Home office integrado em apartamento de 93 m² mostra como arquitetura pode conciliar trabalho e vida familiar em um mesmo espaço
O projeto de Vivi Cirello em São Paulo mostra como um apartamento de 93 m² pode reunir família e trabalho. A integração dinâmica dos espaços, a marcenaria planejada e o uso de cores afetivas permitem um home office funcional, aliado à convivência e à fluidez dos ambientes.
O projeto de reforma do apartamento de 93 m² no Jardim Paulista, assinado pela arquiteta Vivi Cirello, buscou conciliar a rotina de uma família com as exigências do home office. A proposta partiu da necessidade de integrar ambientes sem comprometer privacidade e organização.
Integração dinâmica dos espaços
A ampliação da área social ocorreu com a incorporação da varanda e de um terceiro quarto, convertidos em área de convivência. O home theater foi concebido como espaço multifuncional: além do uso familiar, pode atuar como escritório, com a possibilidade de fechamento por portas de correr. Esse recurso de integração flexível garante adaptação às diferentes demandas do dia a dia.
Marcenaria como elemento funcional
A marcenaria foi explorada como solução para manter a ordem visual. No painel da televisão, um sistema deslizante oculta os materiais de trabalho, evitando a sobreposição entre vida profissional e doméstica. Essa solução reforça o caráter acolhedor da residência, permitindo que o espaço se adapte aos usos sem perder a sensação de descanso e bem-estar.
Cozinha integrada e horta suspensa
A cozinha, já conectada à sala desde a entrega do empreendimento, ganhou protagonismo ao receber uma horta suspensa sobre a bancada de refeições. Apesar de compacta, a área reforça a fluidez espacial e valoriza práticas cotidianas de cultivo e preparo de alimentos.
Paleta cromática e vínculos afetivos
A composição cromática articula tons claros na marcenaria, responsáveis por ampliar a percepção espacial, e cores marcantes em pontos estratégicos. O vermelho, associado a memórias afetivas da moradora, foi destacado em quadros e objetos, dialogando com tons terrosos no quarto principal.
Já o azul aparece em elementos de apoio, como tapetes de desenho orgânico e almofadas, conferindo equilíbrio à ambientação.
Soluções específicas para os dormitórios
Nos dormitórios, as intervenções foram pontuais. No quarto do casal, a penteadeira foi posicionada entre closet e armário, com espelho de iluminação lateral que assegura funcionalidade. Já no quarto do filho, a cama ampliada foi acomodada com a substituição da mesa de cabeceira por um nicho vertical, solução que libera espaço sem comprometer o uso.
#Flexibilidade espacial como estratégia de projeto
O conceito de integração dinâmica revela a importância de dispositivos arquitetônicos que oferecem alternativas de uso, como portas de correr e painéis móveis. Essa abordagem privilegia a adaptabilidade, fundamental em residências urbanas de metragens médias.
#Marcenaria como mediadora entre funções
A utilização da marcenaria vai além do caráter estético, assumindo papel técnico de mediação entre usos distintos. O painel deslizante que oculta materiais de trabalho é um exemplo de como o mobiliário planejado pode atuar como solução arquitetônica, reforçando a organização visual e a qualidade ambiental.
#Relação entre cromatismo e memória afetiva
A valorização de cores ligadas à memória pessoal demonstra um entendimento da dimensão simbólica do projeto. O vermelho, aplicado em pontos estratégicos, ressignifica a sala de estar e reforça vínculos emocionais, enquanto o azul garante equilíbrio visual.
#Racionalidade espacial e otimização das circulações
As decisões projetuais, pautadas pela escolha do essencial, resultaram em circulações generosas. Essa racionalidade é um aspecto central no desenho do apartamento, indicando que o equilíbrio entre função, estética e afeto foi alcançado conscientemente.
Contato:
Vivi Cirello Arquitetura e Interiores
https://arqbrasil.com.br/24588/vivi-cirello/
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