Tendências de mercado, formação de arquitetos, trabalho híbrido, espaços de trabalho agradáveis, planejamento sustentável, crescimento PIB do setor de construção. / Por Guilherme Ommundsen

Arquitetura, mercado e formação

Guilherme Ommundsen, sócio-diretor do Studio DWG

Arquitetura brasileira enfrenta tendências de mercado em constante evolução, como trabalho híbrido, demanda por espaços de trabalho agradáveis e planejamento sustentável. A formação adequada de novos arquitetos é crucial para a sustentabilidade do mercado, e o crescimento do setor de construção deve ser equilibrado e colaborativo.


O ano de 2023 está se aproximando do fim e, com isso, é sempre bom aproveitar esse momento para olhar para trás e refletir sobre várias experiências e aprendizados que se apresentaram nesses últimos 365 dias.

Pensando no universo da arquitetura do Brasil, é possível notar uma série de novas tendências que se iniciam e que devem ganhar ainda mais força em 2024.

Como profissionais de qualquer área, é importante que fiquemos constantemente atualizados e atentos aos movimentos do mercado, para que nós, arquitetos, também possamos evoluir ao lado de nosso ofício.

Agora que a pandemia de Covid-19 já ficou bem para trás, muitos retornaram aos escritórios, porém, ainda buscando manter certos hábitos adquiridos durante a quarentena.

A vontade de ter um espaço de trabalho mais agradável e receptivo hoje é algo que cada vez mais procurado por clientes, para que os seus colaboradores ainda possam se sentir bem-vindos e motivados, mesmo quando não estão mais trabalhando do conforto de seus lares. Essa é uma demanda que deve certamente continuar forte no próximo ano.

Ainda pensando no mundo laboral, hoje em dia é bem comum encontrar vagas de diversas empresas e segmentos que oferecem o trabalho híbrido como um benefício.

Poder cumprir com as suas demandas a partir do aconchego de sua própria casa é definitivamente algo muito atrativo para várias pessoas, até hoje.

Isso explica o aumento de construções residenciais que tenham espaços que servem como um coworking para os seus moradores. Nas casas e apartamentos também é cada vez mais requisitado que sejam planejados cômodos voltados especificamente para o trabalho.

Ter todas essas tendências em mente é ótimo e importante, como foi dito no início do texto, mas de pouco isso servirá se não tivermos também uma formação adequada de novos arquitetos, assim como a vontade dos veteranos do mercado quererem se atualizar quanto às novidades.

A arquitetura brasileira tem uma história muito rica e um futuro que pode ser extremamente promissor.

No entanto, o que vemos hoje é que o ensino e o preparo de muitos que entram na área deixam a desejar. Não conseguem explorar o potencial dessas tendências ao máximo, as quais são cada vez mais e mais efêmeras, demandando pensamento rápido e proatividade, dois elementos que não são bem trabalhados em vários cursos de arquitetura do país.

O que precisamos planejar agora é como manter esse ritmo de crescimento do mercado no país, porém, de uma forma mais sustentável e colaborativa, para auxiliar as novas mentes que entram todo ano na profissão.

Em 2023, o crescimento PIB do setor de construção no Brasil, até junho, foi de 1,5%, segundo dado da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Apesar de ainda ser positivo, já é menor que 2022, cujo crescimento foi de 6,9%, o qual é inferior ao de 2021, com 9,7%.

Esse efeito de queda não pode continuar.

A nova geração tem várias ideias interessantes e criativas, como também trazem uma nova forma de pensar e agir, visto que eles cresceram nesta era altamente digitalizada e ultra conectada.

Eles são muito mais adeptos ao mundo de hoje do que as gerações que vieram antes, porque isso é tudo que eles conhecem, o que é uma vantagem. Eles cresceram nesse mundo líquido e sabem como melhor se movimentarem ele.

Tudo que os jovens precisam é de mais experiência e educação prática, sendo exatamente onde os veteranos devem entrar. Devemos todos ter um olhar de maior paciência e empatia, para podermos ajudar esses novos talentos a alcançarem o seu potencial máximo.

E essa é uma via de mão dupla. Dentro de pouquíssimo tempo, os jovens terão muito a ensinar aos seus mentores também, o que é ótimo e somente contribuirá para o fortalecimento da arquitetura na totalidade.

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