Arquitetura consciente da arquiteta Carina Dal Fabbro realiza a reforma de interiores implementando conceitos mais sustentáveis
Experiente na elaboração de projetos que reaproveitam o que os lares têm de melhor, a arquiteta Carina Dal Fabbro compartilha dicas para transformar os ambientes com base no upcycling de elementos, sem a necessidade de grandes intervenções de obras e a geração de entulhos
Quando se fala sobre design de interiores sustentável, é comum relacionarmos o conceito a uma decoração composta por peças e materiais naturais e até mesmo reciclados.
A verdade é que dar uma nova cara a um móvel antigo, usar móveis ecologicamente corretos ou fazer um sistema de reuso de água são apenas algumas das ações que podem resultar em um projeto de arquitetura consciente.
A ideia é muito mais complexa e abrange todo o processo da cadeia produtiva da construção e decoração.
“Quando o objetivo é pensar em uma arquitetura consciente, devemos observar desde a origem e extração da matéria-prima, até o seu reaproveitamento e descarte no futuro. Muito mais que focar em um único ponto, precisamos pensar no processo completo”, orienta a arquiteta Carina Dal Fabbro, à frente do escritório que leva seu nome.
Pensando em soluções simples, ela assinou o projeto de reforma de um apartamento de 280 m², localizado na capital paulista, que teve a sua essência totalmente modificada com uma menor produção de entulhos e, consequentemente, menos desperdício de dinheiro, tempo e materiais.
Com o desejo dos clientes em ter o living integrado, Carina pensou em uma solução que possibilitasse a recepção de convidados com o máximo de conforto.
Para isso, a arquiteta montou este lounge bem em frente à porta da área social com poltronas giratórias – um verdadeiro chamado para permanecer com as pessoas queridas em longos bate-papos.
Dividindo a mesma área, a profissional planejou e desenhou um móvel que faz às vezes de bar e armazena tudo com a máxima descrição e funcionalidade. Super alinhada ao estilo e necessidade da família, a peça ficará por ali por muitos anos.
Hoje, a construção civil é um dos setores responsáveis pelas maiores produções de lixo no mundo e é um dos deveres dos profissionais da área reduzirem esse dano.
“Para manter o equilíbrio, decidimos manter o piso – o qual é de mármore importado e estava em excelentes condições –, e investimos na troca da porta de entrada por uma opção pivotante mais larga e moderna”, conta Carina.
Ela ainda reforça que mesmo em uma decoração clássica, é importante, que sejam inseridos toques contemporâneos para que o resultado não fique com um visual ultrapassado. “Caso contrário, em um tempo curto os moradores lidarão com o desejo de trocar tudo novamente”, complementa.
Outro ambiente que compõe o living integrado é o espaço dedicado ao home theater, ambiente que tem tudo para roubar a cena na casa, já que estamos em ano de Copa do Mundo.
Com um sofá que já fazia parte do acervo de móveis dos clientes e poltronas confortáveis seguindo a paleta clara, a aposta em um rack de madeira compacto foi a escolha ideal para trazer um contraponto de cor interessante ao ambiente.
“Outra forma de ressignificar móveis usados ou antigos é pintá-los. Muitas vezes, a simples aplicação de verniz, seja ele fosco ou brilhoso, já consegue dar à peça uma nova vida. A troca de puxadores também é bastante recorrente para renovar armários, cômodas ou mesas de todas as formas”, conta Carina.
A perfeita união do clássico com toques modernos se fez presente nesse lavabo. O ambiente, assim como a sala de estar, já era todo revestido com um mármore importado de alta qualidade e em perfeito estado. Por isso, a arquiteta decidiu por mantê-lo e acrescentar apenas as louças, acessórios e trocar o lavatório.
Além dos metais em dourado, o grande destaque está na bancada da pia, composta pela combinação entre a madeira de demolição e a cuba de semi-encaixe esculpida em mármore.
Para a varanda, Carina implementou soluções simples e que proporcionaram um espaço de descanso para os moradores. Para contemplarem a vista privilegiada, o espaço não foi fechado com vidros ou telas.
A varanda também recebeu duas poltronas com material próprio para a área externa – aqui, eles vivenciam o encontro direto com o frescor da natureza sem sair da cidade.
Com a proposta de aquecer o ambiente e oferecer aos moradores mais uma opção de local para reunir a família ao redor da mesa, a cozinha também passou a contar com uma mesa de seis lugares. “Com o mix de bancos e cadeiras, conseguimos aliar a modernidade ao estilo clássico dos clientes”, finaliza a arquiteta.
Contato:
Carina Dal Fabbro Arquitetura
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