Quando falamos de eventos, sempre existe a ideia de que cada projeto é único. Não está errado quem pensa assim, por isso é preciso considerar que tudo (ou quase tudo) relacionado a este mercado é dotado de diversas variáveis de complexidade, o que torna qualquer análise pela lupa do “lugar comum” algo simplista.
Pensar em um projeto requer se colocar no lugar do outro: do cliente, do público alvo, de quem executa, de quem está ao nosso lado. E esse entendimento somado ao esforço e dedicação de todos os envolvidos é fundamental. É a base do DNA do que buscamos fazer. É o pilar das boas ideias, bons projetos, boas soluções, é aquela linha tênue que separa quem é bom daqueles que têm um brilho a mais.
A criatividade é, sem sombra de dúvidas, o ingrediente que endossa quem está na frente desse mercado. E é um fator que não se aplica somente em projeto, mas à equipe como um todo. Grandes ideias e soluções partem de todas as áreas da empresa. Basta dividir as intenções, juntar as bagagens adquiridas, saber ver e ouvir.
E, por falar em criatividade, fica ainda mais interessante quando avaliamos a cenografia de eventos sob a perspectiva da evolução dos processos, principalmente quanto à evolução das ferramentas que sempre acontecem com o passar do tempo e que ajudam no trabalho de todos. Porém, um engano recorrente é pensar que as tecnologias e recursos disponíveis para quem se aventura nessa área são substitutos definitivos do talento e da aptidão natural. Eu, particularmente, acredito que não substituem, porque se a pessoa não forma seu próprio repertório, ela não conseguirá aproveitar tais recursos em sua totalidade.
A tecnologia ajuda, mas não exclui a necessidade de pensar, planejar. Muitos criativos hoje geralmente usam somente as máquinas (pois lidamos com muita velocidade nas informações), mas penso que a combinação desses recursos às técnicas tradicionais, quando possível, possibilita tornar o processo de criação mais eficiente e encantador. O croqui, os volumes e as maquetes são somente o início do processo de pensar.
É importante sempre ter em mente que os profissionais ainda buscam representações físicas para complementar as virtuais. Mais do que ver para crer, é preciso tocar, não só para entender as formas, estruturas, mas também para democratizar o entendimento espacial do projeto para todos os envolvidos no processo.
Absorver tudo o que está ao redor, ter olhar crítico, sensibilidade apurada faz com que o profissional de cenografia incorpore suas experiências em cada projeto novo. E se esses profissionais têm o entendimento de que todos os que participam de um projeto têm a sua importância, eles vão se tornando mais completos. A conta é simples: ter boa formação é importante, ter vocação é fundamental, ter vontade de fazer é imprescindível e ter humildade é definitivo. Vejo cada projeto em grupo como uma aula. Somos professores e alunos o tempo todo, e ter a percepção de que é possível melhorar, deixando de lado as vaidades, é o primeiro passo para a evolução. Porque em cenografia ninguém faz nada sozinho – um projeto nunca tem um único dono.
A velocidade dos processos na realização de um evento, que sem dúvida é potencializada pelas tecnologias disponíveis, me encanta. É literalmente um universo à parte, ainda que diferente da arquitetura pela velocidade de realização, não deixa de buscar inspirações e referências em obras de grandes arquitetos. Esse dinamismo, que a muitos atordoa, nos dá uma boa liberdade para experimentar. Em suma, é o que me atrai. Seguir aprendendo a cada trabalho e compartilhar técnicas é uma troca vital, já que não há linha de chegada. Nunca estamos prontos, e só se mantém aqueles que entendem que vivemos uma evolução constante.
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