Marina Moreira estreia no universo das mesas de design autoral com a Coleção Merge, fusão entre artesanato e indústria que redefine os limites entre mobiliário funcional e escultura habitável

A Coleção Merge explora a convergência entre o artesanal e o industrial por meio de mesas que combinam latão martelado, aço e laca em geometrias puras. O projeto marca a estreia de Marina Moreira no design de mobiliário, apresentando peças escultóricas onde estrutura e materialidade dialogam com precisão técnica e expressividade manual.
Forma, Função e Identidade
A Coleção Merge representa a entrada da designer Marina Moreira no segmento de mesas de jantar, centro e laterais. Este lançamento materializa um exercício de convergência entre universos aparentemente opostos: o artesanal e o industrial, estabelecendo um diálogo inédito em sua trajetória criativa.
O Conceito da Fusão
O termo “merge”, que em inglês significa fundir, unir ou misturar, revela seu verdadeiro significado no espaço entre as partes. É precisamente no momento da transição, quando um elemento inicia sua transformação em outro, que emerge o equilíbrio característico da coleção.
Neste território intermediário, o gesto artesanal e a precisão construtiva coexistem como forças complementares, estabelecendo um diálogo onde a matéria não somente é moldada, mas genuinamente transformada.

Geometria e Movimento na Forma
Mantendo fidelidade à sua linguagem autoral, Marina desenvolve geometrias puras e movimentos circulares que desafiam a rigidez tradicional do desenho. Em cada peça, cálculo e rigor conceitual se encontram, evidenciando uma sintonia profunda entre matéria e olhar. O latão vibra sob a incidência luminosa, a forma respira, e o tempo dedicado ao processo de criação torna-se perceptível na obra finalizada.
Exploração Material e Texturas
Nesta edição, a designer aprofunda sua pesquisa sobre contrastes táteis e visuais. O latão martelado se integra ao aço, enquanto a laca é aplicada sobre as superfícies metálicas, gerando composições que investigam brilho, textura e densidade. Esse diálogo entre elementos cria planos que vibram sob a luz, alternando entre refletir e revelar a própria materialidade.
Esculturas Funcionais
As mesas da Coleção Merge apresentam um caráter escultórico marcante. O cone, elemento recorrente na estética da designer, funciona simultaneamente como estrutura e ritmo, sustentando volumes que parecem flutuar no espaço.
Merge materializa encontros: entre o humano e o autoral, o traço e a estrutura, o calor manual e a precisão construtiva.
A Linguagem Autoral de Marina Moreira
Arquiteta, designer e artista, Marina Moreira constrói uma linguagem singular nascida da convergência entre arte e indústria, vocações que se entrelaçam em sua história pessoal.
Esta origem perpassa sua atuação, articulando expressão e técnica numa abordagem onde o poético encontra o estrutural. Na interseção desses mundos, o objeto transcende sua função e se torna contemplação, revelando a continuidade do fluxo, o equilíbrio dos contrastes, a fusão para o novo e a permanência na forma.
#Tensão Produtiva entre Processos
A proposta evidencia uma compreensão sofisticada da dialética entre modos de produção. Ao posicionar o gesto manual não como resistência nostálgica à industrialização, mas como elemento integrante de um sistema híbrido, o projeto articula uma terceira via produtiva.
Esta estratégia dissolve hierarquias tradicionais entre o artesanal e manufatura seriada, propondo uma síntese onde cada processo potencializa o outro, resultando em objetos que carregam simultaneamente a precisão dimensional da indústria e a singularidade do tratamento superficial artesanal.
#Materialidade como Discurso Espacial
A seleção e o tratamento dos materiais revelam uma leitura criteriosa das propriedades físicas e perceptivas da matéria. A justaposição entre latão martelado e aço estabelece um campo de tensões visuais e táteis, enquanto a aplicação de laca sobre superfícies metálicas cria camadas de leitura que modulam a relação entre objeto e ambiente.
Esta estratificação material transcende a decoração, operando como dispositivo que controla reflexividade, absorção luminosa e densidade visual, configurando uma espacialidade própria ao redor de cada peça.
#Estrutura como Sintaxe Formal
O emprego do cone como elemento estrutural recorrente demonstra rigor sintático notável. Mais que solução técnica para distribuição de cargas, o elemento cônico estabelece uma gramática formal que organiza a leitura das peças.
A repetição ritmada deste módulo geométrico cria uma tensão perceptiva entre peso estrutural e leveza aparente, enquanto a circularidade dos movimentos compositivos desafia a ortogonalidade convencionalmente associada ao mobiliário, sugerindo uma cinética potencial mesmo em objetos estáticos.
#Transição Tipológica: do Utilitário ao Objetual
O projeto opera uma transformação tipológica significativa ao deslocar a mesa de sua condição estritamente funcional para um território limítrofe entre mobiliário e escultura habitável.
Esta ambiguidade programática expande as possibilidades de ocupação espacial do objeto, que passa a dialogar com o espaço arquitetônico não somente como equipamento, mas como elemento escultórico capaz de estruturar espacialidades e qualificar ambientes pela sua presença formal e material.
Contato:
Marina Moreira
https://arqbrasil.com.br/52883/marina-moreira/

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