Projeto da Perkins&Will para o Kempinski Laje de Pedra inclui utilização de técnica inovadora de madeira laminada cruzada, assimilação da laje de pedra na piscina ao ar livre e vista para o canyon como protagonista

Perkins&Will em sintonia com a natureza

A valorização das características naturais da região e arquitetônicas presentes no prédio histórico com fortes traços modernos é o ponto de partida do projeto de retrofit do Laje de Pedra, em Canela. Adquirido pelo grupo LDP Canela S/A em 2020, o local começa a passar por um processo de remodelação e ampliação que culminará no Kempinski Laje de Pedra.

Entre os destaques da revitalização estão a valorização da vista para o Vale do Quilombo e a utilização da madeira e da pedra de forma ampla e inovadora. Um ponto alto é a incorporação da laje que dá nome ao hotel em uma piscina ao ar livre com propriedades terapêuticas.

“Tudo isso somado leva as belezas e a cultura do Rio Grande do Sul para o mundo”, diz José Paim, sócio da LDP Canela S/A. Além de ser o primeiro na América do Sul sob a bandeira da rede de hotéis de luxo mais antiga da Europa, o local promete inaugurar um novo momento na hotelaria brasileira também através da arquitetura.

Perkins&Will em sintonia com a natureza

O projeto original é do arquiteto gaúcho Edgar Graeff, contratado pelos idealizadores do hotel, José Luiz Correa Pinto e Péricles de Freitas Druck, para transformar um desejo em realidade. Inaugurado em 1978, o local refletiu, durante mais de 40 anos, sua época. Agora, ganha um ar contemporâneo e passa a representar as tendências de arquitetura e design do século XXI.

O escritório de arquitetura responsável por reinserir o hotel entre os destinos mais cobiçados no Brasil é a norte-americana Perkins&Will. O diretor de Design no estúdio da multinacional em São Paulo e líder do projeto, Douglas Tolaine, conta que o prédio é um dos poucos exemplares do modernismo no Sul e não podia ser apagado. “Percebemos a presença marcante das linhas horizontais e verticais, do concreto e dos arcos, muito encontrados nos palácios de Brasília. O Laje de Pedra lembra muito o Palácio do Itamaraty, por exemplo”, destaca.

O processo de concepção do novo Laje de Pedra partiu de um resgate da memória. Nas visitas ao espaço e no estudo dos desenhos e documentos originais dos arquitetos, foram encontradas, inclusive, pistas de como o projeto poderia se reinventar sem perder a essência. “Parecia que o Edgar Graeff tinha deixado as dicas para a revitalização”, diz.

Os traços originais são mantidos, mas adquirem outro significado. O concreto, produto símbolo da arquitetura do século XX, ganha a companhia da madeira, material que vem conquistando espaço entre as construções mais disruptivas no mundo hoje e que, na região, é encontrado em grande parte das casas, inclusive as mais tradicionais datadas no início da colonização europeia no RS.

A madeira é tendência e aponta para um novo caminho da arquitetura, focando no consumo consciente e menor emissão de carbono. Inclusive, todos os processos carregam consigo a preocupação com o meio ambiente, com métodos construtivos de baixo impacto e aproveitamento ao máximo da infraestrutura e insumos já presentes no local.

Inovador, o método construtivo adotado no novo Laje de Pedra emprega, dentre outras técnicas, a madeira laminada cruzada. Também conhecida como CLT (Cross Laminated Timber) e tida como o “concreto do futuro”, a técnica irá criar uma estrutura de cobertura que trará ainda mais beleza e interação com a natureza (imagem acima).

O material escolhido é o pinus, produzido e extraído de acordo com critérios de responsabilidade ambiental e social. Encontrado em abundância no Rio Grande do Sul, esse tipo de madeira dialoga perfeitamente tanto com o concreto quanto com as pedras de basalto – amplamente utilizadas no Estado e trazidas à tona com destaque.

O centro do hotel, onde antes existia uma piscina, dará espaço a uma praça com serviços e comércio. O espaço em total sintonia com a natureza conta com iluminação natural ao longo do dia e é perfeito para interação e descontração também à noite com a contemplação do céu estrelado.

Perkins&Will em sintonia com a natureza

De frente para o cânion com vista para o Vale do Quilombo com conforto e elegância

Localizado na Serra gaúcha, o Laje de Pedra tem uma das vistas mais bonitas da região graças ao seu posicionamento privilegiado sobre o Vale do Quilombo, falésia de 400 metros em uma das regiões mais bonitas do sul do Brasil. “A vista para o canyon é a nova vista para o mar”, diz o arquiteto responsável pelo projeto, Douglas Tolaine. A arquitetura, no entanto, não tirava proveito desta e outras belezas naturais.

“Toda a estrutura do hotel estava de costas para a falésia. A ideia, agora, é voltar-se à natureza e incorporá-la ao projeto”. As áreas comuns ganham vista para o vale. Uma das piscinas incorpora a laje de pedra que dá nome ao hotel e que contém propriedades terapêuticas e energéticas.

Contatos:
Perkins&Will
(11) 3817-6963
https://perkinswill.com

Kempinski Laje de Pedra
(51) 3026-5195
https://lajedepedra.com.br

#perkinswill