Especialista Bruna Lofego lista o que está em alta no segmento – como um número maior de coworkings nas cidades do interior e espaços mais sofisticados e com melhor estrutura
Ideal para quem quer montar um empreendimento que seja rentável, o coworking vem despertando o interesse não só das startups em tecnologia, mas também de PMES, de todos os segmentos. O conceito tem se popularizado no Brasil – registrou crescimento acima de 100% em 2016, segundo o último levantamento do Censo Coworking Brasil – que agora tem lançado tendências com um tipo de negócio.
Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais figuram entre os que mais oferecem espaços para quem opta por custo-benefício e pela possibilidade de networking.
Mas, ao contrário do que se acredita, não são apenas as grandes metrópoles que contam com os espaços de trabalho compartilhados. Cidades do interior, já chegam a ter mais coworkings do que algumas capitais brasileiras. E as tendências para este ano são promissoras.
De acordo com Bruna Lofego, especialista em coworking e criadora do método Como Montar um Coworking de Sucesso, esse é um setor em constante expansão por ter como essência a flexibilidade, uma das características do momento que vivemos. ” Quando o termo de escritórios compartilhados surgiu no país, muitos acharam que fosse apenas algo sazonal. Hoje, percebeu-se que não só estavam errado, como também o conceito é uma realidade que veio para ficar, mostrando ser negócio viável e rentável mesmo em cidades com menos habitantes”, explica.
Presença ampliada no interior – Sendo 2017 um ano de bons resultados para os empreendedores de coworking, devido à alta procura por esse serviço, os empresários de cidades do interior têm sentido maior segurança em oferecer espaços de trabalho compartilhados em suas regiões. De acordo com o Censo Coworking Brasil 2017, Campinas destaca-se entre as cidades que mais oferecem esse serviço, e está à frente de grandes capitais como Brasília e Florianópolis. “O coworking atrai profissionais de diversas áreas e diversas necessidades, e muitas vezes a empresa não atende somente os profissionais da cidade, como também aqueles que estão de passagem pela cidade, a negócios”, diz.
Coworkings mais sofisticados – Neste ano, os espaços compartilhados tendem a receber maior atenção por parte de seus proprietários e, com isso, será possível encontrar ambientes de trabalho com mais recursos. “Os empreendedores que estão nessa área mas não disponibilizam serviços básicos devem entender que correm o risco de não se manterem no setor por muito tempo. É fundamental que eles entendam que a qualidade do serviço é a alma do negócio, e que isso deve ser feito com excelência”, destaca a especialista.
Empresas com espaços ociosos tornam-se novos players – De acordo com o Índice FipeZap, em maio do ano passado ocorreu a maior desvalorização mensal dos últimos cinco anos em relação ao preço dos imóveis. Por causa da constante desvalorização no setor imobiliário, muitas empresas desistem de vender seus espaços que estão sem uso e consideram o coworking como alternativa.
Com mudanças no layout e investimentos em marketing, diversas empresas com espaços ociosos estão apostando nesse mercado. Dessa forma, elas passam a aproveitar melhor o espaço e aumentam a receita. “Diariamente recebo perguntas de donos de empresas que buscam instruções sobre a melhor forma de fazer a adaptação desse cenário, e tenho percebido que a procura tem aumentado bastante”.
Imóveis para locação geram mais renda com um coworking – Com a crise econômica, o mercado imobiliário desacelerou e, com isso, diversos imóveis permanecem disponíveis para locação. Além disso, o preço do aluguel de imóveis fechou o ano de 2017 com 0,69% de queda, segundo o Índice FipeZap. Devido a esse cenário, o coworking aparece como uma das soluções encontradas por proprietários que estão há tempos com seus imóveis sem uso e desvalorizados.
Para Bruna, criar um ambiente de coworking pode ser uma boa aposta para gerar mais renda do que a locação de modo convencional, mas ela alerta para a profissionalização do setor. “Durante o período de crise, muitas pessoas que tinham seus espaços ociosos acreditaram que, apenas colocando mesas e cadeiras, o espaço estaria rentabilizando novamente. Hoje, os donos desses mesmos espaços estão se dando conta de que o coworking é um negócio, uma empresa que presta serviços”.
Coworkings especializados – Os coworkings voltados para nichos específicos, que antes não tinham participação nesse mercado, ganham cada vez mais relevância. É possível encontrar ambientes para grupos de advogados, médicos e profissionais de moda, por exemplo. Há também coworkings que estão sendo literalmente adaptados para o ramo da beleza, o que facilita a vida de cabeleireiros, manicures, barbeiros e outros que atuam no setor.
“Uma dica que dou para quem pretende abrir um espaço para um nicho é tentar uma parceria com uma empresa âncora no mercado, pois assim poderá atrair resultados mais rápidos. O modelo de coworking mostra que pode se expandir ainda mais, para diversas profissões, e esse é só o começo.”
Serviço:
Bruna Lofego
(31) 2519-8600 / (11) 3198-3600
http://brunalofego.com.br/
#2018