Claudia Yamada e Monike Lafuente, arquitetas do Studio Tan-gram, orientam sobre a escolha do sofá, reformar a peça antiga ou comprar um novo
Difícil imaginar um imóvel sem um sofá, principalmente quando pensamos em uma sala de estar ou sala de TV.
Além do conforto que oferece aos moradores, o sofá se tornou um item de decoração e parte fundamental na composição do décor de um projeto.
Para tanto, é importante encontrar maneiras efetivas de inseri-lo na arquitetura de interiores, tanto para extrair o máximo de seu conforto como deixar o lar ainda mais exuberante.
As arquitetas do Studio Tan-Gram, Claudia Yamada e Monike Lafuente, destrincharam a utilização do móvel desde o primeiro passo a ser tomado: a escolha do modelo.
“A decisão está totalmente ligada ao tipo de uso e o estilo que o cliente gosta e quer”, esclarece Monike. Para a sala de estar o sofá costuma ser fixo (não ser retrátil) e mais firme para o bem-estar de quem está sentado.
Por outro lado, uma sala de TV pede um modelo mais macio, mais descontraído, e em alguns casos com regulagens para o encosto e para o assento.
“Todos esses aspectos precisam estar ligados à impressão que o sofá causará no ambiente”, relativiza.
Outro ponto que parece simples, mas que muitas pessoas não se atentam e acabam deixando se levar só pelas fotos do móvel, é experimentar.
“Não podemos deixar de testar o sofá na loja. Esse cuidado evita surpresas posteriores, pois não dá para realizar a compra com base apenas na aparência”, alerta Claudia.
Sofás fora da sala
Graças a sua praticidade e funcionalidade, o móvel pode ser incorporado em outros ambientes da casa, que não são necessariamente a sala de estar. Ele pode ser inserido em uma área gourmet, uma varanda e até aos pé da cama, em um dormitório mais espaçoso, para auxiliar na troca de roupa e no calçar dos sapatos.
Internos vs. Externos: os materiais indicados para cada sofá
Uma maneira de inovar com o móvel é colocá-lo em ambiente externo, oxigenando seu uso e favorecendo o conforto nesses espaços ao ar livre, como em terraços, jardins, áreas gourmet, área da piscina, varandas e muitos outros.
Porém, alguns cuidados são valiosíssimos, como salienta Monike: “Pensando em sofás externos, que pegam chuva e sol, os tecidos precisam ser super-resistentes, como o Acquablock, que bloqueia a água”.
Outra recomendação é evitar sofás de madeira nas áreas externas, pois o material natural é danificado com facilidade.
Para sofás internos, um revestimento fortemente recomentado por profissionais é o Suede, por conta de sua resistência, resistindo inclusive para quem tem gatinhos.
O linho é de aparência extremamente sofisticada e atemporal. E, quando o assunto é tendências, uma das últimas modas em sofás é o uso do tecido boucle, que é bastante macio. “Ele não é com uma trama fechada e pode puxar pelinhos, mas é o tecido do momento”, destaca Monike.
Reformar ou comprar um novo
Muitas dúvidas surgem quando o assunto é reforma do sofá: vale a pena investir para dar vida nova à peça? Pensando no décor em si, é uma boa ideia manter o existente ou é melhor substituir para não parecer velho?
O mais usual, quando o assunto é reforma, é a troca do tecido do sofá, mantendo a estrutura e o estofado para adequar o visual com as cores e as estampas em voga.
“Se a estrutura do móvel está perfeita, é interessante analisar qual o custo dessa nova roupagem. Em vias de regra, é sempre interessante considerar o upcycling como um pensamento sustentável de não descartar tanto lixo no meio ambiente”, avalia Claudia.
Por isso, é sempre válido conversar com profissionais especializados, conhecidos no mercado como tapeceiro ou estofador, para solicitar um orçamento e averiguar se a espuma e a estrutura da peça conseguirão suportar o processo de modificação.
“A hora certa de reformar é quando o móvel não está mais condizente com o ambiente, quando o proprietário cansou, o tecido está rasgado ou com o estofado afundando”, ressaltam as profissionais.
Composições, na prática
• O formato em ‘L’ define a sala de estar dentro da área social em ambiente integrado.
• Sofá e futon no escritório da casa, onde muitos se transformam em cama, podendo ser usado por hóspedes e garantir a funcionalidade do cômodo.
• Ressignificar uma peça existente e, após a troca do tecido antigo, o procedimento vale um móvel novo.
• No caso das poltronas e chaises, após adotar um tecido lavável, é possível reutilizar peças existentes em outros ambientes, como o quarto do bebê.
• Na varanda integrada, um novo espaço de estar com um sofá aconchegante rodeado por itens como pufes, poltronas, tapetes e plantinhas.
• Em apartamento compacto, no estilo estúdio, o sofá na varanda integrada libera mais espaço para a sala de jantar, além da possibilidade do modelo ser um sofá-cama e servir para receber visitas e hóspedes.
Contato:
Studio Tan-gram
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