A Casa Coral na CasaCor São Paulo celebra a brasilidade com cores da Mata Atlântica e design nacional
A Casa Coral, projeto de Maurício Arruda para a CasaCor São Paulo, é uma celebração da brasilidade por meio de uma paleta de cores exclusiva, inspirada em pigmentos da flora da Mata Atlântica. Com 180 m², o espaço integra design contemporâneo, mobiliário modernista e artesanato nacional, valorizando a conexão com a natureza e a cultura brasileira. A curadoria de arte e design realça talentos locais, promovendo um diálogo entre o feito à mão e a produção industrial.
Uma Sinfonia Brasileira de Cores e Conexão Natural
O projeto Casa Coral — Cores no Parque, assinado pelo arquiteto Maurício Arruda, em colaboração com a TODOS Arquitetura, materializa a celebração dos dez anos da Coral como patrocinadora da CasaCor São Paulo. A concepção deste espaço, que ocupa 180 m² e abrange hall, sala de jantar, estar, cozinha, quarto e banheiro, visa transcender a arquitetura puramente estética, propondo uma imersão na essência da casa brasileira.
A Paleta da Mata Atlântica: Cores que Contam Histórias
A proposta central do projeto reside na utilização de uma paleta de cores exclusiva, inspirada diretamente nos pigmentos da flora da Mata Atlântica. Essa conexão com a natureza, elemento fundamental na arquitetura brasileira, ganha profundidade por meio da colaboração com a designer Maibe Maroccolo.
Sua pesquisa de uma década em pigmentos naturais, extraídos de troncos, sementes, flores, frutos e folhagens, resultou na identificação de 20 plantas tintoriais.
A partir delas, a Coral curou uma paleta de 60 cores, das quais dez foram selecionadas para compor e harmonizar os ambientes da Casa Coral. Essa abordagem reforça o caráter único e a identidade visual do projeto, onde as cores são elementos estruturantes da narrativa espacial.
Diálogo entre o Passado e o Presente: Materiais e Texturas
A restauração de elementos originais do edifício histórico da década de 1940, como janelas, portas e tacos, evidencia o respeito pela memória arquitetônica do local. Essa intervenção sutil cria um pano de fundo para a inserção de uma arquitetura contemporânea que dialoga com o passado. A aplicação de cores predominantes em cada cômodo — como Castanha Ribeirinha no hall, Tâmara na sala de jantar e Jangadeiro na cozinha — confere personalidade e calor aos espaços, remetendo à informalidade e acolhimento da casa brasileira.
Composição Material e Transições Cromáticas
A harmonia entre tinta, revestimento cerâmico e papel de parede, exemplificada no banheiro com o tom Linhaça, demonstra a versatilidade dos materiais na composição dos ambientes. Os pórticos, pontuados por cores como Púrpura Marroquina na cozinha e Fogão de Lenha na sala de jantar, funcionam como elementos de transição visual, reforçando a profundidade e a setorização dos espaços.’
Curadoria Atenta: Design, Arte e Artesanato Nacional
A Casa Coral apresenta uma curadoria diversificada de mobiliário e objetos que celebram o design nacional. A convivência entre cerâmicas de barro de Tracunhaém–PE, mobiliário modernista e o design contemporâneo experimental de nomes como Humberto da Mata, Gustavo Bittencourt e Ana Neute, ilustra a visão maximalista de Maurício Arruda para a brasilidade.
Peças emblemáticas
A tríade design contemporâneo, garimpo e arte/artesanato permeia a composição dos ambientes, destacando a qualidade e a história da produção artesanal brasileira. Peças emblemáticas, como o sofá Tonico de Sergio Rodrigues e as poltronas de Geraldo de Barros, convivem com a recém-lançada poltrona Atlântica, assinada por Maurício Arruda para a Líder Interiores.
A presença de obras de arte, com curadoria que prioriza artistas negros como Santídio Pereira, Manuela Navas e Rafael Pereira, reforça a valorização da diversidade cultural brasileira. A inclusão de elementos como o lustre de piaçava do artesão Israel e o tapete de sisal feito à mão no Ceará acentua a riqueza do artesanato local, conferindo autenticidade e narrativa aos espaços.
#A Propriedade da Cor como Elemento Estruturador do Espaço
A Casa Coral se distingue pela centralidade da cor como elemento arquitetônico e narrativo. A colaboração com Maibe Maroccolo na criação de uma paleta derivada de pigmentos da Mata Atlântica transcende a mera escolha cromática; ela estabelece uma conexão semântica entre o espaço edificado e o bioma natural.
Esta abordagem técnica, que integra pesquisa científica em pigmentologia com a aplicação arquitetônica, eleva a cor de um atributo superficial para um componente fundamental da identidade do projeto.
#Influenciar a percepção espacial e as sensações
A transição entre os ambientes, mediada por tonalidades específicas e harmonizadas, como a Castanha Ribeirinha no hall e o Tâmara na sala de jantar, demonstra uma compreensão aprofundada da psicologia das cores e de sua capacidade de influenciar a percepção espacial e as sensações do usuário.
A utilização de persianas blecaute automatizadas para modulação da luz natural, permitindo a experimentação das nuances cromáticas ao longo do dia, reforça a concepção da cor como um fenômeno dinâmico e perceptivo, não somente estático.
#Intersecção entre Patrimônio e Contemporaneidade
O projeto demonstra uma hábil intersecção entre a preservação do patrimônio arquitetônico e a inserção de elementos contemporâneos. A restauração criteriosa das esquadrias e do piso original da edificação dos anos 1940 configura um gesto de respeito à historicidade do lugar, evitando uma intervenção meramente sobreposta.
#Interação e a reflexão entre garimpado e as novas produções
Essa base preexistente é então enriquecida pela introdução de mobiliário de design nacional — desde peças modernistas de Sergio Rodrigues e Geraldo de Barros até criações contemporâneas de Maurício Arruda e outros designers. Essa convivência dialógica entre o mobiliário garimpado e as novas produções, como a poltrona Atlântica, não somente valoriza a pluralidade do design brasileiro, mas também estabelece uma linha contínua de evolução estética.
#Complexidade cultural brasileira
A fusão do artesanato vernacular, como as cerâmicas de Tracunhaém e os lustres de piaçava, com a linguagem do design industrial e da arte contemporânea, exemplifica uma estratégia de curadoria que reflete a complexidade cultural brasileira de forma coesa e não hierárquica.
Contato:
Todos Arquitetura
https://arqbrasil.com.br/12340/todos-arquitetura/
https://todosarquitetura.com/
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