A arquiteta Ana Rozenblit revela como usar a beleza das formas orgânicas do sofá curvo, marcado por ares vintage e toques de modernidade
Atemporal, marcante e elegante são alguns dos adjetivos que podemos aplicar ao sofá curvo. Em um primeiro olhar, pode não parecer, mas seu desenho arqueado revela seu estilo multifacetado e versátil, que pode compor tanto um décor com detalhes que remetem ao passado, como um ambiente com estilo sofisticado –, especialmente quando revestido com veludo.
Embora o design tenha sido preterido durante algumas décadas, nos últimos tempos o sofá curvo reconquistou seu posto nos projetos de interiores, revelando-se como uma peça coringa.
E se antes ele era adotado como uma ode aos móveis com estilo dos anos 1950 e 1960, ou mesmo como uma forma de marcar tendência, a leitura atual agrega uma nova proposta para experimentá-lo: o mobiliário aproxima as pessoas, estreita o convívio e traz comodidade.
De acordo com a arquiteta Ana Rozenblit, à frente do escritório Spaço Interior, a maior vantagem do sofá curvo é o seu encaixe perfeito, e com facilidade, em qualquer ambiente, ao contrário de um sofá com linha reta.
“Gosto muito da flexibilidade e da dinâmica diferente que ele traz ao espaço”, revela. “E seu emprego vai muito além do living: costumo especificá-lo também na decoração do dormitório, como também nas varandas”, adiciona.
A profissional revela os pontos a serem observados para a utilização do sofá curvo, bem como compartilha referências a partir dos projetos realizados por seu escritório.
A escolha do sofá não depende apenas medidas – Fazer a escolha certa do tamanho do sofá envolve muitas variáveis, mas acertar na matemática não é tão complicado. É preciso, acima de tudo, levar em conta a área disponível e a proposta esperada para o móvel.
Com a possibilidade de compor tanto projetos maiores, como aqueles mais compactos, alguns critérios precisam ser levados em consideração.
“É fundamental analisar tanto as medidas disponíveis no espaço, como também a relação com os demais ambientes, principalmente se forem integrados. Por exemplo, um sofá com estrutura grande posicionado, próximo a uma entrada de um apartamento pequeno, pode dar um ar dissonante. O móvel pode estar adequado ao cômodo onde foi cogitado, mas sobretudo precisa ‘dialogar’ com o seu entorno”, avalia Ana Rozenblit.
Pensando na colocação, o modelo curvo tanto pode assumir a função de sofá de canto, proporcionando mais espaço de circulação em uma sala de estar pequena, ou pode ser disposto como uma peça ‘solta’, exercendo o caráter de demarcar os ambientes integrados. Para não errar, a arquiteta indica um espaçamento de 1,5 m, permitindo uma passagem fluída do morador.
O sofá curvo no décor e cores escolhidas – É importante que o design do sofá curvo esteja em harmonia com o décor predominante no ambiente. Por ser um móvel que protagoniza e chama atenção, a arquiteta explica que o contraponto entre todos os elementos se faz necessário para que ele não roube a cena.
“É claro que o sofá curvo é especial, mas o equilíbrio deve ser aplicado justamente para que os demais mobiliários e objetos desapareçam”, acrescenta.
Quanto às cores, em se tratando de salas pequenas, por exemplo, ou para os moradores com preferências pelos estilos minimalista, clássico ou clean, a dica é optar por sofás curvos em uma paleta de tons claros como branco, bege e cinza claro.
Agora, se a intenção for explorar a exuberância do design e conceber um ambiente mais jovem e descontraído, o projeto pode investir na aplicação de cores fortes, como o amarelo, laranja, verde, azul e roxo, entre outras possibilidades.
“Na composição, gosto sempre de criar uma cor e um movimento com almofadas e acessórios. Seja num canto de varanda ou em um estar, tenho usado verde musgo, rosa, rosa chiclete e laranja ferrugem. São decisões bem específicas com o intuito de ficar ambiente em um ambiente neutro, caso contrário, o resultado será um ambiente com excesso de cores muito intensas”, assente a arquiteta à frente do Spaço Interior.
No tocante ao layout dos espaços, em salas com formato retangular, a profissional recomenda eleger uma parede de destaque para receber o sofá curvo. Já em salas quadradas, a indicação é trazer o móvel mais para o centro, permitindo que as pessoas circulem em seu entorno.
E para aqueles que não abrem mão de um tapete para complementar, é possível incluir versões quadradas, retangulares ou redondas, desde que preencha toda a parte debaixo do sofá curvo.
Além de agregar beleza na decoração, o sofá curvo deve ser responsável por acrescer conforto ao ambiente, por isso é valioso considerar um estofado que realmente proporcione a sensação de bem-estar. Nesse mix, as almofadas são muito bem-vindas, pois ornamentam e trazem aconchego.
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