Arquiteta Andrea Camillo avalia o que deve ser considerado para montar o living externo, pensando sempre na integração dos ambientes, conforto e no bem-estar
Uma residência com área externa para o lazer é realmente um sonho. Com a grande oferta de condomínios de edifícios com a presença de muitos moradores – principalmente em grandes cidades como São Paulo –, há quem sonhe em ter a sua configuração privada com casa e área de lazer onde possa desfrutar na intimidade com familiares e a presença de amigos convidados.
Mas como explorar essa espaço para atividades ar ao livre, como piscina e, ao mesmo tempo, deixar com ares de extensão da própria morada?
“Nesse privilégio de desfrutar a benesse de ter um cantinho onde se possa estar mais em contato com o céu, o verde e o ar livre, o projeto deve considerar sempre uma atmosfera de convivência. Tanto para relaxar no final de um dia útil, com seus familiares mais próximos, como aos finais de semana”, afirma a arquiteta Andrea Camillo, à frente do escritório que leva seu nome.
Mas como executar essa distribuição, considerando a divisão das áreas, de acordo com os anseios dos moradores?
A profissional apresenta algumas tópicos necessários para conceber um living externo harmonioso e confortável para todas as horas.
“Para uma área externa, devemos considerar alguns detalhes importantes antes de começar a compor a decoração. A primeira delas seria a quantidade e tipo de incidência natural. Se a área recebe sol o dia todo, se as peças podem ser realocadas em caso de chuva e se elas estão preparadas para a natureza em sua forma mais pura”, indica a profissional.
Os fenômenos naturais podem facilmente danificar os elementos, por isso, o tipo de material deve ser o principal ponto levado em consideração na hora de montar um living externo, obtendo assim, a longevidade do mobiliário.
Além disso, deve-se considerar as necessidades dos moradores, que podem ser respondidas por meio de questões como a existência de piscina, presença de crianças, a intenção de trazer visitantes frequentes e a real possibilidade de que as pessoas se sentem com o corpo molhado.
Se a maior parte das respostas for pelo sim, segundo Andrea, “quanto mais cadeiras, mesas, espreguiçadeiras e lugares para acomodar é melhor”. E no aspecto dos materiais, o melhor caminho é sempre prever tecidos impermeáveis e elementos como fibras sintéticas, madeira rústica e alumínio, por exemplo.
Cobertura – É interessante inserir uma cobertura eficiente na área, de maneira que o sol não deixe o espaço muito quente e preserve a integridade dos móveis. “Os raios ultravioletas costumam desbotar as fibras naturais, provocar rachaduras no couro e causar ambos os problemas na madeira”, relata Andrea.
Boa circulação – Mesmo que a ideia seja receber muitos convidados, é recomendado não exagerar na hora de escolher os elementos do living externo. Garantir uma boa circulação também é um item importante.
Bons revestimentos – Alguns revestimentos e tecidos são ótimos para a área externa. Principalmente para áreas com piscina, a arquiteta reforça a prioridade por instalar pisos antiderrapantes e promovam um ambiente mais seguro para a sua família.
Lonas e fibras impermeáveis nos móveis são alguns dos que ajudam na manutenção, por conta da questão das chuvas e das saídas da piscina. Agora, para as bancadas da área gourmet, o ideal é especificar pedras de fácil limpeza para facilitar o dia a dia.
Equilíbrio com o restante da casa – Além desses detalhes, outro ponto relevante é atentar-se aos quesitos da estética e funcionalidade, alcançando um equilíbrio entre a área interna e a externa da casa.
“O conjunto precisa ser harmonioso e dar a sensação de continuidade de uma área para outra. E esse é o grande desafio de um projeto com living externo. Para isso, podemos utilizar o mesmo piso, respeitando especificidades como o polido na parte de dentro e o áspero do lado de fora. Repetir materiais funciona bem para a integração dos ambientes”, comenta Andrea Camillo.
Contato:
Andrea Camillo Arquitetura
(11) 999-371-019
https://andreacamillo.com.br/