Entenda como o Salma Tower transformou o modelo corporativo, em São Paulo, com florestas verticais e certificação LEED Platinum
O Salma Tower São Paulo é referência na arquitetura corporativa com bosques verticais em todos os andares, conquistando a certificação LEED Platinum e integrando natureza, eficiência ambiental e urbanismo aberto.
Salma Tower São Paulo redefine sustentabilidade em corporativos
Localizado no coração da zona sul de São Paulo, o Salma Tower , novo empreendimento corporativo assinado pelo escritório aflalo/gasperini arquitetos, inaugura um modelo inovador de integração entre arquitetura e natureza.
Com 16 andares e lajes médias de 1.200 m², a torre se destaca por sua proposta ambiental avançada, conquistando a certificação LEED Platinum — o mais alto nível do sistema internacional de certificação verde.
Originalmente apelidado de “Bosco Corporate”, o edifício recebeu o nome oficial Salma Tower como uma homenagem familiar do incorporador. Situado em um terreno que ocupa metade do quarteirão com acesso por três vias — Rua Professor Atílio Inocenti, Av. Horácio Lafer e Av. Faria Lima —, o projeto redefiniu o conceito de uso do espaço corporativo na cidade.
Térreo aberto e integração urbana
O térreo foi pensado como um espaço permeável e ativo, sem muros ou gradis, integrado ao tecido urbano. Fachadas com lojas, restaurantes e áreas comerciais incentivam o movimento de pedestres e promovem uma interface fluida entre o privado e o público. Essa estratégia reflete uma tendência contemporânea no urbanismo corporativo: a valorização da convivência e da acessibilidade.
Altura generosa e bosques verticais
Cada pavimento conta com pé-direito de 4,68 metros, favorecendo amplitude visual e ventilação natural. Mas a solução mais marcante é a presença de bosques de 110 m² com pé-direito duplo em todos os andares. Distribuídos em espiral ao redor do núcleo central (elevadores e escadas), esses espaços verdes somam 1.760 m² de vegetação vertical.
Conforto sensorial e eficiência térmica através da vegetação
Além de criar um microclima interno, as árvores atuam como barreira térmica e acústica, reduzindo a necessidade de refrigeração artificial e aumentando o conforto dos ocupantes. O design permite inclusive caminhadas descalças em meio à vegetação densa, ampliando a experiência sensorial no ambiente corporativo.
Certificação LEED Platinum e soluções tecnológicas
A certificação LEED Platinum, concedida pelo Green Building Council Brasil, coroa o compromisso ambiental do projeto. Com 83 pontos na categoria LEED v4 BD+C: CS, o Salma Tower tornou-se o primeiro edifício corporativo de São Paulo a alcançar esse patamar, figurando entre os três mais bem pontuados do país.
Para viabilizar a integração com o meio ambiente, o projeto utilizou os parâmetros da Lei de Terraços, destinando 5% da área total do terreno à vegetação em altura. Além disso, tecnologias sustentáveis foram incorporadas:
● Vidros insulados nas fachadas para controle térmico.
● Sistema de reuso de água aplicado à irrigação, torneiras externas, vasos sanitários e torres de resfriamento, resultando em economia de até 60% no consumo hídrico.
● Uso estratégico de materiais com menor impacto ambiental e maior durabilidade.
Processo colaborativo e mockup realista
A construção contou com forte participação do Grupo G4M, responsável pelo investimento, que adotou desde o início diretrizes de bioarquitetura.
Segundo Grazzieli Gomes Rocha, sócia diretora do aflalo/gasperini arquitetos, “o processo criativo se potencializa quando há alinhamento de visão entre arquiteto e cliente”. Durante o desenvolvimento, foi montado um mockup em escala real de um dos bosques, permitindo testes sensoriais de proporção, textura e dimensão. Esse tipo de experimentação física contribuiu para decisões assertivas no detalhamento final dos ambientes verdes.
O paisagismo, fruto da colaboração entre Soma Arquitetos e Cardim Arquitetura, garantiu não somente estética refinada, mas também funcionalidade e manutenção viável ao longo do tempo.
#Projeto que une eficiência ambiental e humanização do espaço corporativo
O Salma Tower representa uma evolução significativa na arquitetura corporativa brasileira. Ao invés de priorizar exclusivamente a produtividade e a imagem institucional, o projeto coloca o bem-estar humano e a responsabilidade ambiental no centro do debate.
A introdução de florestas verticais, em todos os pavimentos, vai além da estética; é uma resposta concreta às demandas por qualidade ambiental interna, mitigação do calor urbano e melhoria da saúde mental dos trabalhadores.
#Estratégia de integração urbana e permeabilidade
A decisão de abrir o térreo e eliminar barreiras físicas entre o edifício e a rua demonstra uma nova postura do setor imobiliário frente ao espaço público. Trata-se de um movimento crescente em cidades densas, onde a arquitetura corporativa começa a assumir papel de regeneração urbana.
#Soluções tecnológicas com foco em desempenho ambiental
Os elementos técnicos — como vidros duplos, reaproveitamento de água e escolha criteriosa de materiais — mostram que a sustentabilidade não precisa ser ornamental. Ela pode ser integrada sistêmica e estrategicamente ao projeto, gerando benefícios tangíveis tanto para o meio ambiente quanto para a operação do edifício.
#Importância do mockup físico no processo projetual
A construção de um protótipo em escala real dos bosques demonstra a preocupação do escritório com a experiência do usuário. Em projetos de alta complexidade vegetal, essa prática é fundamental para garantir que os resultados estejam alinhados com as expectativas sensoriais e funcionais.
Contato:
aflalo/gasperini arquitetos
https://arqbrasil.com.br/12182/aflalo-gasperini-arquitetos/
http://aflalogasperini.com.br/
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