Com marcenaria planejada, as cozinhas de Claudia Passarini e Vanessa Paiva ganham identidade, eficiência e linguagem arquitetônica que organiza e integra o espaço conforme o estilo de vida dos moradores
As arquitetas Claudia Passarini e Vanessa Paiva, do escritório Paiva e Passarini Arquitetura, demonstram como a marcenaria planejada atua como elemento estruturador na concepção de cozinhas, integrando estética, funcionalidade e organização espacial. A escolha de materiais, tonalidades e acabamentos traduz o estilo de vida dos moradores e amplia a eficiência dos espaços, mesmo em ambientes compactos ou integrados.
A marcenaria desempenha papel determinante na definição da linguagem estética e funcional da cozinha, sendo mais do que um recurso técnico: trata-se de um dispositivo projetual capaz de traduzir modos de vida, organizar fluxos e propor soluções integradas à arquitetura de interiores.
No trabalho desenvolvido pelas arquitetas Vanessa Paiva e Claudia Passarini, do escritório Paiva e Passarini Arquitetura, a marcenaria é explorada como núcleo conceitual e operacional, orientando tanto a configuração espacial quanto a identidade visual do ambiente.
Estilo como narrativa espacial
A escolha dos materiais, acabamentos, tonalidades e composições revela a intenção de traduzir a personalidade dos usuários em uma espacialidade coerente com seu cotidiano.
A marcenaria torna-se, assim, linguagem e mediação: define o estilo — minimalista, contemporâneo, clássico ou vernacular — e, ao mesmo tempo, opera como articulador dos elementos técnicos, como eletrodomésticos embutidos, áreas de armazenamento e sistemas de ventilação.
Essa abordagem vai além da estética, evidenciando uma leitura funcionalista aliada a preocupações simbólicas e emocionais.
Tendências cromáticas e retomada de materiais naturais
Entre as soluções projetuais adotadas, destaca-se incorporar tonalidades orgânicas e gradientes cromáticos menos convencionais, como o verde menta, o rosa-antigo e o azul em variações suaves. Esses matizes contribuem para uma ambiência acolhedora e singular, sem comprometer a neutralidade visual necessária à longevidade dos interiores.
A valorização das texturas naturais da madeira reforça a intenção de criar um vínculo com o sensorial, retomando referências atemporais, como o estilo provençal reinterpretado.
Organização funcional e integração espacial
Em situações com metragens mais restritas, como na cozinha do tipo corredor, as arquitetas optaram por soluções lineares e compactas. A disposição racional dos armários, bancadas e equipamentos em um único lado da parede permite otimizar a circulação e garantir continuidade visual quando a cozinha se insere em ambientes integrados.
A preocupação com a altura da coifa, por exemplo, revela atenção às proporções e ao alinhamento dos volumes, evitando reentrâncias e ressaltos que comprometeriam a leitura espacial a partir da área social.
Detalhamento técnico e longevidade dos materiais
A escolha criteriosa de materiais, como o MDF de alta densidade, aliada à especificação de ferragens e dobradiças de qualidade, garante resistência estrutural e desempenho no uso contínuo.
Aspectos técnicos, como ventilação adequada, proteção contra umidade e exposição solar, além de procedimentos de manutenção preventiva, reforçam a importância de um projeto que considere as variáveis ambientais e operacionais do espaço.
#Marcenaria como instrumento de projeto e narrativa do habitar
Sob uma leitura crítica e técnica, observa-se que a marcenaria, no contexto apresentado, extrapola sua função utilitária para assumir o papel de elemento ordenador do espaço. Sua aplicação revela uma compreensão amadurecida das demandas contemporâneas, articulando forma, função e linguagem estética com precisão.
#Limites e possibilidades do mobiliário
A inserção de elementos visuais que remetem à memória afetiva — como puxadores concha, gavetas almofadadas e composições cromáticas suaves — estabelece pontes entre o vivido e o projetado, construindo uma espacialidade afetiva e funcional.
Além disso, o cuidado com o embutimento dos sistemas de ventilação e eletrodomésticos indica domínio técnico sobre os limites e possibilidades do mobiliário fixo enquanto extensão do projeto arquitetônico.
Ao integrar marcenaria, layout e soluções técnicas coesamente, o projeto apresentado se destaca por propor uma cozinha que é ao mesmo tempo, síntese formal, resposta funcional e expressão sensível do cotidiano doméstico.
Contato:
Paiva e Passarini Arquitetura
https://arqbrasil.com.br/23655/paiva-e-passarini-arquitetura/
http://paivaepassarini.com.br
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