O design social é uma abordagem de design cujo objetivo é criar soluções criativas e inovadoras para problemas sociais, culturais e ambientais

• Design social

Esse procedimento utiliza técnicas como o design thinking, co-criação, empatia e colaboração, que permitem a participação ativa dessas pessoas no processo de criação de soluções.

Isso torna os resultados mais sustentáveis e eficazes, já que são desenvolvidos considerando as particularidades e contextos locais.

Sua principal característica é a busca por soluções criativas e inovadoras que atendam às necessidades reais das pessoas e comunidades afetadas por esses problemas.

O design social pode ser aplicado em diversas áreas, como saúde, educação, meio ambiente, acessibilidade, entre outras, e pode transformar positivamente a vida das comunidades e indivíduos.

Exemplos de como o design social pode ser aplicado em diferentes áreas

 

Área da saúde: um designer social pode trabalhar na criação de soluções que melhorem a acessibilidade e qualidade dos serviços de saúde para comunidades carentes.

Ele pode, por exemplo, desenvolver um sistema de telemedicina que permita o atendimento remoto por profissionais de saúde a pacientes que vivem longe dos centros urbanos.

Área da educação: um designer social pode contribuir para melhorar a qualidade do ensino em escolas públicas, utilizando técnicas de design thinking para identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos alunos e professores.

Ele pode, por exemplo, criar ferramentas digitais que facilitem o aprendizado e incentivem a participação dos estudantes.

Meio ambiente: um designer social pode trabalhar na criação de soluções que promovam a preservação ambiental e reduzam a poluição.

Ele pode, por exemplo, desenvolver estratégias de reciclagem de resíduos sólidos e conscientização da população sobre a importância da coleta seletiva.

Projetos urbanísticos: Arquitetura responsável, planos diretores centrados na comunidade, planejamento urbano participativo, etc.

Design de transporte público: Veículos adaptados para acessibilidade, sistemas de bilhetagem inteligente, itinerários personalizados, entre outros.

Desenho de empreendimentos imobiliários: Casas sustentáveis, habitações econômicas, moradias adequadas ao estilo de vida da população local, etc.

Outros modos desta tendência são os programas de reciclagem ou reutilização de materiais, o uso de material compósito na fabricação de móveis (como resíduos plásticos), o uso de energia solar, ventiladores solares, luzes sensoriais, paredes acústicas e infraestruturas sem poluição visual.

Todos aqueles recursos destinados a minimizar o impacto ambiental negativo dos ambientes construídos nas sociedades contemporâneas.

O design social pode ser entendido como uma filosofia e prática de design cujo objetivo principal é resolver problemas e melhorar a qualidade de vida das comunidades pelas quais passamos.

O objetivo é criar soluções que sejam verdadeiramente úteis e benéficas para as pessoas, considerando suas necessidades e desejos, ao invés de impor soluções pré-concebidas que podem não ser adequadas às realidades locais.

Este tipo de design tem por base o conceito de inclusão social e está dividido principalmente em dois grandes ramos principais: o design sócio-ambiental e o design sócio-territorial.

No caso do desenho sócio-ambiental este desenvolve estratégias visando a satisfação das necessidades básicas como abastecimento, água, saneamento e educação, além disso, possui vistas as questões relacionadas com saúde, cultura e lazer nas regiões onde se encontra implantada essa mesma política de arquitetura.

Já nas questões referidas ao desenho sócio-territorial, ele tende a ter um caráter mais voltado às relações humanas dentro dessa mesma comunhão social.

Afinal, ele congrega toda a infra-estrutura física, social e cultural contida em determinado território e busca estabelecer interações harmoniosas entre estas diferentes variáveis para garantir melhor qualidade de vida aos membros dessa comunidade.

Na prática

Existem diversas iniciativas em países ao redor do mundo que utilizam o design social como uma abordagem para resolver problemas sociais.

No Reino Unido, o Design Council criou o programa “Design in the Public Sector” (https://www.designcouncil.org.uk/our-work/partner-projects/design-in-the-public-sector/), que fornece suporte para organizações do setor público utilizarem o design como uma ferramenta para melhorar serviços públicos.

Na Dinamarca, a empresa Index: Design to Improve Life (https://theindexproject.org/) promove o uso do design para criar soluções que melhorem a qualidade de vida das pessoas e reduzam os impactos negativos no meio ambiente.

Na Índia, a iniciativa Design for Change (https://dfcworld.org/SITE) incentiva estudantes a identificarem problemas locais e criarem soluções usando o design thinking.

A ideia é empoderar crianças e jovens para que se tornem agentes de mudança nas suas comunidades.

No Brasil, a organização FARM Rio (https://www.farmrio.com.br/) criou uma linha de bolsas produzidas por mulheres da comunidade de Cantagalo, no Rio de Janeiro.

A iniciativa visa gerar renda para essas mulheres e promover a inclusão social por meio do trabalho colaborativo e do design social.

Também brasileiro é o projeto “Rede Integrada de Saúde” (https://www.gov.br/pt-br/servicos-estaduais/as-redes-de-atencao-a-saude-1) pelo Ministério da Saúde do Brasil, que oferece assistência médica priorizada aos segmentos vulneráveis da população brasileira, como crianças, idosos, mulheres grávidas e desabrigados.

São algumas iniciativas que têm surgido ao redor do mundo, mostrando a crescente importância do design social na solução de problemas sociais e ambientais.

À medida que a conscientização sobre esses problemas aumenta, o design social se torna cada vez mais necessário para criar soluções sustentáveis e efetivas para as comunidades locais.