Arquiteto Bruno Moraes apresenta os tipos de pisos mais afinados com o uso e a proposta decorativa de cada ambiente
A escolha de um piso bonito e de qualidade faz toda a diferença na hora de decorar o lar. No entanto, é preciso escolher com atenção os tipos de materiais para cada espaço específico, sempre de acordo com as atividades rotineiras de cada um deles.
O arquiteto Bruno Moraes, do escritório que leva seu nome, aproveita para fazer um “giro” pelos cômodos da casa – sala de estar, jantar, varanda, quarto, cozinha, banheiro, lavanderia e áreas externas –, para mostrar os tipos revestimentos recomendados para cada caso.
Salas de Estar e Jantar
• Porcelanato – Primeiramente, como se trata da área social, é essencial analisar qual o piso se adequará melhor à rotina dos moradores. Para esses ambientes, a principal indicação é o porcelanato, tanto pela facilidade de limpeza, como a manutenção simplificada no dia a dia.
Também é uma opção mais resistente, pois não há chance de estragar, caso o morador esqueça alguma porta aberta. “Em contrapartida, como se trata de um piso mais frio, não trará o mesmo aconchego que a madeira e o vinílico, por exemplo. Tudo é uma questão de escolha!”, lembra Bruno.
• Madeira – Falando em outras possibilidades, muitas pessoas têm vontade de incluir um assoalho de madeira nessas áreas, em razão da estética. Porém, antes de tomar essa decisão é preciso pensar bem: por mais resistente que esse material seja (mesmo com aplicação de resina), ainda há a possibilidade de sofrer algum tipo de dano ou risco.
Também é preciso levar em conta se a manutenção é fácil. No caso da madeira, produtos abrasivos causam danos e manchas. Outros contratempos a serem considerados diz respeito a presença de animais de estimação – as unhas de cães e gatos que vivem no ambiente domésticos –, e as intempéries da natureza: quando o piso está próximo à varanda, caso uma porta seja esquecida aberta e não seja contemplada uma cortina blackout, chuva e sol podem deixar o assoalho empenado. Portanto, o cuidado será maior.
• Vinílico – Outra opção, o piso vinílico é muito usado atualmente, mas é preciso cautela com sua aplicação em salas integradas com varandas, por exemplo. Se houver muita exposição ao sol ou à umidade, há chances de o material acabar manchando ou estragando. “Assim, por motivos como esses, se você for uma pessoa desligada ou tiver uma rotina mais corrida, o ideal é buscar um tipo de piso mais prático”, aconselha ele.
Cozinhas – Hoje em dia, infelizmente, algumas construtoras entregam os apartamentos com revestimentos cerâmicos bem porosos na cozinha. Por isso, é comum ver pessoas reclamando que, com o passar do tempo, aquele piso acaba absorvendo bastante sujeira. Por esse motivo, talvez o ideal seja fazer a troca pelo porcelanato que é mais resistente e não absorverá substâncias com tanta facilidade. Como citado acima, também é necessário tomar cuidado com assoalhos de madeira e pisos vinílicos, que têm maior fragilidade.
Banheiros – Como se trata de uma área molhada, é essencial eleger revestimentos não escorregadios. Para quem deseja usar o mesmo produto no piso e na parede, para trazer unidade, o arquiteto tem uma dica interessante: “Alguns fabricantes têm a mesma cor e estampa disponível para ambos, mas o revestimento do piso costuma ser mais áspero que o da parede. Ou seja, um deles é antiderrapante, enquanto o outro é liso”, conta.
Quartos – Como são áreas de pouca exposição à umidade, e que necessitam de muito calor e aconchego, esses cômodos podem receber pisos de madeira ou vinílicos de forma mais tranquila. “Além de ficarem muito bonitos, é claro!”, diz o profissional.
Varandas – Em varandas abertas, a dica é pela instalação de um porcelanato. Caso o cliente queira colocar um piso de madeira – que é sensível à água – é importante fechar a sacada com vidro antes. Do contrário, correrá o risco de estragar o material logo na primeira chuva.
Lavanderias – Geralmente, as áreas de serviço são ambientes mais apertados. Por isso, muitas vezes as pessoas acabam esbarrando nos cantos, ou deixando escapar algum produto de limpeza. Dessa forma, é necessário pensar em uma manutenção simples para esse ambiente, que corre o risco de sujar com facilidade. Assim, é interessante pensar em um piso revestido por uma cerâmica ou um porcelanato.
Áreas externas – Para esses espaços abertos, resistência e durabilidade são as palavras essenciais na hora de escolher o piso. A indicação é por modelos cimentícios ou cerâmicas com coeficientes de atrito bem altos (acima de 0,4 para áreas gerais e acima de 0,7 para rampas, áreas de piscinas e outros locais de maior risco).
“Sempre busque por modelos antiderrapantes e de alta qualidade no mercado, sua segurança agradece!”, orienta o arquiteto.
Calçadas – A calçada é o primeiro contato da residência com o meio externo. Por essa razão, é muito importante escolher o melhor piso.
Com os problemas habituais de enchentes, o crescimento urbano desorganizado e sem o escoamento das águas das chuvas, Bruno recomenda a utilização do piso intertravado nas calçadas. Motivo: esse modelo possui uma porcentagem de permeabilidade, que ajuda a absorver a água.
Riscos: Infelizmente, muita gente troca o piso da calçada por um material inapropriado. No entanto, isso pode implicar em riscos para os pedestres (em casos de revestimentos escorregadios), além de problemas para os proprietários.
Por exemplo, caso o morador instale um porcelanato liso e inadequado para essa função, ele será responsável caso alguém sofra um acidente.
Contato:
Bruno Moraes
(11) 2062-6423
http://brunomoraesarquitetura.com.br/