Arquitetura biomimética transforma o Solum Hub em Cuiabá em modelo de conforto e sustentabilidade para edifícios comerciais

 

Arquitetura biomimética do Solum une natureza e design em Cuiabá

Projeto em Cuiabá integra ventilação passiva, jardins suspensos e água em edifício comercial, adotando arquitetura biomimética para conforto e sustentabilidade


Arquitetura inspirada na natureza

O Solum Hub, em Cuiabá, propõe um novo paradigma para os edifícios comerciais na região Centro-Oeste. Idealizado pelo estúdio internacional Leinemann-Ortiz, fundado por Victor B. Ortiz e Renata Leinemann, em parceria com o escritório colombiano Obreval Arquitectura, liderado por Pablo Zarama, o projeto toma como referência os cupinzeiros, estruturas naturais reconhecidas pela eficiência térmica e de ventilação.

A partir dessa observação biomimética, o edifício adota soluções que regulam temperatura e fluxo de ar passivamente, minimizando o uso de sistemas artificiais de climatização.

Arquitetura biomimética em Cuiabá / Img.L-O

O edifício como organismo vivo

A concepção do Solum Hub se baseia na ideia de que a arquitetura pode atuar como um organismo vivo, em diálogo direto com o ambiente. O edifício abriga um átrio central envolto por vegetação densa, onde o ar se renova naturalmente e a luz solar é filtrada controladamente.

Esse sistema cria um microclima interno, atenuando o impacto térmico da cidade e garantindo conforto aos usuários. O resultado é uma atmosfera que combina bem-estar e eficiência ambiental, promovendo uma experiência espacial sensorial e sustentável.

Arquitetura biomimética em Cuiabá / Img.L-O

Integração entre paisagem e espaço construído

A integração entre arquitetura e natureza é um dos princípios estruturadores do projeto. As áreas externas, compostas por terraços, jardins suspensos e espelhos d’água, diluem os limites entre o interior e o exterior. Esses espaços favorecem o convívio, estimulam permanências e aproximam os usuários do entorno natural.

O edifício conecta-se visual e fisicamente ao parque e ao lago adjacentes, criando uma sequência contínua entre o espaço público e o privado.

Um modelo de urbanidade sustentável

Mais do que um empreendimento comercial, o Solum Hub propõe um modelo de urbanidade orientado pela sustentabilidade e pela inteligência ambiental. A concepção parte da leitura sensível do território cuiabano, marcado por temperaturas elevadas e intensa radiação solar.

Ao adotar estratégias bioclimáticas inspiradas na natureza, o projeto reduz demandas energéticas e fortalece a relação entre arquitetura e ecossistema. Assim, o edifício se afirma como um laboratório de novas formas de ocupação urbana.

Biomimética e controle ambiental

A opção por princípios inspirados em cupinzeiros posiciona a biomimética como eixo conceitual e não somente como metáfora. Essa leitura resulta em dispositivos passivos de controle térmico e de ventilação que privilegiam a adaptação ao clima local em vez de soluções mecânicas intensivas.

A estratégia demonstra coerência entre forma e função, traduzindo comportamento biológico em sequências espaciais que modulam trocas convectivas e fluxo de luz.

Desempenho térmico e ventilação passiva

O átrio central vegetado atua como elemento de regulação térmica — um núcleo de convecção que favorece ventilação cruzada e estratificação do ar. A disposição volumétrica que promove caminhos de circulação do vento e a filtragem luminosa por meio da vegetação têm potencial para reduzir cargas térmicas internas e demanda por ar condicionado.

É importante, porém, que o projeto detalhe a seção e a orientação das aberturas, a distribuição de vazões e resistências ao escoamento para garantir desempenho efetivo em diferentes estações.

 

Newsletter

 

Paisagismo, evapotranspiração e microclima

Terraços e jardins suspensos amplificam a superfície de evapotranspiração e contribuem para a redução da temperatura superficial e do entorno imediato. A conexão visual e física com parque e lago reforça um continuum paisagístico que amplia o efeito de mitigação urbana.

Do ponto de vista técnico, recomenda-se especificar espécies endêmicas e estratégias de manejo hídrico — irrigação eficiente, aproveitamento de águas pluviais e substratos leves — para assegurar manutenção e longevidade do sistema de vegetação.

Integração urbana e qualidade da experiência pública

Ao romper a lógica de edifício-ilha, o Solum Hub estabelece uma relação fluida entre público e privado, propondo espaços de permanência que complementam a malha urbana. Essa postura contribui para a resiliência social e para a ativação do entorno.

Contudo, a efetividade urbana dependerá do projeto de transição entre calçada, praça e térreo comercial: acessibilidade, permeabilidade visual e continuidade de pavimentos e mobiliário urbano serão determinantes para qualificar o espaço público resultante.

Materiais, manutenção e viabilidade operacional

Estratégias bioclimáticas bem projetadas exigem especificações materiais compatíveis (inércia térmica adequada, proteções solares, acabamentos duráveis) e um plano de operação e manutenção robusto. Sistemas vegetados e espelhos d’água demandam monitoramento e logística para controle fitossanitário, reposição e eficiência hídrica.

A clareza desses procedimentos e custos operacionais é condição para que o ganho ambiental projetado não se dissipe com o tempo.

Escalabilidade e replicabilidade projetual

O Solum Hub oferece um modelo aplicável a contextos periurbanos e urbanos em clima quente, mas sua replicabilidade requer adaptação às particularidades locais — orientação solar, ventos predominantes, disponibilidade hídrica e tecido urbano.

A transformação proposta é valiosa como estudo de caso, desde que acompanhada de métricas de desempenho (simulações térmicas, balanço hídrico, monitoramento pós-ocupação) que comprovem os benefícios e orientem ajustes futuros.

Autonomia ambiental e qualificação do espaço público.

Em síntese, a proposta conjuga coerência conceitual e soluções técnicas pertinentes ao contexto cuiabano. A abordagem biomimética, articulada com paisagismo e estratégias bioclimáticas, aponta para uma arquitetura que busca autonomia ambiental e qualificação do espaço público.

Para consolidar os ganhos projetuais, é imprescindível o detalhamento executivo — especialmente em seções, materiais, sistema hídrico e protocolos de manutenção — e a implementação de instrumentos de verificação pós-ocupação.

 

Ficha:
Projeto:
Leinemann-Ortiz/ @leinemann_ortiz
Obreval Arquitectura/ @obrevalarquitectura
Equipe:
Victor B. Ortiz, Renata Leinemann, Pablo Zarama, Luise Bellochio, Amanda Michelotto
Imagens: Leinemann-Ortiz

 

Contatos:
Leinemann-Ortiz
https://arqbrasil.com.br/51712/leinemann-ortiz/

Solum Hub
https://www.solumhub.agr.br/

 

 

Referências — arquitetura biomimética, biomimética arquitetônica, Solum Hub, edifício comercial Cuiabá, projeto de arquitetura sustentável, sustainable commercial building, biomimetic architecture, passive cooling building, building in hot climate, paisagismo integrado, @obrevalarquitectura, @leinemann_ortiz, @solumhub, #RenataLeinemann, #VictorBOrtiz, #ArquiteturaCorporativa.

#arquiteturabiomimética, #biomimética, #arquiteturasustentável, #designurbano, #paisagismourbano, #sustainablearchitecture, #biomimeticarchitecture, #commercialbuilding, #hotclimatedesign, #naturalintegration.

 

[Pesquisar nesta página]

 

 

capa

 

Apartementos

 

*Gostou da informação? Compartilhe!