Como competir com as informações disponíveis na internet e na televisão sobre a prática de construir e reformar espaços por conta própria
Tendência no Brasil e no mundo, a cultura do it yourself (DIY) ou “faça você mesmo” em português, é a prática de construir, reparar ou modificar objetos e ambientes por conta própria, sem a necessidade de contratar ajuda profissional para realizar o serviço ou pagar por algo já pronto no mercado.
Tal prática ganhou força com o surgimento da internet, onde podem ser encontrados diversos tutoriais ensinando o passo a passo para fazer, basicamente, qualquer coisa: roupas, móveis, sabonetes, acessórios, entre uma infinidade de outras opções.
Um segmento muito presente entre os praticantes da cultura DIY é a arquitetura: cada vez mais pessoas estão redecorando por conta própria seus ambientes e mesmo quando procuram um profissional as referências já estão na ponta da língua, como nota o arquiteto Gelker Ribeiro. “É cada vez mais comum o cliente chegar no escritório com todas as referências prontas, sabendo muito bem o que quer. Ele vê alguma coisa no Pinterest ou no Instagram e já traz todas as informações necessárias para montar o projeto”, afirma.
Na visão do profissional, apesar da prática encurtar o processo, ela interfere na principal etapa de qualquer projeto: a criação. “Por um lado é bom porque o cliente já especifica o que quer na obra e isso diminui muito as chances de errar na apresentação. Só que, ao mesmo tempo, o processo de criação fica muito limitado. É uma faca de dois gumes”, diz.
Ele também chama atenção para a influência que programas de televisão podem ter no imaginário popular sobre conceitos de arquitetura e interiores, como programas de reforma e até mesmo de culinária, por exemplo. “As pessoas veem aquela cozinha incrível na TV e querem ter aquilo em casa também: ilhas gourmet e coifas de restaurante viraram objeto de desejo. Quem vê uma reforma de uma semana na televisão fica encantado e quer fazer o mesmo em casa sem a ajuda de um profissional, o que pode comprometer todo o ambiente”.
Por ter desenvolvido vários projetos de cenografia para TV, Gelker sabe bem como funciona a construção desse tipo de espaço e lembra de um detalhe: tais cenários são desenvolvidos especificamente para a televisão e não é recomendável tentar reproduzi-los em casa, ainda mais sem um profissional presente.
Outra particularidade da televisão que pode passar despercebida aos telespectadores diz respeito aos recursos disponíveis a uma equipe de TV. “Os programas de construção e reforma de interiores são categóricos em afirmar que a obra é feita em poucos dias, mas isso só é possível com uma força-tarefa de profissionais trabalhando em conjunto. Além disso, a TV possui uma equipe exclusiva para produção do programa que pode levar meses para deixar tudo em ordem antes das gravações”, afirma.
Com mais de 15 anos de experiência como arquiteto, Gelker atende projetos residenciais, comerciais, corporativos e também atua no design e na decoração de interiores – áreas mais sujeitas a projetos do tipo “faça você mesmo”. Após alguns vídeos no YouTube é possível repaginar a própria sala de visitas, por exemplo.
Parece até impossível competir com tanta informação disponível na internet e na televisão sobre como fazer sozinho reparos, reformas e decorações. Nesse cenário, como ficam os profissionais da arquitetura diante dessa “ameaça”?
Para Gelker, não há motivo para se preocupar. O arquiteto acredita que nem mesmo todos os tutoriais disponíveis são capazes de substituir a presença de um profissional de qualidade: “Estamos falando de alguém que estudou para realizar esse tipo de trabalho. São anos de dedicação para proporcionar a melhor experiência ao cliente e isso não tem comparação”.
O acompanhamento profissional ainda oferece uma série de outros benefícios impossíveis de encontrar em poucos cliques na internet, como os recursos utilizados por ele em seu escritório. Gelker utiliza óculos de realidade virtual com tecnologia 3D em 360 graus para mostrar ao cliente como o projeto vai ficar antes mesmo da obra começar. Além disso, o escritório também oferece o acompanhamento, gerenciamento e administração de todas as obras em andamento.
Apesar de válida, a prática do it yourself requer alguns cuidados. Investir em uma reforma ou começar um projeto do zero sem ter conhecimento teórico e prático sobre a atividade pode acabar de vez com a obra, acarretando em gastos financeiros desnecessários. Imitar o que foi visto em algum programa de TV sem consultar um profissional pode deixar o ambiente pouco ou nada funcional, o que vai precisar de uma reforma em dobro.
Já que prevenir é sempre melhor que remediar, a alternativa mais sensata é contar com profissionais treinados para criar o projeto ideal em termos de satisfação pessoal e financeira.
Contato:
Gélker Ribeiro
(21) 979-496-666
https://gelkerribeiro.com.br/