Um mergulho na alma brasileira, ‘Caminhos Paranã’ celebra a rica cultura indígena em um espaço que une arte, design e arquitetura para um futuro mais sustentável
‘Caminhos Paranã’ celebra a cultura indígena e a sustentabilidade. A mostra de Juliana Cascaes na CasaCor em Cuiabá, integra arquitetura, design e arte, com obras de Denilson Baniwa e Carol Gay. O espaço convida à reflexão sobre o passado e o futuro, celebrando a rica diversidade cultural brasileira.
Juliana Cascaes, em sua quinta participação na Mostra CasaCor, apresenta o ambiente ‘Caminhos Paranã’, uma proposta que integra arquitetura, design e instalação artística, resgatando a identidade cultural indígena brasileira. A mostra, aberta ao público até 8 de dezembro, ocupa o espaço anexo à Arena Pantanal, em Cuiabá, destacando a produção cultural e os saberes ancestrais como pilares para um futuro sustentável.
O Espaço e Suas Referências
O nome ‘Caminhos Paranã’, que remete aos caminhos do rio, faz alusão à profunda conexão dos povos indígenas amazônicos com os recursos naturais e a cultura do território. As paredes pintadas de preto e o teto de concreto conferem ao espaço um caráter minimalista, que contrasta e, ao mesmo tempo, realça os elementos artísticos presentes.
A contribuição de Denilson Baniwa, indígena do povo Baniwa e curador do Pavilhão Brasil na Bienal de Veneza, agrega profundidade ao ambiente com um vídeo projetado na parede.
A obra reflete sobre a resiliência dos povos indígenas durante a pandemia, destacando a força advinda da natureza, especialmente do Rio Negro. Essa intervenção audiovisual estabelece uma narrativa de memória e aprendizado, promovendo uma reflexão sobre o papel da cultura indígena na reestruturação social.
Instalações e Elementos de Design
Carol Gay assina a instalação ‘Pingente’, composta por luminárias e pendentes da coleção Amazônia, onde o vidro, material central, representa a biodiversidade da região.
Cada peça da instalação recria elementos da fauna e flora amazônicas — cobras, folhagens, jacarés e flores tropicais — oferecendo uma interpretação contemporânea de formas orgânicas. A disposição das peças evoca uma harmonia simbólica, enfatizando a interdependência entre os elementos naturais.
Complementando o ambiente, o Banco Infinito, assinado por Fernanda Marques para a Breton, propõe uma estética linear e funcional, inserindo um contraponto ao dinamismo das instalações artísticas.
A peça, embora minimalista, conecta-se à narrativa do espaço pela sutileza dos materiais e pela valorização do design brasileiro.
[Essencial] — O projeto ‘Caminhos Paranã’ se destaca pela maneira como articula narrativas culturais e ambientais em um espaço que combina austeridade arquitetônica e riqueza simbólica.
A escolha por um cenário monocromático, com paredes pretas e teto de concreto, é técnica e estrategicamente interessante, ao permitir que os elementos artísticos e de design se sobressaiam. Essa opção também reforça a introspecção sugerida pela temática do ambiente.
A colaboração entre Juliana Cascaes, Denilson Baniwa e Carol Gay revela um diálogo interdisciplinar que enriquece o discurso sobre sustentabilidade e ancestralidade.
A projeção audiovisual de Baniwa, em particular, cria um ponto focal que transcende a materialidade, provocando uma conexão emocional com o visitante.
A instalação de Carol Gay utiliza o vidro de maneira inventiva, transformando um material clássico em um veículo para narrativas contemporâneas.
A representação da biodiversidade amazônica nos pingentes simboliza a coexistência harmônica, enquanto a exploração das propriedades refrativas do vidro traz dinamismo e fluidez ao ambiente.
‘Caminhos Paranã’ é uma proposta que integra técnica e poética, destacando a importância da preservação cultural e ambiental.
O uso de elementos que dialogam entre o clássico e o contemporâneo demonstra uma compreensão profunda das possibilidades do design, enquanto a articulação com narrativas indígenas reitera a relevância do projeto como um convite à reflexão coletiva.
Principais Aspectos
• Integração de linguagens — A mostra une arquitetura, design e arte, criando uma experiência imersiva e multifacetada.
• Valorização da cultura indígena — A obra de Denilson Baniwa e a instalação de Carol Gay resgatam a identidade cultural brasileira e promovem a reflexão sobre a ancestralidade.
• Sustentabilidade e futuro — O projeto destaca a importância da preservação ambiental e a busca por um futuro mais sustentável.
• Estética e funcionalidade — A escolha de materiais e a disposição dos elementos no espaço demonstram uma preocupação com a estética e a funcionalidade.
• Narrativa e emoção — A projeção audiovisual e as instalações artísticas criam uma atmosfera envolvente e provocam uma conexão emocional com o visitante.
Contato:
Juliana Cascaes Arquitetura e Interiores
https://arqbrasil.com.br/45620/juliana-cascaes/
https://www.julianacascaes.com/
#Tópicos — Caminhos Paranã; CasaCor Mato Grosso; Juliana Cascaes; instalação artística; Denilson Baniwa; Carol Gay; 14ª edição da CasaCorMT; Arena Pantanal; cultura indígena brasileira; design sustentável; saberes ancestraispreservação ambiental; Banco Infinito Breton; Fernanda Marques; instalação — Pingente; luminárias Amazônia; vidro como elemento refrator; biodiversidade amazônica; fauna e flora brasileiras; design brasileiro contemporâneo; resiliência dos povos indígenas; sustentabilidade na arquitetura; arte e identidade cultural; minimalismo arquitetônico; narrativas culturais na arquitetura; Avesani Comunicação; Fotografia Gilberto Galdino.
[Pesquisar nesta página]
*Gostou da informação? Compartilhe!