Valorizar as áreas externas e ter um projeto de baixa manutenção são os maiores pedidos, segundo arquiteto e paisagista Cezar Scarpato
Quem não sonha com uma deliciosa casa de praia para chamar de refúgio e fugir um pouco do cinza da cidade? Especialmente agora, em que reaprendemos a olhar para nós mesmos e a valorizar rituais de autocuidado, esses espaços se tornam um must e pedem por um projeto bem pensado para garantir um lar sem dores de cabeça.
“Quando falamos de casas de praia, nos deparamos com duas principais exigências: a integração com a natureza e paisagem e a baixa manutenção”, destaca o arquiteto e paisagista Cezar Scarpato, a frente do Scarpto Arquitetura Paisagística.
“Dentro destes dois pontos principais conseguimos desenvolver e sugerir uma série de detalhes a serem definidos na etapa de projeto para que a casa seja realmente um sonho, linda, limpa, organizada, arejada e leve”, diz.
De olho nas aberturas – Para garantir a casa de praia dos sonhos, Scarpato afirma que um dos principais cuidados está em pensar no posicionamento das aberturas de janelas e portas, que devem ser grandes e com ampla abertura para aproveitar a paisagem e, por vezes, permitir a integração física, além da visual, de áreas internas e externas. “As grandes aberturas também ajudam na ventilação cruzada e permitem a entrada do sol, que mantém a casa saudável e com menos umidade, ácaros e mofo”, explica.
Coberturas e paredes – Telhados e lajes também merecem atenção. “Pensar em projeção de beirais amplos ou pergolados cobertos para a proteção das paredes externas, assim como para a criação de varandas, ajuda a proteger as estruturas da incidência de sol direta e das chuvas”, afirma Cezar Scarpato, que indica que a casa conte com revestimentos externos duráveis, de preferência de materiais natuais e sem pintura. “Assim, eles demonstram menos alteração de cor”.
Cuidado com os pisos – Casas de praia pedem por pisos externos antiderrapantes e, de preferência, atérmicos, especialmente nas áreas ao redor de piscina e em acessos onde se ande descalço.
“O ideal é optar por tons não muito claros, evitando o ofuscamento pela claridade do sol”, indica Scarpato. Para pisos internos, optar por grandes formatos pode ser uma solução inteligente. “Eles permitem menos área de rejunte, facilitando a limpeza”, afirma o arquiteto e paisagista. Nesse caso, os tons claros e neutros são bem vindos, contribuindo para o clima praiano do lar.
Layout interno – Como o exterior e espaços de lazer são os destaques de casas de praia, pensar em uma distribuição interna que valorize a conexão visual com o exterior é essencial.
“A integração de ambientes é uma aliada, assim como um décor com menos excessos”, diz Scarpato. Cores claras, poucos mas interessantes objetos decorativos e móveis versáteis com tons naturais ajudam na composição mais clean, remetendo a leveza e amplitude da praia e do mar, e ajudam principalmente com a amplitude de ambientes pequenos.
Como a ideia é ter uma casa que preza pelo relaxamento, superfícies lisas e fáceis de limpar são importantes para agilidade e limpeza das áreas internas.
“Uma dica extra é pensar bem nos armários, que devem contar com divisões mais amplas, portas com ventilação natural ou até mesmo sem portas. Assim, evita-se o mal cheiro que poderia ser causado pela umidade”.
Áreas externas e jadim – Por fim, Cezar Scarpato indica espécies nativas para as áreas externas. “Elas devem ser resistentes à maresia e não devem pedir por poda constante”, explica.
Contato:
Scarpato Arquitetura Paisagística
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