Por trás do uso do couro existe um cenário nada agradável, como explica a arquiteta Giovanna Gogosz
De roupas e acessórios como bolsas e sapatos, a móveis e estofamento de carros, o couro natural ou legítimo é um elemento que pode ser encontrado por toda parte. Por mais que as gerações modernas estejam apostando cada vez mais em campanhas de conscientização sobre a utilização do couro, mesmo assim, ainda é um material utilizado por diversos profissionais. E com o setor de decoração o cenário é o mesmo. É muito comum a presença do couro em sofás, cadeiras, tapetes e, por incrível que pareça, até em cafeteiras.
Segundo a jovem arquiteta Giovanna Gogosz, criadora da marca Giovanna Gogosz, por meio de conhecimentos e truques, é possível investir em outras opções que no final alcançam o mesmo resultado e efeitos desejados. “Muitos clientes têm consciência sobre a crueldade envolvida na produção de pele, são totalmente contra o uso do couro e desejam manter essa conscientização na decoração do ambiente que trabalham ou vivem. Por isso, eu, como profissional, sempre me mantenho atualizada das alternativas que podem substituir o couro”, comenta a especialista.
Giovanna lista os cinco principais motivos para não investir nesse tipo de material na decoração:
Facilmente substituível – Atualmente, no mercado, já existem diversos tipos de couros sintéticos que não ficam para trás em nenhum aspecto em comparação ao couro natural. “Existem três tipos de couro sintético: o corino, composto por algodão e PVC, o courvin, também composto de PVC, apresentando uma espessura maior e brilhosa e, por fim, o PU, composto de poliuretano, sendo o mais utilizado por profissionais”, explica. Outra opção seria o couro ecológico produzido unicamente a partir da seringueira, que está sendo muito utilizado como elemento decorativo em ambientes como sala de estar ou sala de jantar.
Preço – Conhecido como um elemento luxuoso, elegante e resistente, independente da forma que é encontrado, os preços são sempre altos. A especialista revela que é possível causar o mesmo efeito, com outros materiais econômicos. “As variações do couro sintético, por exemplo, podem ser encontradas em lojas específicas com um preço muito mais acessível para quem deseja investir na decoração de seu escritório ou lar”, esclarece.
Morte de animais – O couro natural/legítimo nada mais é do que a pele do animal junto com componentes químicos inseridos pelo ser humano para ter uma durabilidade maior. “Alguns clientes adoram o efeito que o couro traz em alguns cômodos e exigem que eu utilize. Neste momento, explico que tanto o couro ecológico ou o sintético, se forem produzidos com qualidade, oferecem o mesmo resultado em questão de durabilidade, sem fazer mal a nenhum animal indefeso”, salienta.
Prejudica o Meio ambiente – A poluição causada pelos resíduos químicos usados para tratar o couro ameaça o ambiente, já que acontece o descarte de lixo sólido e líquido, com restos de cromo e outros componentes prejudiciais. “O couro é muito agressivo ao meio ambiente, e nosso papel como profissional é zelar pelo bem do nosso planeta que, afinal, é nossa principal moradia. Além disso, quando utilizamos itens sem couro na decoração também facilita na limpeza do ambiente”, comenta a arquiteta Giovanna Gogosz.
Risco a saúde – Pelo mesmo motivo citado no item acima, os trabalhadores que preparam o couro ficam expostos a situações inadequadas, além do contato com substâncias nocivas para a saúde. “Vivemos em uma época em que temos conhecimento sobre a importância da sustentabilidade, segurança no trabalho, reúso e reciclagem, por isso, procurar maneiras ecológicas de decorar é o melhor meio”, finaliza a arquiteta.
Serviço:
Giovanna Gogosz Arquitetura e Design
(11) 987-999-175
https://www.giovannagogosz.com