A emissão de sons é algo comum em nosso cotidiano. Afinal, praticamente todos os itens que estão ao nosso redor emitem algum tipo de ruído, sejam eles mais altos ou mais baixos. E boa parte deles oferece grandes riscos para a nossa saúde.
É o caso dos sons causados pelo trânsito, por exemplo. Em grandes cidades, onde os níveis de engarrafamento são maiores, ruídos de buzina, do motor dos veículos e o contato do pneu com o asfalto são os grandes vilões da paisagem sonora dos seus moradores. No ambiente de trabalho, muitos afirmam que perdem boa parte de sua capacidade de concentração ao ouvir os barulhos vindos de outros funcionários, da rua e até mesmo de objetos de escritório.
Mas os ruídos não nos afetam apenas em relação ao stress e ao incômodo que eles nos causam. Eles também são grandes responsáveis por problemas de saúde, depressão, estresse, e até mesmo obesidade.
Risco eminente – Estudos mostram que a poluição sonora está relacionada com o aumento de peso corporal, principalmente em mulheres. Isso porque quanto mais expostos a ruídos, maior nossa liberação de hormônios do estresse, como o cortisol, que aumenta os níveis de açúcar no sangue e é associado à obesidade e ao acúmulo de gordura corporal em diversos estudos.
Um sono interrompido constantemente por conta de ruídos vindos da rua, da televisão ou até mesmo de outras pessoas também é responsável por um maior nível de irritação e problemas psicológicos, já que precisamos de uma boa noite de sono – preferencialmente em silêncio – para recuperar as energias gastas no decorrer do dia.
Tudo isso ocorre pela junção de fatores causados pelo barulho: onde tem barulho, a pessoa dificilmente consegue ter um momento de tranquilidade, fazendo com que o organismo reaja de forma adversa, trazendo esses problemas de saúde.
E isso não ocorre somente nos adultos: até mesmo os bebês, ainda dentro da barriga da mãe, sofrem com os ruídos. Pesquisas constataram que a exposição à poluição sonora no período da gravidez pode causar sérias disfunções auditivas no bebê, além de tendência à obesidade quando adulto.
Como pudemos notar, pode ser difícil escapar desses decibéis perigosos. Edison Claro de Moraes, diretor da Universidade do Som, escola especializada em acústica de esquadrias, afirma que o uso de janelas e portas antirruído ajudam a diminuir o problema, porém o futuro das esquadrias antirruído está em produtos que unam o isolamento acústico à ventilação.
“Ambientes com ventilação são mais saudáveis do que ambientes enclausurados, por isso estão sendo feitos diversos estudos para criação de produtos que aliem as duas vantagens”, comenta Moraes. Além disso, arquitetos e construtores devem levar em conta o conforto térmico e acústico na concepção de seus projetos, para assim evitar gastos futuros para correção do problema após finalizada a obra.
Podemos fazer nossa parte no combate à poluição sonora, fazendo o possível para manter os ambientes mais silenciosos, evitando música alta e buzinar ao dirigir, por exemplo. Assim garantimos o bem estar dos que estão ao nosso redor, além de cuidar de nossa saúde.
Contatos:
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