Assinado pela arquiteta Ieda Korman, o projeto aposta em tijolinhos aparentes, plantas e obras de arte para transmitir a personalidade do jovem casal

Apartamento duplex  pelo Korman

O uso das cores, obras de arte e um mobiliário cheio de história marcam o projeto do apartamento duplex, que acompanha as mudanças na vida do jovem casal. Localizado em Pinheiros, o imóvel foi reformado pela arquiteta Ieda Korman, do escritório Korman Arquitetos, para a moradora quando ela ainda era solteira.

Assim, o décor segue o perfil da publicitária, com um estilo descolado caracterizado pela parede de tijolinhos, pelo piso com aspecto de cimento e pela presença de plantas. Depois do casamento, alguns objetos pessoais do morador foram incluídos na decoração e a suíte do casal ganhou um armário e uma sapateira extras.

No piso inferior, que ocupa 80 m² dos 120 m² totais, a sala de estar traz um sofá cinza combinado com móveis em tons de uva e preto. A parede de tijolos aparentes, originais do apartamento, serve de suporte para várias obras de arte contemporâneas, incluindo uma peça da artista Tomie Ohtake.

A maioria do mobiliário é composta por peças herdadas da família ou feitas sob medida por marceneiros. “O interessante deste apartamento é que os moradores entendem de mobiliário, fazendo um mix de estilos, atual e ao mesmo tempo com história”, diz a arquiteta.

Para a cozinha, a moradora não queria um layout totalmente fechado, de modo que os utensílios ficassem à vista nas prateleiras em concreto e madeira. Os acabamentos do ambiente são clean: armários em padrão madeira, tampo de Corian branco e cerâmica estilo azulejo de metrô revestindo a parede. A marcenaria da TV se prolonga para formar o tampo da mesa e, ao mesmo tempo, funciona como uma bancada de apoio.

Como os dois gostam de apreciar a bela vista da cidade, a varanda integrada ao estar recebe o home office do casal. Para trazer uma proximidade com a natureza, o espaço também ganhou uma parede verde.

Foram escolhidas espécies de samambaia que não demandam muita manutenção, que gostam de luz abundante e precisam de menos água. A irrigação do painel verde é feita por meio de um coletor de água e um aparelho que realiza a rega de forma programada.

Na suíte, o tom de azul claro escolhido pela moradora para as paredes norteou a decisão do tecido da cabeceira. O padrão geométrico também traz cinza, verde e branco numa composição alegre. No banheiro, o mesmo piso usado na sala e a cerâmica em baixo e alto relevo nas paredes brincam com texturas em uma paleta neutra.

Na ligação entre os dois andares, o vão da escada foi fechado para criar um depósito. Os degraus foram recobertos com madeira de demolição, que conferem o aspecto de peças maciças. Ao lado, fica o espaço do bar, composto pelo móvel de jacarandá e pela gravura com cores neon.

Antes da reforma, a parte superior era um terraço aberto. No projeto assinado por Ieda Korman, foi construída uma sala de estar, com direito à lareira e TV, e um lavabo. Antes de ser revestido, o piso recebeu placas de isopor para a cobertura ficar mais alta e os moradores aproveitarem mais a vista.

Os tijolinhos pintados de branco, o tapete nepalês e o sofá cinza formam uma base neutra, enquanto a mesa lateral de jacarandá, assinada pelo designer Jean Gillon, e as máquinas de escrever, que pertenciam ao avô da moradora, são os destaques do décor. “Emoldurar as máquinas na parede se revelou uma linda homenagem”, conta Ieda.

O espaço fechado com vidro abriga a mesa de jantar, rodeada por alegres cadeiras amarelas. Já a área descoberta recebe espreguiçadeiras e mesinhas de apoio, além de um chuveirão para aproveitar os dias de sol.

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