A sociedade brasileira vem se transformando e, por conta disso, protagonizando uma verdadeira revolução comportamental / Por Alexandre Lafer Frankel
A pandemia intensificou esse movimento que evidencia um novo estilo de vida em que o “menos” é “mais”. Em busca de qualidade de vida, tempo e praticidade, as novas gerações já decretaram que “ter” não é o mais importante.
Preferem pagar pelo tempo de uso, pela experiência, e não pela aquisição do bem. Já é assim com filmes, música, carros… A grande novidade é levar essa tendência também para a moradia.
O conceito que envolve o sonho da casa própria vem se transformando de forma contínua e gradual. O sonho não acabou, mas, com certeza, se modernizou. Se a ideia é ter cada vez menos bens e acumular mais experiências, nada mais oportuno do que investir em um imóvel diferente a cada período da nossa vida. Muitas pessoas já tinham essa filosofia de vida.
Mas foi durante a pandemia que a geração sem casa se tornou realidade, impulsionada pela oficialização do home office e a necessidade do isolamento social. Para acompanhar essa mudança de hábito, a tecnologia foi fundamental, brindando o consumidor com plataformas e aplicativos ligados à moradia.
Com isso, a geração sem casa ganha novas opções de lar, fazendo com que viajar a bordo de um motorhome não seja mais uma das únicas alternativas para quem quer viver uma vida nômade.
Os avanços tecnológicos no setor residencial trouxeram a moradia flexível, sob demanda, uma opção, que dá a liberdade essencial para quem quer desbravar o mundo.
As novas gerações não querem necessariamente comprar um imóvel, alugar e se preocupar com mudança, móveis, documentos, ITBI, custas cartorárias etc.
Eles não priorizam o patrimônio, não querem compromissos definitivos, nada que lhes dê a sensação de engessamento. O que conta é a solução ligada a experiências. Quanto mais prática, melhor.
No modelo flexível, as opções de imóveis são muitas, permitindo a possibilidade de o consumidor escolher o que mais combina com o estilo de vida dele.
A geração nômade já demonstrou que qualidade de vida virou condição indispensável, assim como sustentabilidade, segurança, conexão, serviços e funcionalidade.
Sem dúvida, uma revolução que vai ditar novas regras ao mercado, mais flexíveis e transparentes. A geração sem casa surge para mudar as prioridades instauradas, impactando, positivamente, nas necessidades e no estilo de vida da nossa sociedade como um todo. É o futuro batendo na nossa porta.
Alexandre Lafer Frankel é CEO e fundador da Housi
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