Arquiteta Isabella Nalon mostra como escolher entre porcelanato, pastilhas ou vinílico, pensando no décor, praticidade e segurança dos moradores
A cozinha é um dos ambientes residenciais mais frequentados pelos moradores e por seu modus operandi, o contato com a água, fumaça, gordura e pedaços de alimentos que caem no chão fazem parte do dia a dia.
Entre as escolhas para o projeto, é essencial especificar um piso alinhado com o décor e que, ao mesmo tempo, assegure bem-estar e segurança – um escorregão pode incorrer em problemas de saúde para os moradores.
Com o vasto portfólio que as empresas oferecem ao mercado, o morador pode sentir-se em dúvida sobre qual o revestimento certo para aplicar nas cozinhas.
De acordo com a arquiteta Isabella Nalon, à frente do escritório que leva seu nome, o ambiente configura-se como um local que precisa responder três principais requisitos: beleza, praticidade e funcionalidade. Ao analisar esses pontos, a decisão será mais assertiva.
“O piso ideal precisa ser fácil de higienizar, resistente e não ser escorregadio. Ao observar essas características, as demais questões estão conectadas ao estilo, gosto dos clientes e proposta do projeto”, explica.
Pisos mais empregados nas cozinhas
Porcelanato: No topo do ranking, são excelentes opções para o cômodo, tanto pela questão estética, quanto pela facilidade de limpeza. Pela variedade de dimensões – incluindo os grandes formatos –, o porcelanato também favorece a sensação de amplitude e leveza, sendo ideal para apartamentos pequenos. Além disso, é versátil, uma vez que consegue combinar com os elementos decorativos e por não apresentar tanto brilho.
“É um tipo de revestimento bastante durável e com uma enorme variedade de tons e texturas, podendo imitar até mesmo outros materiais, como madeira, granito e mármore”, completa Isabella.
Pastilhas: As pastilhas também conquistam o seu valor quando a proposta é revestir o chão da cozinha. Polivalentes no décor, são seguras, resistentes e produzidas a partir de diferentes materiais como a cerâmica, vidro e porcelana.
Composto por peças pequenas (5 x 5 cm, por exemplo), a presença do rejunte – em maior volume se comparado ao porcelanato ou as peças cerâmicas –, ajuda na tarefa de mitigar o risco de escorregões e quedas. “Por outro lado, a manutenção precisa ser mais criteriosa, justamente por conta do volume de rejuntamento”, orienta a arquiteta.
Piso vinílico: Dispostos diretamente sobre o cimento, o piso vinílico é de simplificada instalação, resistente, apresenta bons níveis de segurança e um leque de estampas e cores que valorizam ainda mais a decoração.
“Entretanto, seu uso implica em uma mudança de hábito no modo de limpeza do brasileiro. Nada de água em abundância e vassoura para lavar o chão! Um pano com detergente neutro é eficiente e resolve muito bem”, adverte Isabella. Os modelos que simulam o amadeirado são bastante utilizados por apresentarem um preço por m² inferior à madeira original e proporcionar um bom custo-benefício aos moradores.
Pensando na estética – A decoração da cozinha também passa pelo piso, pois precisa estar alinhado ao estilo do ambiente. As variações de porcelanato com acabamentos lisos ou que simulam os efeitos de mármore são perfeitas quando a intenção é realizar um piso que transmite elegância, enquanto aqueles que remetem à madeira trazem ares mais rústicos ao projeto. Já a utilização de cerâmicas pequenas e pastilhas realçam os aspectos vintage e retrô do décor.
Com relação às cores, a cozinha com pisos mais escuros tende a agregar uma atmosfera moderna e sofisticada. No contraponto, revestimentos em tons claros transmitem as sensações de limpeza e organização.
Contudo, a escolha depende também dos outros elementos e acabamentos que estão na cozinha e nas dimensões. “Um chão escuro não é a melhor saída para locais menores. Nesse caso, os mais claros auxiliam no intuito de ampliar o cômodo”, determina Isabella.
Área de serviço – Hoje em dia, muitas cozinhas estão integradas a área de serviço, mas não são todos que se preocupam com a aparência do local. “Eu diria que, no projeto, o cuidado com o piso da cozinha deve ser semelhante ao dedicado para as lavanderias”, analisa a profissional.
Por ser uma área molhada, é preciso selecionar um piso adequado para evitar acidentes, ao mesmo tempo que mantém a proposta decorativa do imóvel. Assim como na cozinha, o piso deve ser revelar baixa absorção de água e ser resistente ao contato com líquidos e produtos químicos. Assim, peças cerâmicas, porcelanato ou pastilha são decisões acertadas.
Dicas importantes – Mesmo que os moradores já tenham decidido o material e a cor dos pisos para a cozinha, vale prestar atenção em alguns pontos antes da aplicação. Com o preparo diário dos alimentos, gordura e sujeira são inevitáveis neste ambiente. Assim, revestimentos brancos devem ser evitados, pois em pouco tempo ganham a aparência de sujos.
A arquiteta adverte também sobre a qualidade dos materiais. “A resistência a impactos, quedas de utensílio, manchas, uniformidade no tamanho das peças e resistência às manchas de água que fazem a diferença. Pesquisar a procedência e a reputação do fabricante são indicadores a serem considerados”, finaliza.
Contato:
Isabella Nalon
(11) 94453-5500
http://www.isabellanalon.com.br/