetria pura em concreto aparente, com destaque para a piscina de borda infinita posicionada em balanço sobre o acesso de veículos, confere à residência um caráter escultural, tornando-a um elemento de referência na paisagem litorânea. A base da piscina, além de sua função estética, desempenha o papel estrutural de cobertura para a garagem.
Com uma área construída de 350 m², a Casa Oceano organiza seu programa em dois níveis. O pavimento térreo foi concebido para oferecer o aconchego e a funcionalidade de uma residência unifamiliar térrea, abrigando espaço gourmet, estar, jardim interno, lavabo, quatro suítes e a área de serviço.
Um jardim tropical lateral estabelece uma conexão verde e privativa entre as suítes. O acesso ao pavimento superior é realizado por uma escada iluminada por uma abertura zenital, que conduz ao coração social da casa.
O Pavimento Social e a Integração com a Paisagem
O projeto paisagístico, integrado à arquitetura, utiliza espécies nativas da região, criando uma transição suave entre a construção e o entorno natural. A atenção à sustentabilidade se manifesta no aproveitamento da água da chuva, no sistema de aquecimento solar e na escolha de materiais de baixo impacto ambiental.
No segundo pavimento, encontram-se os ambientes de maior utilização e convívio: um segundo espaço gourmet, a sala de estar principal e uma ampla varanda que se abre para o mar. Elemento de destaque neste nível, a piscina de borda infinita projeta-se em balanço na fachada frontal, intensificando a relação com o horizonte.
Para mitigar a incidência solar direta nos horários de maior intensidade, uma pérgola em concreto aparente foi incorporada, funcionando como um quebra-sol horizontal.
Nos fundos deste pavimento, sobre a laje de cobertura das suítes, foi criado um “Espaço Jardim”, um deque elevado que acomoda vegetação e configura uma varanda privativa, ideal para o desfrute do sol com maior privacidade, mantendo uma vista lateral para o mar.
Materialidade e Design de Interiores
O projeto de interiores buscou harmonizar-se com a linguagem arquitetônica, mantendo a expressividade do concreto aparente. Este material dialoga com acabamentos em madeira natural, presentes em peças de design assinado, como a mesa de jantar em louro freijó, e nos elementos ripados de madeira utilizados como fechamento e controle de luminosidade das esquadrias.
#Partido Arquitetônico
A implantação da Casa Oceano em Xangri-Lá demonstra uma leitura apurada das condicionantes do sítio. A disposição da edificação no terreno explora a topografia e a orientação solar inteligentemente, otimizando a iluminação natural e a ventilação. O partido arquitetônico adotado prioriza a integração dos espaços sociais no pavimento térreo, promovendo a fluidez e a conectividade entre interior e exterior.
Essa concepção da Casa Oceano apresenta soluções projetuais e técnicas que merecem uma análise aprofundada sob a ótica da teoria e prática arquitetônica.
#Implantação Inteligente
A inversão programática adotada na Casa Oceano é uma solução de partido arquitetônico particularmente eficaz para o contexto litorâneo.
Ao posicionar as áreas sociais no pavimento superior, o projeto atende ao anseio primordial pela vista desobstruída do mar e otimiza a privacidade das áreas íntimas no térreo, protegendo-as do fluxo mais intenso da orla. Esta decisão demonstra uma compreensão arguta das condicionantes do entorno e das prioridades funcionais dos usuários.
Como a edificação se assenta no lote, explorando sua profundidade e a testada para o mar, reflete um estudo de implantação criterioso.
#Expressão Estrutural e Materialidade Coerente
A utilização do concreto aparente como material predominante confere à residência uma identidade visual forte e contemporânea, alinhada a uma estética brutalista que valoriza a sinceridade construtiva. O balanço que sustenta a piscina de borda infinita é um feito técnico notável, que não só define a imagem icônica da casa, mas também resolve a cobertura dos veículos de forma integrada e plástica.
A piscina, neste contexto, transcende sua função recreativa para se tornar um elemento arquitetônico fundamental na composição volumétrica. A pérgola em concreto, atuando como quebra-sol, é outra solução que alia estética e funcionalidade, contribuindo para o conforto ambiental dos espaços sociais sem obstruir a vista.
A escolha da madeira natural nos interiores e nos ripados das esquadrias estabelece um contraponto material interessante, aquecendo os ambientes e proporcionando um diálogo tátil e visual com a rusticidade do concreto. A iluminação zenital sobre a escada é um recurso bem empregado para valorizar a circulação vertical e introduzir luz natural controladamente.
Contato:
Mayresse Arquitetura
https://arqbrasil.com.br/46006/mayresse/
https://mayresse.com.br/

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