Escola de 11 mil m² tem arquitetura pensada para as novas necessidades dos alunos, oferece espaços ao ar livre para a prática de atividades pedagógicas e convívio social

Red House pelo Studio DLuxOs espaços escolares podem influenciar positivamente na formação das crianças e a tendência pós-pandemia é de que as instituições tenham cada vez mais estruturas diferenciadas.

Nas escolas da Red House International School, os ambientes são estrategicamente pensados por arquitetos e educadores para dialogarem com a proposta pedagógica, favorecendo a aprendizagem, o envolvimento e o protagonismo dos alunos.

Denis Fujii, arquiteto do Studio DLux e responsável pelos projetos da Red House, explica que a arquitetura e a proposta pedagógica devem caminhar sempre juntas.

“O projeto arquitetônico vai muito além de simplesmente considerar quantos alunos cabem numa sala de aula ou qual é a metragem mínima necessária. A parte arquitetônica, de mobiliário e de design de interiores têm de levar em conta os fluxos e as dinâmicas de alunos e professores no dia a dia e as diretrizes pedagógicas da escola para atender a essas necessidades”, explica.

Para isso, a participação dos educadores é fundamental. “Quando observamos o espaço, imaginamos o que podemos fazer, mas, sem o olhar pedagógico, isso ficaria vazio. A colaboração da equipe pedagógica deixa o projeto mais rico e vivo, pois são eles que estão vivenciando no cotidiano o processo escolar, e isso nos ajuda muito a pautar o que pensamos para aquele espaço”, afirma o arquiteto.

Red House pelo Studio DLuxO campus Villa-Lobos, que será inaugurado neste ano na capital paulista e deve começar a funcionar em 2022, é considerado uma flagship da Red House.

A nova escola ocupa um terreno de 11 mil metros quadrados e o projeto privilegiou todos os aspectos arquitetônicos considerados centrais pela Red House, como salas de aula amplas, com iluminação e ventilação naturais, além de grandes espaços abertos com vegetação e playgrounds a céu aberto.

O terreno possui dois grandes edifícios interligados por uma passarela e um vão livre. “Projetamos as salas de aula nos arredores dessas construções para que elas pudessem contar com iluminação e ventilação adequadas. A parte central é composta por alguns playgrounds cobertos e lounges, que favorecem a interação dos alunos”, conta Denis.

A extensa área externa possibilita ainda que o aprendizado não fique restrito às salas de aula. Foram construídos parques e espaços arborizados para que as atividades pedagógicas possam acontecer também nesses espaços, ideal para esse momento de pandemia.

O campus conta ainda com uma estrutura completa, que inclui estúdio de gravação, laboratórios, refeitório e um grande complexo esportivo, com quadras poliesportivas, de areia e pista de atletismo, capaz de sediar eventos e campeonatos.

Outro aspecto importante dos projetos arquitetônicos da Red House, segundo Denis, é o foco no protagonismo dos alunos. “Nas salas de aula, laboratórios e salas maker, tentamos cada vez mais desmistificar a questão do professor à frente do processo de aprendizagem e das carteiras enfileiradas diante da lousa. Hoje, a educação está muito moldada no papel do professor como um facilitador na busca de conhecimentos. Procuramos descentralizar esse processo na arquitetura, para promover a interação entre alunos e professores e para as crianças entenderem que o trabalho sempre é colaborativo.”

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