Smart Cities: Solução para as cidades ou aprofundamento das desigualdades sociais?
Escrito por Teresa Mendes, o texto “Smart Cities: Solução para as cidades ou aprofundamento das desigualdades sociais?” identifica conceitos inicialmente surgidos na academia, como smart city, que foram sendo incorporados pelas cidades como brands, visando atrair investidores, empresas, profissionais e turistas.
Focando em smart city, dominante no debate atual, Mendes analisa a origem e construção do conceito, assim como a sua operacionalização, para entender se a proposta pode vir a diminuir ou aumentar as desigualdades socioeconômicas das cidades.
Com o objetivo de divulgar os produtos parciais produzidos no âmbito de suas pesquisas, o Observatório das Metrópoles tem produzido a publicação Textos para Discussão (TD). Esta semana lançamos o décimo primeiro TD, intitulado “Smart Cities: Solução para as cidades ou aprofundamento das desigualdades sociais?“.
Elaborado por Teresa Cristina M. Mendes, pesquisadora do Observatório das Metrópoles, o texto apresenta conceitos inicialmente surgidos na academia, como just city, innovative city, global city, resilient city, creative city, sustainable city, e, por fim, smart city, que foram sendo incorporados pelas cidades como brands, visando destacá-las no mundo com o objetivo de atrair investidores, empresas, talentos profissionais e turistas.
Esse conceitos estão por trás de novas propostas de reconfiguração dos espaços urbanos com o uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs) que, embora tenham discursos inclusivos, no geral definem os habitantes como meros consumidores das soluções tecnológicas.
Focando no conceito de smart city, dominante no debate atual em razão da sua proposta holística, Mendes apresenta a origem e construção do conceito, assim como a sua operacionalização, para entender se a proposta pode vir a diminuir ou aumentar as desigualdades socioeconômicas das cidades.
Confira um trecho – Conceito surgido originalmente no contexto de atuação de grandes corporações de TICs, smart city vem se tornando onipresente nas reflexões sobre planejamento urbano e tem angariado tanto defensores, como opositores.
Os primeiros enxergam nas TICs elemento fundamental para ajudar na maior racionalidade da gestão das cidades, enquanto que os que a contestam veem na transformação urbana proposta um viés neoliberal, traduzido pela atuação de empresas que enxergam as cidades como planos de negócio.
Entretanto, no ritmo acelerado das inovações tecnológicas, os gestores públicos devem estar atentos para a reflexão que se impõe, antes de adotar modelos vendidos por estas empresas, já que necessariamente os interesses privados são bem distintos dos interesses públicos, com todas as consequências sobre a desigualdade social que o afã de se tornar moderno/inovador/diferenciado pode gerar.
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Teresa Cristina Machado Mendes – Mestre em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Pesquisadora INCT Observatório das Metrópoles. E-mail: teresamendes@observatoriodasmetropoles.net
Fonte: https://www.observatoriodasmetropoles.net.br