Com o advento das camas box, os diferentes estilos de cabeceiras, combinado ao décor do ambiente, assumem o protagonismo nos projetos de quartos

Giseli Koraicho escolhe cabeceira

Quatro propostas de Giseli Koraicho

A chegada de um novo ano costuma vir acompanhado do desejo de mudanças em casa. Um novo toque no décor nos ambientes da residência renova a atmosfera do lugar e responde aos anseios do morador.

No dormitório — ambiente tão íntimo e pensado para momentos de relaxamento e descanso — não poderia ser diferente. Entre tantos itens para renovar, você já pensou na cabeceira da cama? Com o advento dos modelos box, que surgiu como uma substituição para as tradicionais camas de madeira com estrado, em um primeiro momento a cabeceira deixou de receber a atenção merecida. Mas pouco tempo depois o item deixou de ser tratado como coadjuvante para ser destaque nos projetos de interiores.

A designer de interiores Giseli Koraicho, do escritório Infinity Spaces, ressalta que a cabeceira exerce inúmeras funções. Além de proporcionar conforto para o morador, que pode, por exemplo, apoiar-se para seus momentos de leitura antes de dormir, a peça alçou a condição de acabamento diferenciado para a parede que apoiará a cama. “Nos projetos que realizo, aprecio muito a importância que a cabeceira assume”, afirma a profissional.

Baseada em sua experiência, ela compartilha dicas de como deixar o dormitório ainda mais aconchegante por meio da cabeceira.

Escolher a cabeceira ideal — A designer de interiores explica que o ponto de partida para a decisão está relacionado ao gosto e as expectativas dos moradores. “Se a preferência for pelo conforto em momentos como recostar e assistir ao filme, as cabeceiras estofadas são um caminho natural para a execução do projeto”, destaca Giseli.

Todavia, se o cliente destacar o desejo pela praticidade e uma estética arrojada, é possível trabalhar com alternativas como a marcenaria e a serralheria em desenhos exclusivos.

Principais modelos — Com um leque de materiais disponíveis no mercado, é possível produzir cabeceiras dos mais diversos estilos. Geralmente, as versões estofadas são revestidas de tecidos — lisos, estampados e xadrez, entre outros, ou o couro, que nas versões legítimo, sintético e ecológico oferecem resistência. É um ótimo apoio para as costas e minimiza o aparecimento de manchas.

Quando a opção for a madeira, a flexibilidade da matéria-prima permite fluir a criatividade através do uso de acabamentos com a laca, trazendo um efeito moderno ao ambiente. O uso de madeiras de demolição para alcançar um efeito rústico, a madeira trabalhada, também conhecida como entalhada, que permite criar os mais variados desenhos no material, ou o estilo moderno, que pode ser combinado como outros elementos como espelho e metal, por exemplo.

Em situações com verbas mais restritas, Giseli Koraicho dá uma sugestão bem especial. “Uma dica é delimitar a área de descanso com adesivo, pintura ou papel de parede”, destaca.

Altura e largura ideais – Sobre as medidas, Giseli responde que não existe uma regra determinada, mas sim alguns parâmetros devem ser considerados. No caso da largura, a cabeceira pode acompanhar a dimensão completa da parede ou ficar delimitada ao tamanho da cama. “Nessa coerência, o que não pode acontecer é trabalhar com uma cabeceira inferior à largura da cama”, alerta.

Quando se trata de altura, não existem limitações. Todavia, a recomendação é que a cabeceira ofereça o apoio completo para as costas quando o morador estiver sentado.

1 – A cabeceira estofada, que vai de uma parede a outra, se integra à parede revestida com espelho. Além de dar um melhor acabamento para a composição, a escolha criou a sensação de amplitude no ambiente. Na decoração, os tons neutros deixaram o espaço sofisticado e aconchegante para o casal.

2 – Ao tratar de um quarto infantil, deixar a imaginação fluir é um caminho para ingressar no universo dos pequenos. Aqui, a cabeceira trouxe uma proposta lúdica, com o formato de casinha, com a cor favorita da menina, o rosa. Sua extensão, superior ao tamanho da cama, foi proposital: ao pintar o painel de MDF com tinta lousa, Giseli tornou o canto ideal para brincadeiras.

3 – Com a proposta de dormitório sofisticado, a cabeceira de couro foi combinada com o papel de parede escuro. A beleza do material é ressaltada pela iluminação — posicionada na mesinha lateral e na própria cabeceira —, agregando requinte ao quarto.

4 – No quarto projetado em uma casa localizada no litoral de São Paulo, a extensão da cabeceira de madeira faz às vezes de divisória para o banheiro. Além de delimitar os espaços, os elementos vazados oferecem espaço para objetos de decoração.

Contato:
Giseli Koraicho / Infinity Spaces
https://arqbrasil.com.br/12284/infinity-spaces/
http://www.infinityspaces.com