Graduada em arquitetura e artes plásticas pela universidade de UPENN, a brasileira Tize já teve projetos experimentais expostos no MoMa, PAFA e no Museu de Arte de Hong Kong
Aos 23 anos, o trabalho de associação do design e biologia de Ana Beatriz Valente,Tize, possibilitou a descoberta de uma maneira inusitada de explorar formas e materialidade, o que chamou a atenção de importantes museus em Nova Iorque, Filadélfia e Hong Kong.
A “caneta introspectiva ” , por exemplo, foi selecionada para uma exposição de biodesign no Museu de Arte Moderna (MoMA), na cidade de Nova Iorque. “Como o suor excessivo pode ser um sinal de alerta para problemas emocionais, doenças metabólicas, lesões neurológicas e distúrbios hormonais, o design da “caneta introspectiva” proporciona justamente o armazenamento desse suor toda vez que a pessoa a usa para escrever”, detalha Tize.
Segundo a artista, dentro desse receptáculo um tipo de bactéria age em contato com o suor e sinaliza, por meio da mudança de cor, o grau de ansiedade ou mesmo os sintomas de depressão, que a paciente apresente naquele momento. “A pessoa pode catalogar essas variações num diário e com isso ter um acompanhamento eficiente e uma indicação medicamentosa mais assertiva”, explica. Para tornar o produto comercialmente viável, a artista busca arrecadar fundos para avançar nas pesquisas e desenvolver um biosensor interno para a caneta.
Tize também já teve outros dois projetos experimentais selecionados para serem expostos no Philadelphia Academy of Fine Arts (PAFA) e no Museu de arte de Hong Kong. No PAFA, ela expôs um projeto que busca externalizar as geometrias dos corpos, por meio de desenhos em tamanho natural, e em Hong Kong foi uma obra que simbolizava o funcionamento de um órgão humano fora do corpo.
Atualmente, a artista integra a equipe do Imagine Exhibitions (IE) no desenvolvimento do conceito de novas exposições. O grupo produz mais de 40 exposições itinerantes e exclusivas para museus, centros de ciências, zoológicos, resorts integrados e instalações não tradicionais em todo o mundo.
Além disso IE também opera instalações locais permanentes e prestam consultoria sobre a construção, expansão e direção de museus e atrações. “Minha intenção é absorver ao máximo dessa experiência e aprender como funciona fazer arte no mundo e também como é viabilizar o negócio para, futuramente, aplicar esses conceitos em projetos no Brasil”, conclui Tize.
Contato:
Ana Beatriz Valente / Tize
https://www.tizevalente.com