Casa em aclive transforma o desafio topográfico em estratégia arquitetônica, integrando materiais tradicionais e conforto ambiental ao desenho contemporâneo
Implantada em terreno inclinado, a casa em aclive integra arquitetura e paisagem por meio de soluções estruturais elevadas, preservando a topografia. Materiais como adobe, concreto e cobogós cerâmicos reforçam conforto térmico e identidade cultural, criando espaços que equilibram rusticidade e contemporaneidade.
Integração entre arquitetura e paisagem
Implantada em um terreno de acentuado aclive, esta residência adota uma abordagem que privilegia a preservação da topografia natural e a interação direta com a paisagem. O partido arquitetônico buscou reduzir ao mínimo os cortes no solo, optando por uma solução estrutural elevada, apoiada em pilares, que assegura a continuidade do perfil original do terreno e proporciona leveza ao conjunto edificado.
Estratégia volumétrica e relação com o entorno
A volumetria é organizada pela sobreposição de planos horizontais, que se projetam e configuram varandas e espaços de convivência orientados para as vistas. O desenho valoriza a condição topográfica e transforma a geografia em elemento ativo do projeto.
A materialidade desempenha papel central nessa relação: telhas cerâmicas, adobe e concreto aparente convivem com superfícies brancas e esquadrias em cores intensas, resultando em um contraste controlado entre referências vernaculares e linguagem contemporânea.
Materialidade e conforto ambiental
Elementos como o adobe e a pedra natural reafirmam a integração com o entorno imediato, enquanto os cobogós de cerâmica promovem ventilação cruzada e filtram a incidência solar, contribuindo para o conforto térmico e a privacidade. As grandes aberturas ampliam a conexão visual com a paisagem, enquadrando a vegetação nativa como parte da experiência espacial.
Interior e linguagem espacial
Nos interiores, a materialidade mantém o diálogo entre rusticidade e contemporaneidade. Paredes em pedra e teto em madeira conferem textura e caráter tectônico, em contraponto ao mobiliário de linhas atuais e esquadrias coloridas.
A área social, integrada à cozinha e ao espaço de refeições, favorece a convivência e a continuidade espacial, enquanto os dormitórios são orientados para pontos de contemplação, garantindo intimidade e qualidade ambiental.

#Resposta ao sítio e soluções estruturais
A adoção de uma implantação elevada sobre pilares constitui uma resposta coerente à condição topográfica, evitando movimentações excessivas de terra e preservando a morfologia natural do terreno. Essa escolha reduz o impacto ambiental e assegura maior flexibilidade de adaptação ao aclive, ao mesmo tempo, em que gera uma volumetria mais leve.
#Materialidade como mediadora cultural e ambiental
A utilização combinada de materiais tradicionais — como adobe, pedra e telha cerâmica — com superfícies contemporâneas cria um diálogo entre permanência e atualidade. Essa estratégia material reforça a integração cultural e paisagística, além de contribuir para desempenho ambiental por meio da ventilação cruzada, da inércia térmica dos materiais e da filtragem solar promovida pelos cobogós.
#Experiência espacial e qualidade de uso
A relação equilibrada entre espaços abertos e fechados, varandas projetadas e grandes aberturas revela uma clara intenção de valorizar a experiência sensorial do usuário frente à paisagem. Nos interiores, a articulação entre rusticidade e modernidade traduz uma concepção espacial que privilegia o convívio social, sem perder a dimensão contemplativa vinculada aos dormitórios.
#Elo entre arquitetura, paisagem e cultura
É um projeto que responde precisamente às condicionantes do sítio, transformando limitações topográficas em oportunidades de inovação estrutural e espacial, além de explorar com rigor o papel da materialidade como elo entre arquitetura, paisagem e cultura.
Contato:
AHGÊ Urbanismo & Arquitetura
https://arqbrasil.com.br/50836/ahge/
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