O arquiteto Fabio Rocha orienta na montagem correta do espaço de trabalho em casa
Alguns especialistas no mercado de trabalho afirmam que os escritórios residenciais sugiram como uma alternativa às crises, como esta pandemia que estamos vivendo e; aos altos índices de desemprego. Outros explicam que as grandes empresas, preocupadas em reduzir os altíssimos custos operacionais mandaram parte de sua equipe para casa.
Há quem defenda ainda que a decisão partiu dos profissionais, preocupados em conviver mais com a família ou afugentados pelo estresse da vida urbana. Fato é que o home office deixou de ser uma área desocupada da casa ou opção de alguns poucos profissionais liberais e conquistou solidamente executivos e empreendedores.
Mas atenção, montar um escritório na residência exige uma série de providências, da estrutura física aos aspectos comportamentais. O arquiteto Fabio Rocha, especialista em projetos corporativos, faz importantes recomendações para este ambiente. Quanto aos aspectos físicos:
• Primeiramente, identifique o objetivo do usuário desse ambiente. Ali se estabelecerá seu negócio principal ou apenas uma extensão da empresa? Em qualquer dos casos, sugerimos que o home office seja um local com ´aspecto de escritório´. Essa proposta pode parecer estranha, mas entendemos que todos os recursos e estímulos fornecidos devam remeter a um ambiente empresarial.
• O plano de negócios vem logo a seguir. Antes de se pensar em comprar prateleiras, gaveteiros e cadeiras, é necessário saber se o profissional trabalhará sozinho ou se precisará de assistentes, bem como se receberá fornecedores e clientes. É fundamental analisar se a área disponível atende às necessidades do modelo do negócio antes de iniciá-lo, para que se evitem desperdícios causados por mudanças repentinas (cartões de visita, investimentos na estrutura física até os contatos comerciais já efetivados).
• A partir da aprovação da área, faça uma lista dos itens indispensáveis às atividades: computador, impressora, aparelho de telefone etc., tudo precisa ser relacionado antecipadamente, para que sejam previstos os pontos de elétrica, dados e voz adequadamente, e se utilize o espaço da melhor maneira possível.
• Para favorecer o conforto acústico, a concentração e cumprimento de tarefas, o local de trabalho deve se manter, preferencialmente, isolado das outras áreas da residência e sempre que possível contar com uma entrada independente.
• Quanto ao planejamento do home office, é primordial pensar na flexibilidade da área de trabalho, com a viabilização de projetos humanizados, que levem em consideração aspectos psicológicos e práticos, a fim de tornar o ambiente compatível com os processos ali executados. A iluminação deve evitar reflexos e ofuscamentos. Mesas e cadeiras, para uso do computador, devem possuir regulagens simples e estar em locais de fácil acesso, que permitam a mudança da postura ao longo da jornada de trabalho.
Quanto aos ângulos de visão, a parte superior da tela deve coincidir com a altura dos olhos, para evitar a projeção da cabeça para a frente e a adoção de posturas críticas. O plano de digitação deve coincidir com a altura do cotovelo. O braço deve fazer com o antebraço um ângulo igual ou maior do que 90 graus. Punho neutro: deve-se procurar digitar com o punho reto (alinhado com o antebraço), em posição neutra. Ou seja, todas as regras de ergonomia devem ser observadas, em escritórios inseridos em residências ou não.
Quanto ao comportamento, o arquiteto orienta os seguintes pontos:
• Estabeleça um horário fixo para as atividades laborais, a fim de não cair no erro de trabalhar exageradamente (ou muito pouco, pois deixar tarefas incompletas pode ser prejudicial aos resultados).
• Vista-se para o trabalho! Ficar de pijamas até a hora do almoço, nem pensar.
• Evite as interrupções, como idas até a cozinha ou espiadas nas crianças ou assuntos domésticos.
• Faça cursos, assista palestras e participe de eventos, presencialmente ou pelo sistema EAD – ensino à distância. É importante manter-se atualizado e relacionar-se com o mercado como um todo.
De modo geral, o profissional deve se cercar de condições que o façam sentir-se estimulado e feliz e jamais dar margem a sentimentos de fracasso e frustração! O ambiente deve favorecer a concentração, a criatividade e a produtividade.
“Pelo fato de oferecer conforto, privacidade, economia e agilidade que só um escritório próprio (e dentro de casa!) pode proporcionar, tudo indica que o home office veio para ficar. Cabe a esse tipo de empreendedor planejar, cumprir metas e analisar-se constantemente – como seria exigido em qualquer organização. Depois é só colher os frutos vindos em forma de melhoria da qualidade de vida e… lucro”, finaliza Fabio Rocha.
Contato:
Fabio Rocha Arquitetura
(12) 3931-4877 / 991-984-565
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