Arquiteto Greg Bousquet, do escritório franco-brasileiro Architects Office SP, aplica técnica milenar Yakisugi em empreendimento de alto padrão na Serra Gaúcha, estabelecendo novo paradigma de arquitetura sustentável em Gramado

O BaumHaus incorpora a técnica milenar Yakisugi de carbonização de madeira em projeto assinado pelo arquiteto francês Greg Bousquet. Localizado em Gramado, o empreendimento de 43 unidades distribui-se em seis pavimentos, combinando volumetria assimétrica inspirada na Bauhaus com estratégias de eficiência ambiental, incluindo captação pluvial e preservação da vegetação nativa da Serra Gaúcha.
Técnica japonesa marca padrão em Gramado
A Serra Gaúcha recebe um projeto que estabelece novo paradigma para a arquitetura residencial de alto padrão na região. O BaumHaus, idealizado pelo arquiteto francês Greg Bousquet, titular do estúdio Architects Office (AO), aplica a técnica milenar japonesa Yakisugi como elemento estruturante de sua identidade arquitetônica.

O empreendimento da Saes Empreendimentos enquadra-se no contexto urbano de Gramado, propondo diálogo entre tradição construtiva e contemporaneidade projetual.
Yakisugi: carbonização como linguagem arquitetônica
Originária do Japão do século XVIII, a técnica Yakisugi fundamenta-se na queima controlada da madeira para ampliar sua resistência estrutural e durabilidade. O processo de carbonização superficial cria camada protetora natural que dispensa tratamentos químicos, conferindo ao material tonalidades que variam do preto intenso ao cinza prateado.
No BaumHaus, a técnica transcende sua função utilitária e configura-se como elemento de composição volumétrica, transformando a envoltória em superfície de expressão material.

Matriz conceitual: convergência entre Bauhaus e tipologia orgânica
O partido arquitetônico estabelece referências cruzadas entre o movimento alemão Bauhaus e a estética das construções elevadas integradas à vegetação. A volumetria assimétrica e os planos desencontrados refletem os princípios bauhausianos de integração entre função e forma, privilegiando a racionalidade construtiva sem prescindir da expressão plástica.
A modulação dos espaços internos busca flexibilidade de uso, enquanto as aberturas dimensionadas priorizam a incidência de luz natural e o enquadramento da paisagem circundante.

Programa arquitetônico e infraestrutura técnica
O edifício distribui 43 unidades autônomas em seis pavimentos, totalizando área construída superior a 6 mil m². As tipologias residenciais alcançam até 141 m², com configurações espaciais que contemplam integração entre ambientes sociais e varandas equipadas com grelha para cocção.

O programa inclui lavanderia coletiva automatizada, espaço de coworking, academia com aparelhagem completa e área gourmet envidraçada voltada ao jardim central.
Estratégias de eficiência e desempenho ambiental
O projeto incorpora sistema de captação e reuso de águas pluviais, iluminação em LED nas circulações comuns e infraestrutura para automação residencial. A pré-instalação contempla cabeamento para sonorização ambiente e armários individualizados para recebimento de entregas.

A implantação preserva a vegetação nativa existente, estabelecendo transição gradual entre o volume edificado e o terreno natural da Serra Gaúcha.
Inserção urbana e perspectiva de valorização imobiliária
Segundo Erivelto Saes, CEO da Saes Empreendimentos, o BaumHaus posiciona-se como indutor de transformação no mercado imobiliário regional. “O objetivo transcende a entrega de unidades residenciais.
Trata-se de introduzir referencial de qualidade arquitetônica que dialogue com o patrimônio paisagístico de Gramado e estabeleça novo patamar de desenvolvimento urbano sustentável, similar ao processo observado em empreendimentos anteriores no litoral catarinense”, afirma o executivo.
A localização estratégica, próxima aos equipamentos turísticos consolidados, associada à assinatura internacional do projeto e à singularidade da técnica construtiva empregada, configura o empreendimento como marco na produção arquitetônica contemporânea da região.
#Materialidade e temporalidade construtiva
A adoção do Yakisugi como revestimento predominante representa escolha que transcende a especificação técnica convencional. A carbonização controlada da madeira estabelece relação dialética entre destruição e preservação, onde o fogo atua como agente de proteção estrutural.
Esta abordagem materializa conceito de durabilidade através da transformação química superficial, dispensando manutenções periódicas e tratamentos industrializados. A variação cromática resultante — do negro profundo aos cinzas metálicos — confere identidade plástica ao edifício e evidencia o processo construtivo como elemento de composição arquitetônica.
#Articulação volumétrica e espacialidade
A volumetria assimétrica configura estratégia projetual que rompe com a ortogonalidade característica dos edifícios residenciais verticais. Os planos desencontrados e a modulação irregular criam dinâmica visual que dialoga com a topografia acidentada da Serra Gaúcha.
A integração entre ambientes internos e varandas equipadas amplia o conceito de habitabilidade, estabelecendo zonas de transição que medeiam a relação entre espaço doméstico e paisagem natural. As aberturas dimensionadas funcionam como dispositivos de enquadramento visual, transformando a vegetação circundante em elemento compositivo permanente.
#Eficiência ambiental e sistemas integrados
O conjunto de estratégias sustentáveis — captação pluvial, iluminação LED, pré-instalação para automação — demonstra compreensão sistêmica da edificação. A infraestrutura técnica não se apresenta como adereço conceitual, mas como componente funcional que otimiza recursos energéticos e hídricos.
A preservação da vegetação nativa na implantação evidencia postura projetual que reconhece o sítio como preexistência a ser incorporada, não como superfície a ser transformada. Esta abordagem configura arquitetura que se insere no território, estabelecendo continuidade ambiental, reforçando a vocação paisagística regional.
Ficha
• Conceito Arquitetônico — Arquitetura contemporânea de alto padrão, buscando a integração com a natureza da Serra Gaúcha. O projeto marca a expansão da Saes para o Rio Grande do Sul e é descrito como um ícone da arquitetura na região.
• Fachada — Utilização da técnica milenar japonesa Yakisugi (madeira carbonizada), que confere uma identidade visual marcante e proporciona maior durabilidade e resistência ambientalmente responsável ao material. O projeto tem a assinatura do arquiteto Greg Bousquet.
• Sustentabilidade — Implementação de soluções sustentáveis, incluindo: Reuso de águas pluviais e Iluminação em LED nas áreas comuns.
• Tecnologia & Conforto — Infraestrutura para automação residencial nas unidades. O edifício também contará com lavanderia inteligente, escritório compartilhado e guarda-volumes de entregas.
• Composição da Torre — 1 torre, com unidades entre 63 a 76 m², tipologias de 2 suítes ou 1 suíte + 1 dormitório, e living com sala de estar e cozinha integradas. As unidades possuem sacada com churrasqueira.
• Áreas Comuns — O lazer é focado no bem-estar e na conexão com a paisagem, incluindo jardim central ao ar livre e espaço gourmet envidraçado com vista.
• 1 torre
• 3 elevadores, sendo 1 de serviço
• Apartamentos entre 63 a 76 m²
• 2 suítes ou 1 suíte + 1 dormitório
• Living com sala de estar e cozinha integradas
• Sacada com churrasqueira
• Aptos Tipo, Cobertura e Diferenciado
• Espaço Solário no alto da torre com Espaço Gourmet
• Área de lazer para a família toda
• Reuso de águas pluviais
• Iluminação em LED nas áreas comuns
Contato:
Architects Office SP / AO-SP
https://arqbrasil.com.br/13904/ao-sp/

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