Filial do escritório do brasileiro Fernando Brandão na China traz um clima acolhedor e irreverente

Fernando Brandão na China

Com a bandeira brasileira no piso, e o vermelho da flâmula chinesa na parede, o arquiteto fez história com escritório que mistura elementos dos dois países em um projeto sem precedentes no território asiático.

Convidativo, irreverente, alegre, colorido e cheio de referências brasileiras. A filial do escritório do arquiteto brasileiro Fernando Brandão na China não poderia ser diferente.

Localizado no quarto andar do edifício DeTao Group, no campus da SIVA Shanghai Institute of Visual Art em Songjiang University town, subúrbio de Shanghai que de inicio gerou alguma desconfiança do arquiteto, isso porque culturalmente, o número quatro para os chineses dá azar e deve ser evitado.

“O complexo de vira-lata só sessou quando descobri que que meu estúdio ficaria no mesmo andar de um designer Suíço, de um designer industrial Holandês, vizinho de um Belga e do designer alemão Helmut Eslinger (criador do Apple Macintosh, parceiro do Steve Jobs)”, brinca o arquiteto.

Brandão pode moldar toda a arquitetura de interiores do espaço de 180 m² ao seu gosto, “Obviamente, como único sul-americano, e único do terceiro mundo entre 500 professores, desenhei minha bandeira no piso de carpete”.

Fernando Brandão na China

E foi isso que determinou o partido e todo o layout do escritório, com 18 estações de trabalho em madeira natural e a inclusive sua mesa pessoal, que também serviria para pequenas reuniões. “Naquela época meu escritório em São Paulo tinha doze estações, o que mostra que iniciei minha vida na China com bastante otimismo”.

Para as paredes, a escolha foi o vermelho, cor da bandeira chinesa, com o vontade de aproximar o arquiteto da cultura do país.

“Também convidei o artista Carlos Matuck, que pintou cinco retratos do Santos Dumont, meu herói e”padrinho”, nosso pioneiro designer arrojado e desbravador, que me inspirava nesta empreitada, que me desafiava no outro lado do mundo”, revela Fernando.

Como mobiliário, trouxe também uma grande estante para livros que também é utilizada como divisória para setorizar escritório de um estar e uma sala de reunião para 12 pessoas.

“A sala é cercada por 14 km de fitinhas do Bomfim, benzidas em Salvador, pelo padre de plantão. Não passava pela minha cabeça a possibilidade de fitinhas chinesas na ambiência da sala, levei as originais da Bahia”, assim, o escritório era cercado por brasilidade, sorte e cor, que trazia uma atmosfera acolhedora e propiciava um ambiente de trabalho eficiente, alegre e objetivo.

Não para menos era requisitada pela administração e vizinhos interessados frequentadores do edifício para suas reuniões. “Rapidamente ela se tornou referência afetiva dos funcionários não somente do meu estúdio, e recebia quase diariamente, crianças, estudantes de design e arquitetura, professores, autoridades de Shanghai e do partido”, lembra com saudosismo desses tempos de China, e que espera o pós-pandemia para retomar.

Contato:
Fernando Brandão
(11) 3064 5630 / (11) 3064 5633
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