A biofábrica Let’s Fly expande os limites da arquitetura industrial, combinando estrutura de aço, energia solar e soluções inovadoras para criar um espaço produtivo e sustentável
A biofábrica Let’s Fly, projetada pelo escritório Grua Arquitetos, é um modelo de arquitetura industrial sustentável. A obra combina estrutura de aço modular, placas fotovoltaicas e sistemas construtivos autônomos, resultando em um edifício eficiente e flexível.
Arquitetura Industrial e Sustentabilidade
Obra da biofábrica Let’s Fly destaca-se pela utilização de estrutura em aço, que garante flexibilidade conceitual e física, contribuindo com adaptações tecnológicas contínuas.
A biofábrica Let’s Fly, projetada pelo escritório Grua Arquitetos, representa um referencial na arquitetura industrial sustentável no Brasil.
Destinada à produção de proteína à base de moscas-soldado-negro (BSF), o projeto alia funcionalidade e inovação, empregando sistemas construtivos autônomos que dialogam com tecnologias emergentes e a necessidade de flexibilidade.
Sistemas Construtivos e Soluções Tecnológicas
O projeto organiza-se a partir de dois sistemas construtivos distintos. O primeiro é uma plataforma elevada de 400 m², onde se destaca a grande cobertura metálica. Esta estrutura, composta por módulos de 4×6 metros, apresenta uma inclinação única de 23°, voltada para o norte, maximizando a captação de energia solar.
Essa cobertura eleva-se acima do solo, permitindo espaços com pé-direito duplo para abrigar estantes e outros equipamentos essenciais à produção da biofábrica. A escolha por uma inclinação específica não apenas favorece a eficiência energética, mas também minimiza a transmissão de calor para os interiores, reduzindo custos operacionais.
O segundo sistema consiste em blocos de concreto e lajes pré-moldadas autoportantes, utilizados para os fechamentos internos e externos. Essa abordagem oferece flexibilidade e durabilidade, permitindo adaptações para diferentes etapas do processo produtivo. A modularidade possibilita, ainda, expansões futuras sem comprometer a integridade do conjunto.
Modularidade e Sustentabilidade
A escolha por estruturas metálicas foi fundamental para a criação de um edifício leve e, ao mesmo tempo, robusto. A modularidade do aço, além de permitir grandes vãos e liberdade espacial, assegura que o edifício possa ser reconfigurado ou expandido com facilidade, acompanhando avanços tecnológicos ou demandas operacionais.
A cobertura abriga placas fotovoltaicas, responsáveis pela geração de 80% da energia necessária para o funcionamento da fábrica, evidenciando o compromisso do projeto com a sustentabilidade.
Impacto Arquitetônico e Inovação
Um dos aspectos mais significativos do projeto é o contraste entre a leveza visual da estrutura metálica e a solidez dos blocos de concreto. Essa dualidade reflete a busca por inovação aliada à funcionalidade, características imprescindíveis para um empreendimento industrial.
A utilização de materiais como o aço, não apenas pela sua sustentabilidade, mas também pela viabilidade técnica, consolida o papel do projeto como referência em arquitetura modular e industrializada no Brasil.
[Essencial] — O projeto da Let’s Fly articula soluções arquitetônicas inteligentes e flexíveis.
A escolha por sistemas construtivos autônomos permite um equilíbrio técnico entre leveza estrutural e robustez, conferindo versatilidade ao conjunto.
A estratégia modular não apenas facilita adaptações e ampliações futuras, mas também demonstra uma visão projetual voltada à sustentabilidade e ao uso eficiente de recursos.
O uso do aço, em especial, traduz-se em ganhos funcionais e estéticos, enquanto a cobertura inclinada, com placas fotovoltaicas, reforça o caráter inovador e ambientalmente consciente da obra.
A arquitetura industrial apresentada, portanto, dialoga com os desafios contemporâneos, apontando caminhos promissores para a integração entre tecnologia, eficiência energética e flexibilidade produtiva.
Principais Aspectos
• Estrutura de aço modular — Proporciona flexibilidade, leveza e rapidez na construção.
• Placas fotovoltaicas — Garantem a geração de energia limpa e renovável.
• Sistemas construtivos autônomos — Oferecem eficiência e durabilidade.
• Sustentabilidade — Minimiza o impacto ambiental e otimiza o uso de recursos.
• Inovação — Apresenta soluções tecnológicas avançadas para a indústria.
• Flexibilidade — Permite adaptações e expansões futuras.
Ficha:
Projeto Para A Biofábrica Piloto Da Let’s Fly
Projeto De Arquitetura Pedro Varella, Caio Calafate, André Cavendish, Ingrid Colares, Bárbara Amorim.
Localização Cachoeira De Macacu, Rio De Janeiro.
Data 2022–23
Área 400m2
Projeto Estrutural Marcio Pompei
Projeto De Instalações Complementare (Wagner Santa Cruz, Greyce Santa Cruz)
Projeto De Ar Condicionado Edson Tito
Consultoria De Iluminação Diana Joels (Concepdual)
Gestão De Projetos Uchino Arquitetura (André Uchino E Teresa Faria)
Fotografia Federico Cairoli / @federicocairoli
Contato:
Grua Arquitetos
https://arqbrasil.com.br/46912/grua/
https://www.grua.arq.br/
#Referências — Biofábrica Let’s Fly; Arquitetura industrial sustentável; mosca-soldado-negro (BSF); sistemas construtivos autônomos; Plataforma elevada; Cobertura metálica; Estruturas modulares; Captação de energia solar; Lajes pré-moldadas autoportantes; modularidade na arquitetura; sustentabilidade na construção; arquitetura industrial no Brasil; Eficiência energética na arquitetura; Placas fotovoltaicas; Flexibilidade arquitetônica; Produção de proteína; Estrutura metálica; Vãos generosos na construção; materiais sustentáveis na arquitetura; inovação tecnológica na construção; Construção industrializada; Arquitetura modular sustentável; avanços tecnológicos na arquitetura; projeto arquitetônico para biofábricas; flexibilidade modular; CBCA; Fotografia Federico Cairoli.
[Pesquisar nesta página]
*Gostou do Projeto? Compartilhe!