Fernanda Hoffmann ensina como escolher o revestimento certo para cada ambiente da casa

Segundo a arquiteta e designer de interiores Fernanda Hoffmann, os revestimentos, sejam eles cerâmicos, porcelanatos, pisos ou azulejos, costumam representar de 2 a 3% do valor total da obra, além de proteger, preservar e embelezar o imóvel.

A orientação de Fernanda para escolher os revestimentos de acordo com cada ambiente:

Salas e quartos – O ideal são os revestimentos que combinem com as tonalidades de madeira dos móveis, podem ser tons neutros como o branco, o off-white e o bege. Os foscos dão a impressão de aconchego e peças acima de 50x50cm são mais aconselháveis.

 

Cozinha – Peças grandes tem menos áreas de rejunte, ou seja, menos sujeira acumulada. Uma dica é usar rejunte a base de epóxi, uma substância plastificadora que evita o acúmulo de sujeira entre os pisos e azulejos. A cor branca continua sendo a mais procurada, pois dá um aspecto de limpeza, ideal para esse ambiente.

 

Banheiro e áreas externas – Este é o espaço da casa que mais permite inovações, tendo o revestimento como o centro das atenções, já que existem poucos mobiliários nesse ambiente. São usadas cores das mais diversas tonalidades, de acordo com a personalidade do morador.

Uma tendência se mostra nas dimensões do azulejo: hoje as peças maiores são muito procuradas e colocadas principalmente na horizontal, por dar um ar mais contemporâneo ao local.

Outra novidade, também usada em piscinas, é a pastilha de vidro, encontradas em diversas cores e dão um charme especial ao acabamento.

Em casas com crianças e idosos, é preciso evitar quedas. Por isso, pisos mais ásperos são os recomendados. Outra opção é aplicar um produto que libera micropartículas de titânio, que mesmo em contato com a água, não fica escorregadio. O produto pode ser aplicado em qualquer cerâmica, e a durabilidade é de cerca de cinco anos. Desta forma, não é necessário trocar o piso, apenas aplicar o produto no revestimento existente.

Cerâmico ou Porcelanato? – Algumas peças de cerâmica e porcelanato imitam outros materiais, como o couro, a textura de tecidos e o carpete de madeira. Se a pessoa gosta do visual da madeira, mas não quer ter problemas com manchas, riscos e barulho, pode optar por porcelanatos que imitam o produto.

O porcelanato é um tipo de cerâmica produzida com matérias-primas nobres. Ele tem baixa absorção de água, maior resistência mecânica e menor dilatação térmica.
Os pisos cerâmicos apresentam absorção d’água menor que 6%. Já os porcelanatos apresentam absorção d’água menor que 0,5%. Esta baixa absorção d’água possibilita:

• Alta resistência mecânica, suportando cargas pesadas mesmo com menor peso e espessura que as pedras naturais;
• Alta resistência a abrasão, suportando tráfego intenso de pessoas e veículos;
• Alta resistência ao gelo, podendo ser utilizado em locais com climas muito frios;
• Baixíssima expansão por hidratação, não descolando se forem bem assentados;
• Possibilidade de utilizar juntas de assentamento mínima, dando um acabamento diferenciado;
• Facilidade de assentamento.

Atenção para os modelos polidos, aqueles que criam um efeito “espelho”. No processo de polimento, a peça ganha “micro poros” que estão sujeitos a entrada de líquidos e consequentemente manchas no piso. As boas marcas fazem um tratamento impermeabilizante para evitar essas manchas, e é aí que está a diferença de preço de um produto para o outro. Mesmo tratadas, não estão totalmente livres de manchas, como molhos de tomate, ketchup, refrigerantes a base de cola, café e sangue. Se um desse produtos cair sobre seu piso, não deixe secar, limpe imediatamente. Agora se o piso já manchou e é recente, entre em contato com o fabricante, pois geralmente eles indicam o produto certo para a remoção.

Serviço:
Fernanda Hoffmann Arquitetura e Decoração
(11) 2362-4897
www.fernandahoffmann.com.br

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