Arquiteta Germana Lara mostra como tornar o quarto infantil atrativo o suficiente para tirar as crianças da frente das telas

Casa brincante de Germana Lara

Para tanto, é importante contar com a ajuda de um profissional. “Ele saberá captar o que é importante e planejar um quarto que possa atender às várias fases da criança”, explica a arquiteta Germana Lara.

Além disso, é preciso saber como aproveitar cada espaço, principalmente, em ambientes com pouco espaço.

“Evite móveis no meio quarto, utilize o espaço para estimular o interesse e a criatividade dos seus filhos como, por exemplo, parede de escalada, cama suspensa, cordas e deixe o espaço livre para brincadeiras. Todas essas condições contribuem para que os pequeninos tenham outras possibilidades de brincar, além da tela.”, sugere.

A boa notícia é haver possibilidade de reaproveitar objetos e móveis já existentes.

“Principalmente com objetos de valor afetivo. Se o quarto foi planejado pensando no futuro, as adaptações são mais simples de serem feitas. Por exemplo, uma mesinha baixa para uma criança de 5 anos, pode virar uma mesa de cabeceira.”, acrescenta Germana.

Criar um ambiente agradável e funcional

A arquiteta deixa algumas sugestões de como tornar o ambiente agradável sem deixar de atender o que a criança espera com o quarto novo.

“Pense no que você quer estimular no seu filho. Se a criança não consegue correr, rolar, se movimentar com liberdade, a probabilidade dela passar mais tempo na frente da TV ou celular aumenta bastante.”, explica a arquiteta.

É preciso ficar atento à idade e ao interesse do seu filho, já que uma criança maior, por exemplo, que necessita de concentração para os estudos, precisa ter cadernos e livros organizados, além de ter um lugar para colocar um quadro com horários para que ela possa se planejar com autonomia.

“Já uma criança menor, na fase de dois a cinco anos, deve ter mais estímulos no ambiente, o que chamamos de quarto lúdico. Por isso os brinquedos com fácil acesso e cores mais alegres são importantes nessa fase. Também é importante pensar na organização. Baús com rodízio são mais simples do que caixas organizadoras, por exemplo.”, ressalta.

Cuidado com a personalização de ambientes

Em relação aos papéis de parede, a profissional aconselha cautela. “O indicado é usar papel de parede neutro, sem temas, pois os gostos mudam muito. E vale ressaltar também a qualidade no material usado, para poderem ser limpos sem ser danificados. A orientação que eu sempre passo aos meus clientes é buscar por papéis laváveis no mercado.”, esclarece.

De qualquer forma, o quarto deve ser planejado pensando no futuro. A criança muda os hábitos e gostos muito rápido, então evite quartos temáticos. Opte por usar os temas em quadros decorativos, por exemplo.

Eles podem ser trocados com mais facilidade e com um custo mais baixo. “Opte também por móveis que possam se adaptar, a criança menor precisa de mais espaço, então uma mesa no quarto não será tão útil nesse momento, mas é importante reservar um cantinho sem precisar mudar o quarto.”, frisa.

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