O projeto do escritório Zénite Arquitetura para sede da Ecourbis articula design corporativo, conforto acústico e soluções em marcenaria para ambientes integrados, iluminados e adaptados ao trabalho híbrido
A nova sede da Ecourbis, projetada pelo Zénite Arquitetura, adota soluções contemporâneas de design corporativo. Integra fluxo, acústica, marcenaria e iluminação natural para criar ambientes de trabalho funcionais e esteticamente equilibrados, adaptados ao modelo híbrido. O projeto prioriza inteligência espacial e conforto ambiental.
Layout funcional e integração dos fluxos
O novo escritório da Ecourbis, assinado pelo Zénite Arquitetura & Construção, responde a uma demanda contemporânea de reorganização dos ambientes corporativos a partir de lógicas espaciais que combinam eficiência, estética e bem-estar.
O partido arquitetônico reorganiza os fluxos internos com precisão, distribuindo ambientes para promover a fluidez dos percursos e a hierarquização dos espaços conforme o grau de privacidade necessário.
A presença de seis salas diretivas, uma sala de reuniões para doze pessoas e duas menores para pequenos grupos indica uma clara atenção à diversidade de usos e escalas de ocupação, essencial para a dinâmica do trabalho híbrido.
Valorização da luz natural e transparência espacial
A permeabilidade visual é um dos eixos do projeto. As divisórias em vidro com persianas internas possibilitam a alternância entre integração e privacidade, favorecendo a entrada da luz natural sem comprometer o controle visual e acústico.
Essa escolha traduz uma preocupação com o conforto ambiental e reforça a identidade contemporânea do espaço. O aproveitamento da luz natural também se articula com a posição estratégica das salas executivas, que recebem a maior incidência luminosa ao longo do dia.
Materialidade e linguagem visual contemporânea
A paleta de cores segue uma orientação neutra, com predominância de branco, bege e cinza, reforçada pelo uso da madeira. Essa base cromática é pontuada por elementos em azul, que conferem dinamismo à composição.
A marcenaria assume papel de destaque na ambientação, especialmente no hall de entrada, com painéis que envolvem as superfícies e ampliam a espacialidade. A textura bruta do concreto aparente da parede de entrada (material da Solarium) estabelece um contraste intencional com os elementos em madeira, equilibrando rusticidade e sofisticação.
Conforto acústico como estratégia de projeto
O desempenho acústico é um dos pilares da proposta. As salas diretivas receberam painéis acústicos com padrão de escama de peixe, capazes de absorver frequências médias e altas, reduzindo reverberações típicas de espaços corporativos.
Na principal sala de reuniões, painéis coloridos — que dialogam com a identidade visual da empresa — cumprem duplo papel: reforço acústico e inserção de elementos gráficos no ambiente. Já nos lounges, divisores vazados atuam como filtros visuais e difusores sonoros, contribuindo para um ambiente mais confortável e menos ruidoso.
Iluminação técnica e cenográfica
A iluminação artificial foi desenhada para complementar a entrada de luz natural e reforçar o caráter acolhedor do espaço. O uso de pendentes pontuais e luminárias lineares embutidas respeita a geometria orgânica do forro e das “nuvens ripadas” de madeira, que funcionam como elementos suspensos de controle luminoso e de ritmo visual.
Essa composição assegura uniformidade luminosa e define áreas específicas de permanência, como os espaços de reunião e as áreas de circulação.
#Distribuição estratégica e coerência espacial
A inteligência espacial do projeto da nova sede da Ecourbis revela-se na distribuição dos ambientes conforme os usos e níveis de privacidade. A setorização bem definida, aliada ao uso de divisórias envidraçadas, articula continuidade visual e contenção acústica — um equilíbrio delicado em ambientes corporativos.
A leitura espacial é clara e favorece tanto o trabalho colaborativo quanto os momentos de concentração individual.
#Conforto ambiental e uso técnico dos materiais
Destaca-se a atenção ao conforto acústico, tratado de maneira integrada por meio de elementos de acabamento — como painéis, divisórias e superfícies difusoras — sem recorrer a soluções invasivas. O uso da madeira, ora como elemento construtivo, ora como recurso estético, confere unidade visual e reforça a linguagem tectônica do projeto.
Já o concreto aparente, com textura controlada, contrapõe-se comedidamente à leveza das superfícies lisas e translúcidas.
#Coerência estética e identidade projetual
A coerência entre materialidade, mobiliário e iluminação define uma identidade projetual alinhada às demandas do design corporativo contemporâneo. A composição evita excessos formais e se ancora na racionalidade do layout, na economia de recursos visuais e na valorização da experiência sensorial dos usuários.
O resultado é um ambiente que traduz valores institucionais por meio da espacialidade, da luz e dos materiais — estratégias fundamentais na arquitetura de interiores voltada ao alto desempenho corporativa.
Contato:
Zénite Arquitetura e Construção
https://arqbrasil.com.br/30357/zenite-arquitetura-e-construcao/
https://inovazenite.com.br/
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