Arquiteta Isabella Nalon mostra como escolher corretamente torneira, chuveiro e os demais acessórios contribuem para um banheiro bem decorado e funcional
Não é segredo para ninguém que o banheiro reúne as funções de relaxamento e limpeza diária. E, no contexto atual, ganhou uma importância ainda maior.
Dessa forma, saber escolher os elementos que irão compor esse ambiente é uma tarefa essencial, que demanda uma atenção redobrada.
Quando o assunto são os metais – torneira, chuveiros e acessórios (saboneteira, papeleira, toalheiro, cabideiro) –, a estética precisa estar aliada à funcionalidade.
No mercado existem inúmeros produtos que são bonitos e estão na moda, porém é muito importante observar a durabilidade e a resistência, para evitar dores de cabeça no futuro. Nesse sentido, os materiais mais indicados são o aço inox ou o metal cromado.
A arquiteta Isabella Nalon, à frente do escritório que leva o seu nome, ainda alerta para a necessidade de verificar algumas especificações técnicas da residência antes de ir às compras.
“A pressão da água, a distância entre a caixa d’água e o ponto onde serão instalados, bem como os itens e as dimensões do cômodo são pontos cruciais antes de escolher os metais”, afirma a profissional.
Reunindo sua experiência, a arquiteta preparou um guia com dicas imprescindíveis que contribuirão nessa tarefa.
Torneiras
A torneira é uma das peças fundamentais do banheiro. Por isso, ao especificar um modelo é necessário observar o local de instalação e o tipo. “Lembrando que ela deve combinar com o estilo do ambiente e ser de um material durável”, conta Isabella Nalon.
Quanto ao tipo, as torneiras podem em 3 formatos básicos: monocomando, misturador ou comando simples. Para a configuração com água quente e fria, monocomando é o ideal, sendo as duas temperaturas acionadas por uma única alavanca.
Já o misturador permite a saída, de forma individual, de água fria e água quente, sendo possível mesclá-las. Por fim, o terceiro modelo possui apenas água fria.
“Para decidir pelo melhor local de instalação da peça, que pode ser na parede ou na bancada, é preciso seguir o estilo de decoração e os pontos hidráulicos do ambiente”, alerta a arquiteta.
Assim, as torneiras de bancada são as mais tradicionais e podem ser inseridas diretamente na mesa ou na cuba.
A grande vantagem, além do custo mais acessível, é a disponibilidade de alturas, permitindo escolher o modelo mais adequado para o projeto.
Já as torneiras instaladas na parede são muito usadas em pias que possuem maior altura, como as cubas de apoio. Elas são ótimas opções para banheiros pequenos, pois otimizam o espaço da bancada.
Entretanto, antes de escolher esse modelo é necessário verificar se o encanamento está preparado para recebê-lo.
Caso não, será preciso efetuar uma mudança no ponto de água. Além disso, a profissional recomenda que a embalagem do produto seja examinada para entender seu tipo de colocação.
Há ainda os modelos de piso e teto que estão sendo cada vez mais usados nos banheiros como expressão de decoração mais ousada. Ambos requerem instalação hidráulica específica e lavatórios especiais.
Chuveiro
Outro metal fundamental para o banheiro é o chuveiro. Assim como a torneira, ele merece uma atenção extra para escolher por se tratar um produto durável e prático.
Uma das primeiras etapas antes de comprá-lo é determinar a altura da instalação. O padrão é de 2,10 m para um pé direito de até 2,40 m.
“Entretanto, cada morador possui uma necessidade, assim é recomendável validar as medidas com o responsável pelo projeto”, afirma Isabella Nalon.
Além disso, há dois modelos mais comuns: o chuveiro a gás e o elétrico. Em projetos mais recentes de apartamentos, o sistema a gás já vem instalado, facilitando o uso do primeiro.
Geralmente, ela fica na área de serviço com tubulação aparente, simplificando sua manutenção e a dispersão do gás, em casos de vazamentos.
“O ideal é que esse equipamento seja colocado em um local arejado e de fácil acesso. Além disso, esse chuveiro possibilita o aquecimento da água mesmo na falta de energia”, alerta a arquiteta.
O chuveiro elétrico, no que importa, está presente na maioria das residências brasileiras.
Nesse caso, a água é aquecida a partir do calor gerado por uma corrente elétrica, que está na resistência localizada dentro da peça. A maior desvantagem dele é o consumo de energia.
Acessórios
Os acessórios se revelam como os últimos tópicos na lista de metais para o banheiro. Apesar de opcionais, eles não devem ser esquecidos. Nesta categoria estão a saboneteira, papeleira, cabideiro, porta xampu e condicionador e o toalheiro.
Assim como o chuveiro e a torneira, a qualidade e a durabilidade devem ser priorizadas na hora da compra.
“Por isso, o recomendado é que os itens sejam cromados, assegurando melhor resistência à umidade e ao contato com a água”, aconselha a profissional.
Nesse sentido, cada item deve ser instalado nos locais certos para proporcionar conforto aos usuários e equilíbrio no ambiente. O toalheiro de barra, que receberá a toalha de banho, precisa ficar próximo da área do boxe.
A altura varia conforme os moradores, entretanto, a média alterna de 1,50 m a 1,80 m do piso. O cabideiro, usado para pendurar as roupas, pode seguir as mesmas medidas.
Já o toalheiro anel deve ficar, pelo menos, 30 cm acima da bancada para que o tecido não encoste na superfície. O ideal para a saboneteira, se for colocada na bancada, é estar a 10 cm acima da cuba.
Por fim, a papeleira precisa estar o mais próximo possível da bacia sanitária, facilitando o acesso, e com uma altura de 40 cm a 60 cm do piso.
Toalheiro elétrico
Além dos acessórios habituais, essa é uma peça que se destaca como detentora de conforto máximo. O toalheiro elétrico, para sair do banho com a disponibilidade de uma toalha quente.
Isso é possível com esse equipamento que mantém uma temperatura entre 40 °C e 45 °C. Dentre as inúmeras vantagens, ele ainda evita a proliferação de mofo, bactérias e fungos no tecido.
Para instalar, o projeto deve prever uma tomada com aterramento, podendo ser colocado no mesmo local do toalheiro comum. A fixação não tem segredo: basta furar a parede e prender com os parafusos.
“Se tiver crianças em casa, sempre recomendo uma altura mínima, de 60 cm acima do chão, para evitar acidentes”, afirma Isabella.
O gasto de energia é baixo. Se o aparelho ficar ligado durante um dia inteiro, o consumo será de 100 w, como de uma lâmpada comum. Para higienizá-lo é só passar um pano úmido com álcool. “Evite produtos químicos ou abrasivos que podem danificar a peça”, avisa a arquiteta.
Contato:
Isabella Nalon
https://arqbrasil.com.br/492/isabella-nalon/
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