A arquiteta Carina Dal Fabbro mostra como é possível compor um décor que personaliza a casa e destaca as preferências do morador

Carina Dal Fabbro personaliza o imóvel alugadoHabitar um espaço com personalidade que atenda a todas as necessidades do dia a dia é sempre uma grande aspiração.

Em diversas situações, como o primeiro local escolhido para morar sozinho, o lar após o casamento ou em uma mudança de cidade, entre outras possibilidades, o aluguel é a opção para o momento de muitos brasileiros.

Porém, uma característica muito comum de quem vive em um imóvel tido como temporário é deixar de lado essa preocupação em torná-lo um lar decorado e que, durante aquele período, seja aprazível.

Para a arquiteta Carina Dal Fabbro, é possível sim deixar a residência ou o apartamento alugado com ares modernos, conforme as características de quem o habita e super funcional.

“Além de deixá-lo perfeito para o dia a dia, as escolhas corretas asseguram o controle no orçamento. Sabemos que ninguém quer gastar demais em um bem que não é seu”, diz a profissional.

Com a experiência em executar o décor e pequenas transformações em imóveis alugados, Carina explica que costuma conversar com seus clientes para entender as expectativas, avaliar e promover as soluções práticas e temporárias batizadas como ‘maquiagem’.

“Adoto esse termo por se tratar de um projeto sem grandes alterações estruturais, como a demolição de paredes e o quebra-quebra que costuma existir na reforma tradicional”, relata a profissional.

De forma assertiva, ela assegura que as alterações pontuais propiciam uma atmosfera charmosa e lembra muitas histórias de muitos clientes que, nessas circunstâncias, encontraram a satisfação de viver em um lar – mesmo que não seja efetivamente seu.

Nesse processo, Carina ressalta um fator imprescindível quando se aluga: nenhuma alteração definitiva pode ser feita sem aprovação prévia do proprietário. Para evitar dores de cabeça no futuro, a orientação é deixar tudo documentado.

“Quando conversado inicialmente com o proprietário ou a imobiliária, o locatário abre a possibilidade de negociar uma carência contratual com melhorias e até mesmo uma reforma”, explica.

Ou seja, a troca de revestimentos deve ser sempre aprovada com antecedência, bem como a instalação ou retirada de móveis planejados. Já a aplicação de papel de parede e pintura são bem-vindos e podem ser feitos sem nenhuma autorização prévia, desde que, ao fim do contrato e durante a devolução, as paredes sejam entregues com branco ou tons claros, conforme a assinatura do contrato.

No caso de reformas, áreas molhadas como a cozinha e banheiros são as mais caras em uma obra. Portanto, o aporte financeiro para a troca de revestimentos ou louças sanitárias, sem um acordo prévio entre as partes, pode não valer a pena. “A melhor saída para quem aluga é conseguir uma carência em contrato”, ressalta Carina.

Para evitar a substituição dos revestimentos das paredes, uma dica é realizar uma limpeza profunda nos azulejos antigos e trocar os rejuntes. “Asseguro que esses procedimentos por si já renovam muito o visual”, ensina a arquiteta.

Caso não seja o suficiente para mudar o espaço, outra possibilidade é adesivar os azulejos ou, até mesmo, pintar as peças com tinta epóxi.

Para o piso, existe a opção de assentar piso sobre piso, em áreas molhadas, como cozinhas e banheiros ou instalar piso vinílico, desde que a limpeza seja feita apenas com pano úmido e não lavada.

Por fim, antes de sair comprando peças novas, Carina propõe um olhar aprofundado sobre aquilo que o futuro morador já tem.

“Para evitar gastos com a aquisição de mobiliários novos, analiso aquilo que a família já tem. Em boas condições, com uma cama, um sofá de boa qualidade que possa receber uma reforma ou uma poltrona com história podemos elaborar o layout e complementar com uma ou outra peça nova a ser comprada”, descreve a profissional.

E antes de passar o cartão de crédito, optar por móveis soltos na sala de estar, jantar ou dormitório resulta em uma solução inteligente, pois podem ser levados em uma mudança futura.

Na cozinha, peças com rodinhas posicionadas embaixo da pia se revertem em uma boa pedida, já que também podem ser transportados para outros endereços e realocados até em uma área de serviço.

Contato:
Carina Dal Fabbro Arquitetura
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