Máscaras antimicrobianas, camisetas, uniformes, toalhas de mesa, porta-travesseiros, entre outros, ganharam espaço na vida das pessoas / Por Daniel Minozzi
O avanço do desenvolvimento de soluções para tentar barrar a ferocidade da Covid-19 aconteceu praticamente na mesma velocidade de propagação do vírus. Em menos de um ano, o Brasil hoje conta com um verdadeiro arsenal de produtos, que, graças à presença de micropartículas de prata em sua superfície, são capazes de inativar microrganismos em questão de segundos.
De início, durante os primeiros meses da pandemia, logo descobriu-se a eficácia da aplicação dessa nanotecnologia nos tecidos. A partir daí o mercado têxtil e da moda deram sua contribuição: desenvolveram tecidos, devidamente testados e certificados por instituições que se dedicam a pesquisar o assunto, que evitam a contaminação por bactérias, fungos e vírus, como o Sars-Cov-2.
Máscaras antimicrobianas, camisetas, uniformes, toalhas de mesa, porta-travesseiros, entre outros, ganharam espaço na vida das pessoas como mais um ponto que se junta ao conjunto de cuidados que todos temos tomado nos últimos tempos para evitar a contaminação.
Na sequência foi a vez da aplicação das micropartículas de prata nos plásticos. O plástico PVC e filmes de polietileno viraram importantes armas nesse combate. Além de proteger o celular, controle-remoto, maquininhas de cartões, entre outros, ainda pode ser aplicado em corrimões, maçanetas, barras de segurança e proteção dos alimentos, tanto dentro de casa como nas gôndolas dos supermercados.
E a cada passo que a indústria faz rumo à busca de novas aplicações, posso dizer que estamos chegando próximo de ter uma ‘casa anti-Covid’. Chegar a essa evolução é de extrema importância, pois segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa não será a última pandemia que passará pelo mundo.
Podem vir outras piores e isso tem movimentado vários setores, incluindo a construção civil, a trazer soluções antimicrobianas também para os ambientes.
Desde o ano passado, um dos grandes avanços que esse mercado deu foi orquestrado por algumas empresas de pisos de madeira, laminados e MDF, que desenvolveram produtos que já trazem a proteção antimicrobiana para o consumidor. Além disso, as louças sanitárias também ganharam esse incremento.
E está prestes a chegar ao mercado – através de marcas reconhecidas nos segmentos – itens como tintas, vernizes e metais sanitários que também contam com micropartículas de prata em sua composição.
Ou seja, já temos proteção anti-Covid no chão, daqui a bem pouco tempo teremos nas paredes e também para os acabamentos de forma geral. E mais: já existem tapetes e carpetes com ação anti-Covid permanente, com a aplicação da nanotecnologia dentro de suas fibras.
Ter essa proteção nos ambientes possibilita que cada vez mais seja possível nos sentirmos protegidos onde estivermos. Seja em casa, no escritório, em hotéis, em espaços públicos. Tudo isso soma ainda mais benefícios ao bem-estar. E o mais importante: que tudo isso esteja acessível para o consumidor, dentro das condições de custo viáveis.
Esse é um dos diferenciais que a tecnologia da Nanox proporciona aos produtos. Tecnologia sem acesso não se torna inovação e nem disponível ao mercado.
Se o cenário de vacinação no mundo seguir o ritmo atual, a imunização de rebanho ainda deve demorar, sendo assim, as medidas protetivas contra o vírus devem ser mantidas pela população. Enquanto isso, seguimos trazendo o benefício de uma solução que se mostrou viável, coerente e eficaz ao ser aplicada em diversas superfícies.
Além disso, que atua como aliada na minimização das taxas de contaminação cruzada, sempre acompanhada dos demais cuidados, como processos de higienização, uso de máscaras de proteção e distanciamento adequado.
Daniel Minozzi é químico, mestre em ciências de materiais pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e fundador e Diretor da Nanox, empresa especializada em nanotecnologia.
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