As arquitetas Juliana Fabrizzi e Sabrina Salles mostram que o Retrofit Arquitetura é mais que uma intervenção, um investimento na identidade e valorização do seu imóvel, combinando história e modernidade de forma estratégica

Arquitetas Juliana Fabrizzi e Sabrina Salles
Compreender a distinção entre retrofit e reforma é crucial na arquitetura. Enquanto a reforma foca em mudanças superficiais, o retrofit promove uma atualização profunda, preservando a história e características originais do imóvel ao integrar tecnologias e funcionalidades modernas. As arquitetas Juliana Fabrizzi e Sabrina Salles mostram que essa abordagem criteriosa eleva o valor do imóvel no mercado, conferindo-lhe conforto, funcionalidade e uma identidade única que dialoga com o contemporâneo sem esquecer o passado.
Duas Abordagens na Arquitetura e a Valorização do Imóvel
No universo da arquitetura, a intervenção em edificações existentes pode seguir caminhos distintos, cada qual com suas particularidades e impactos na estrutura, estética e, consequentemente, no valor de mercado de um imóvel.
Dois termos frequentemente presentes nesse contexto são reforma e retrofit. Embora por vezes empregados como sinônimos no coloquial, tecnicamente designam processos com escopos e objetivos fundamentalmente diferentes.
O Escopo da Reforma Tradicional
A reforma, em sua concepção mais difundida, tende a concentrar-se na atualização pontual de elementos de um imóvel. Envolve, por norma, a substituição de acabamentos, a modernização de instalações superficiais ou alterações de layout que visam otimizar o uso interno sem, contudo, promover modificações profundas na estrutura ou na identidade arquitetônica original da edificação.
É uma intervenção válida para adequar espaços a novas necessidades estéticas ou funcionais, mas que nem sempre se aprofunda nas camadas construtivas e históricas do bem.
Retrofit: A Atualização com Memória
O retrofit, por outro lado, configura-se como um processo de requalificação mais abrangente e criterioso. Sua premissa central reside na atualização da edificação para incorporar tecnologias e funcionalidades contemporâneas, sem descaracterizar seus atributos originais, como partido arquitetônico, elementos estruturais notáveis e a própria história imbricada em suas paredes.
Conforme apontam as arquitetas Juliana Fabrizzi e Sabrina Salles, trata-se de uma intervenção “inteligente e cuidadosa”, que busca adaptar o imóvel aos padrões atuais de conforto, desempenho e sustentabilidade, preservando sua essência e valor intrínseco.
A abordagem do retrofit implica em um olhar técnico apurado sobre o potencial do existente. Vai além da simples renovação estética, adentrando a esfera do desempenho da edificação.
Sistemas hidráulicos, elétricos, climatização, eficiência energética e estrutural são frequentemente revisitados e atualizados. É um processo que exige sensibilidade para dialogar com o preexistente, promovendo uma “transformação com responsabilidade”, nas palavras de Juliana Fabrizzi, que ressalta a necessidade de respeito pelo “que já foi vivido naquele espaço”.
Valorização Imobiliária e a Identidade Preservada
A distinção entre retrofit e reforma manifesta-se de maneira significativa na valorização do imóvel. Enquanto a reforma pode agregar valor pela modernização estética e funcional superficial, o retrofit atua em camadas mais profundas, elevando o patamar de desempenho da edificação e, principalmente, preservando ou realçando seus elementos de identidade.
Imóveis que passam por um processo de retrofit bem executado tendem a ganhar destaque no mercado, não somente pela funcionalidade e conforto atualizados, mas também pela manutenção de sua personalidade e história.
A capacidade do retrofit de integrar as dinâmicas da vida contemporânea, reorganizando fluxos, incorporando tecnologia e otimizando o uso dos espaços sem obliterar a essência do projeto original, confere a esses imóveis um diferencial.
Eles se tornam atraentes para um público que busca a conveniência da vida moderna aliada ao charme e à solidez das construções de outrora. Sabrina Salles define o retrofit como um “gesto de cuidado com a história”, um resgate da essência que confere “novo fôlego ao que já existe”, valorizando cada detalhe com soluções inteligentes.
#A Perspectiva da Intervenção Qualificada
A abordagem apresentada para o retrofit sinaliza uma compreensão fundamental na prática arquitetônica contemporânea: a valorização do parque edificado existente. Em vez da tábula rasa, propõe-se a capitalização do capital construído, da história materializada e da identidade urbana.
Este posicionamento transcende a mera atualização funcional, posicionando o arquiteto como um agente de transformação que opera com acuidade histórica e técnica. A ênfase na preservação de “qualidades originais” como estrutura, charme arquitetônico e história, aliada à adaptação para “necessidades e tecnologias atuais”, reflete uma práxis projetual que reconhece a complexidade e o valor intrínseco das edificações antigas.
#O Desempenho do Edifício como Foco Projetual
Um dos pontos técnicos relevantes sublinhados é a atuação do retrofit na esfera do desempenho da edificação. A menção à melhoria da circulação, integração de espaços e inclusão de tecnologias demonstra um entendimento do edifício como um sistema complexo.
A intervenção de retrofit qualificada não se limita à superfície; ela reconfigura a dinâmica interna e a relação do imóvel com seu entorno e com as demandas de uso contemporâneo.
Tendo a busca por conforto, funcionalidade e sustentabilidade como pilares, o retrofit delineia um paradigma de intervenção que visa a longevidade e a relevância contínua do imóvel no contexto urbano e social.
A integração desses aspectos técnicos com a preservação da identidade constitui o cerne da inteligência aplicada no processo de retrofit.
Contatos:
Juliana Fabrizzi Arquitetura
https://arqbrasil.com.br/48349/juliana-fabrizzi/
https://www.julianafabrizzi.com.br/
Sabrina Salles Arquitetura
https://arqbrasil.com.br/19830/sabrina-salles/
https://www.sabrinasalles.com.br/

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