Arquiteta revela os pontos importantes para a escolha da iluminação de um projeto
Ao observar uma reforma ou até mesmo um projeto finalizado, uma das coisas que mais colaboram para a estética e bem-estar do local é a iluminação. Para saber escolher bem e de forma ideal para cada ambiente, a arquiteta Priscila Tressino, do escritório PB Arquitetura, dá conselhos primordiais.
O primeiro passo destacado pela profissional é ter ciência de que o sol é a melhor fonte de iluminação. “Ele oferece reprodução de cor perfeita, é aconchegante e gratuita. Na falta deste, quando os ambientes não forem ensolarados o suficiente, ou a noite, precisamos recorrer ao uso da luz elétrica. A iluminação é capaz de interferir nas diferentes sensações que um ambiente pode transmitir e valorizar detalhes arquitetônicos”, ressalta Priscila.
Analisado este ponto o próximo passo, após elaborar o projeto de iluminação, é preciso considerar qual será o tipo de uso deste ambiente: descanso, trabalho, circulação, entre outros. Outro fator muito importante é verificar a área e o pé direto do local para especificar o tipo de lâmpada correto.
Realizados estes passos também é preciso escolher o tipo de luminária: embutida, de sobrepor, pendente ou lustre, arandela e mais uma infinidade de opções. A categoria de lâmpadas também é bastante extensa, que pode variar entre incandescente, fluorescente, led. Todo este conjunto de dados devem ser estudados para fazer o projeto luminotécnico com mais eficácia.
A profissional revela que “para incrementar ainda mais o efeito sobre o projeto luminotécnico, a automação pode criar cenas para diferentes usos de um mesmo ambiente, que são combinações diferentes para jantar, assistir um filme, ler, por exemplo, pode criar caminhos por onde o usuário pode percorrer e as luzes se acendem gradualmente, dimerizar a intensidade da iluminação para um clima mais aconchegante, enfim. Este tipo de recurso, pode controlar toda a iluminação da casa através do celular com aplicativo em um único toque”.
Tipos de lâmpada
De acordo com a arquiteta, “não existe a melhor lâmpada e sim o tipo mais adequado para cada utilidade”.
Divididas entre incandescentes, fluorescentes e led, cada grupo oferece eficiência e consumo diferentes. Mas primeiro é preciso compreender alguns dados técnicos importantes para entender as principais diferenças entre elas.
“O cálculo luminotécnico visa maior fluxo luminoso (lúmens) com menor potência (watts) que significa melhor iluminação com menor consumo de energia. O fator IRC (índice de reprodução de cor), é um número indicado na embalagem de todas as lâmpadas, quanto melhor ela for, mais próximo de 100, que é o parâmetro de reprodução de cor do sol”, explica Priscila.
Por fim, existe a temperatura de cor, medida em Kelvins (K). “Muitas pessoas confundem a temperatura de cor com o calor que a lâmpada emite. E a relação aqui é justamente oposta. Quanto maior o a temperatura de cor, mais branca ela será, que chamamos de luz fria, e vice-versa. A luz amarela (ou quente) é mais aconchegante e a luz branca é mais estimulante”, ressalta a profissional.
Voltando aos tipos de lâmpadas:
• Incandescentes – são as mais populares, mais baratas, consomem mais energia, tem melhor reprodução de cor e são menos duráveis.
• Fluorescentes – muito conhecidas também, tem opções de cor quente e fria e tem o pior índice de reprodução de cor.
• Led – disponíveis em diferentes temperaturas de cor, tem maior economia de energia, maior vida útil, melhor reprodução de cor e mais compactas.
Instalação cuidados e durabilidade
As formas de instalação distinguem os tipos de luminárias:
• Embutidas: são fixadas dentro do forro de gesso, parede, piso ou marcenaria. Não se vê a estrutura do equipamento, apenas a luz que emana dele e uma faceta de acabamento.
• Sobrepor: estes tipos de luminárias são instaladas sobre a laje, piso, etc. “Elas ficam totalmente expostas, por isso tem melhor acabamento, podendo ser inclusive um recurso decorativo, como é o caso dos plafons, spots e trilhos”, explica Priscila.
• Arandelas e balizadores: são peças que podem ser embutidas ou de sobrepor ou pequenos postes, que iluminam corredores e passagens, como escadas e passeios de jardim.
• Pendentes e lustres: ficam pendurados no teto, muito variadas para combinar com diversos estilos de decoração.
• Abajures de mesa ou luminárias de piso: mais um item decorativo, que dá um charme todo especial e aconchegante aos ambientes.
“Dentre todos os tipos de lâmpadas, o LED é que apresenta maior durabilidade. No entanto, oscilações na rede elétrica podem afetar a vida útil das lâmpadas. Por isso, o projeto de elétrica também deve ser bem dimensionado para atender as cargas”, conta Priscila.
Para o momento de instalação Priscila ressalta que “o projeto luminotécnico deve sempre ser feito por um profissional capacitado. Ele saberá escolher os equipamentos corretos, quantificar e valorizar a arquitetura do local, visando a eficiência, economia de energia e segurança”.
Contato:
Priscila Tressino / PB Arquitetura
(11) 2311-1178 / (11) 96202-1731
http://pbarquitetura.com.br/