O mobiliário artesanal ganha nova leitura ao unir madeira de cumaru e corda náutica, atualizando o gesto manual do tecer em soluções consistentes de design

A coleção desenvolve mobiliário artesanal em madeira de cumaru e corda náutica, atualizando técnicas de tecimento em peças coerentes e funcionais.
Origem e conceito da linha
A coleção Tear nasce do interesse de Daniela Ferro em revisitar o gesto manual do tecer e traduzir sua cadência para o mobiliário. A designer parte da observação dos antigos teares, convertendo o ritmo do trançado em soluções formais que tratam o mobiliário como portadores de narrativas e simbolismos ligados ao fazer artesanal.
Materiais e estrutura em madeira de cumaru
A escolha do cumaru como elemento estrutural reforça a intenção de leveza visual e resistência mecânica. O uso de perfis arredondados e proporções equilibradas permite que as peças mantenham estabilidade, mesmo quando associadas ao estofamento mais generoso. A madeira, utilizada em toda a linha, ancora o conjunto e cria unidade material.
Trançado em corda náutica como linguagem comum
O trançado em corda náutica é o elemento que articula a família de produtos. Daniela Ferro utiliza o entrelaçamento para reinterpretar o tear manual, criando superfícies com ritmo contínuo. O desenho anguloso formado pela trama aparece tanto na poltrona quanto no pufe e na cadeira, estabelecendo coerência visual entre as tipologias.

Poltrona Tear: ergonomia e composição
Na poltrona, o trançado ganha protagonismo. A estrutura em cumaru recebe o encosto em corda náutica e almofadas soltas no assento e nas costas, ampliando o conforto e sugerindo uso prolongado. A volumetria é trabalhada de maneira a equilibrar a presença da madeira com a textura do entrelaçamento.
Pufe Tear: continuidade da linguagem
O pufe repete a solução construtiva da poltrona, funcionando como peça de apoio ou extensão de descanso. Ao manter o mesmo vocabulário formal, reforça as possibilidades de composição no ambiente, seja como complemento, seja como elemento autônomo.
Cadeira Tear: referências ao design brasileiro dos anos 1950
A cadeira Tear retoma o encosto tramado em corda náutica, sustentado por estrutura em cumaru com linhas suaves. A proporção da peça — estreita na parte superior e mais larga na base — remete a soluções clássicas do mobiliário moderno brasileiro. Disponível com ou sem braços, adapta-se com facilidade a distintos usos e configurações espaciais.
A presença do gesto manual no cotidiano
Para Daniela Ferro, a coleção expressa o desejo de trazer o universo artesanal para o dia a dia. Cada trama carrega a memória do fazer manual, reforçando a intenção de criar mobiliário que comunique cuidado e atenção ao tempo de uso. Segundo a autora, são peças que narram histórias e convidam à contemplação.
#Interpretação formal e coerência da linguagem
A coleção Tear apresenta um sistema de mobiliário que articula materialidade, proporção e técnica de maneira consistente. A adoção do cumaru como elemento estrutural oferece rigidez e estabilidade, enquanto os perfis arredondados suavizam a presença da madeira e dialogam com o caráter manual do trançado.
O uso da corda náutica como superfície têxtil rígida estabelece continuidade visual entre as três tipologias, revelando a intenção de traduzir o gesto do tecer para a tridimensionalidade do mobiliário.
#Relação entre ergonomia e síntese volumétrica
A poltrona demonstra atenção ao conforto por meio da combinação entre encosto tramado e almofadas soltas, que resolvem a ergonomia sem comprometer a transparência visual da estrutura.
A síntese volumétrica equilibra densidade e leveza, evitando excessos formais. O pufe atua como elemento complementar e amplia a usabilidade, reforçando o sistema modular da coleção.
#Proporção e referências do mobiliário moderno brasileiro
A cadeira Tear revela sensibilidade ao trabalhar proporções inspiradas no mobiliário brasileiro dos anos 1950. A base mais larga e o topo estreito estruturam um desenho que favorece estabilidade e leveza visual, além de valorizar o encosto tramado como plano compositivo. As versões com e sem braços ampliam o campo de aplicação, evidenciando versatilidade tipológica.
#A presença do fazer manual como diretriz projetual
A transposição do gesto artesanal para o design contemporâneo é o ponto mais expressivo do conjunto. O trançado não aparece somente como ornamento, mas como princípio construtivo que organiza ritmo, textura e leitura do objeto. A coleção revela domínio técnico e cuidado na articulação entre tradição e atualidade, transformando o ato de tecer em linguagem projetual que se manifesta de forma clara e contínua em todas as peças.
Contato:
Daniela Ferro
https://arqbrasil.com.br/52903/daniela-ferro/

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