Mobiliário brasileiro assinado estrutura um projeto de interiores que equilibra madeira, rusticidade e soluções visuais para uma vida familiar integrada e acolhedora

 

Mobiliário brasileiro assinado define ambientação

Projeto de interiores para uma casa de campo de jovem casal com filhas valoriza o design nacional, com móveis assinados, madeira pontual e textura rústica.


Reinterpretação espacial com base no mobiliário

Com a intenção de criar um ambiente acolhedor, funcional e visualmente integrado, o projeto partiu de uma premissa clara: adaptar a residência recém-adquirida às dinâmicas familiares de um casal jovem com duas filhas pequenas. A casa, situada em meio à natureza, foi totalmente redecorada sem intervenções estruturais.

A reconfiguração espacial concentrou-se em um novo layout e na renovação completa da marcenaria e do mobiliário, alinhando-se ao estilo de vida dos moradores, que priorizam momentos em família e a recepção de amigos, sobretudo aos finais de semana.

Mobiliário brasileiro assinado / Fotografia Estudio NY18

O ponto de partida do layout foram dois aparadores de grandes proporções — quatro metros de comprimento cada — dispostos de maneira simétrica nas áreas de estar e jantar. Estes elementos organizaram visualmente os espaços e também ampliaram a percepção longitudinal das salas, reforçando a linearidade e a fluidez entre os ambientes sociais.

Essa simetria foi acentuada com painéis ripados de madeira de padrão largo, que revestem a entrada e os próprios aparadores, criando uma unidade formal entre os espaços.

Materialidade e iluminação como linguagem de projeto

A madeira, demandada pelos moradores com parcimônia, foi utilizada pontualmente, sempre com função estética e sensorial bem definida. O piso e o forro existentes, em cumaru, foram preservados, garantindo continuidade visual e respeitando a linguagem original da edificação.

Mobiliário brasileiro assinado / Fotografia Estudio NY18

Já as paredes do living receberam textura rústica, promovendo aconchego tátil e visual, em consonância com o novo revestimento da lareira, que trocou o mármore travertino pela pedra moledo — material com maior carga tectônica e conotação vernacular, coerente com a rusticidade buscada.

Na iluminação, todas as peças foram substituídas por luminárias de cobre natural feitas à mão. Essa escolha introduz a manualidade e a autenticidade dos materiais, além de uma paleta de cor que evolui com o tempo, dialogando com o conceito de transformação e organicidade presente em diversos pontos do projeto.

Integração entre áreas internas e externas

A transição entre interior e exterior é marcada pela valorização do convívio: na varanda, uma mesa redonda ocupa posição central, sugerindo encontros prolongados. As poltronas, escolhidas com base no conforto para longas refeições, reiteram a intenção de permanência e fruição do espaço. Há aqui uma clara preocupação em estabelecer continuidade de linguagem entre as áreas sociais internas e externas, sem criar rupturas visuais ou funcionais.

Valorização do design brasileiro contemporâneo

O mobiliário foi criteriosamente selecionado, com ênfase em peças assinadas por designers brasileiros de destaque. A composição equilibra funcionalidade, autenticidade e caráter escultórico. Destacam-se:

● O trio de mesas de centro com base em concreto moldado e tampo em mármore, de Claudia Moreira Salles, que introduz diálogo entre o mineral e o urbano;
● O sofá com estrutura em madeira, de Fernando Prado, que combina leveza formal e robustez estrutural;
● A mesa de jantar em madeira maciça, de Pedro Petry, cuja presença é reforçada pelas cadeiras Lucio e a Oscar (na cabeceira), ambas de Sergio Rodrigues, ícones do mobiliário moderno brasileiro;
● A peça de destaque atrás do sofá — um banco com pés em aço cortén e assento em madeira maciça, também de Pedro Petry —, atua como transição entre as funções do espaço;
● E a dupla de poltronas no living: a Renata, de Sergio Rodrigues, e a Adriana, de Jorge Zalszupin, adicionam densidade histórica e formal ao conjunto.

 

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#Coerência material e valorização do mobiliário como estruturador do espaço

A decisão de manter a estrutura existente e investir na reconfiguração do layout e na curadoria de peças revela um entendimento sofisticado sobre o papel do mobiliário como articulador do espaço. Os aparadores longitudinais são mais que mobiliário: funcionam como eixos de composição, estruturando a distribuição e direcionando a fluidez dos ambientes.

#A escolha pela madeira — presente, porém comedida

Demonstra domínio da paleta material e compreensão das qualidades sensoriais que esse elemento pode oferecer. O uso pontual de painéis ripados, combinados à textura nas paredes e à pedra moledo, revela uma abordagem cuidadosa na construção da ambiência desejada, evitando o excesso e buscando equilíbrio entre rusticidade e contemporaneidade.

#O projeto se destaca por operar com inteligência espacial e rigor compositivo

O destaque para peças de design brasileiro assinadas confere ao projeto uma camada de valor simbólico e cultural. O mobiliário é tratado não como complemento, mas como protagonista, reforçando a identidade do espaço e conectando-o à produção nacional. Essa valorização também contribui para a permanência estética e a durabilidade das escolhas, fugindo de modismos.

A introdução das luminárias em cobre natural articula tempo e transformação, oferecendo  iluminação e narrativa material. Trata-se de uma solução que soma desempenho técnico à poética da passagem do tempo, reforçando o diálogo entre natureza, materialidade e apropriação.

Ficha:
Casa Baroneza
Tipo de Imóvel: Residência
Localização: Bragança Paulista–SP
Metragem: 450m2
Tempo de projeto: 2 meses
Fotografia Estudio NY18 / @estudiony18

 

Contato:
Estudio Casa Interiores
https://arqbrasil.com.br/50369/estudio-casa/
https://www.estudiocasa.com.br/

 

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