Arquiteta Maria Fernanda, do Estúdio 4 Soluções em Arquitetura, mostra como armazenar o vinho de forma correta, além de apresentar as opções de adegas adequadas a cada projeto

Estúdio 4 em volta do vinho

Arquiteta Maria Fernanda, do Estúdio 4 Soluções em Arquitetura

O caminho percorrido pelo vinho até que chegue à mesa do consumidor é longo. Ao abrir uma garrafa de vinho está, na verdade, se descortinando longos anos de trabalho e de estudo.

Por isso, definitivamente, não se pode descuidar do armazenamento de um produto que foi feito com tanto esmero, é para isso que servem as adegas.

“Ter uma boa coleção de garrafas de vinho, é quase como ter uma galeria de arte em casa para muitas pessoas. De fato, há quem diga que o vinho é a arte que se pode beber. E você pode transformar um espaço na sua casa, seja ele grande ou não, em uma autêntica biblioteca do vinho, ou seja, uma adega perfeita que acomode seus rótulos como eles precisam ser armazenados”, comenta Maria Fernanda, sócia proprietária do Estúdio 4 Soluções em Arquitetura.

Mas ter uma adega em casa não significa ter um simples armário dedicado ao armazenamento dos vinhos. A construção de um espaço dedicado a essa bebida está associada à possibilidade de ter certos prazeres particulares.

Nos últimos anos, essa tendência aumentou por causa da pandemia porque os espaços para a degustação do vinho ficaram fechados por um bom tempo e a solução foi encontrar dentro de casa um lugar cômodo para desfrutar da bebida, em encontros restritos com alguns pequenos grupos de amigos e familiares.

“Definitivamente, ter uma adega em casa é uma forte tendência hoje, sendo uma das opções a seca, conhecida também como adega passiva, que não usa nenhuma tecnologia para manter o vinho na temperatura ideal. Nela, as bebidas ficam protegidas, sem precisar ligar ou desligar algo. Geralmente são construídas no porão, em um quarto escuro e frio, ou podem ocupar um cômodo inteiro ou, até mesmo, ser do tamanho de uma despensa ou closet”, explica Maria Fernanda.

A maior vantagem desse tipo de adega é o fato de que ela não depende da eletricidade para funcionar. Quando construída adequadamente, basta fechar a porta para que seus vinhos fiquem preservados, reduzindo o perigo de oxidarem, e envelhecendo muito bem. Para quem tem uma coleção numerosa, essa é uma ótima alternativa.

Uma outra opção para armazenar vinhos que vem ganhando destaque também são as adegas climatizadas. “Originadas na Europa, essas adegas funcionam por meio da troca de calor com o ambiente externo. Assim, o que esse sistema faz é apenas retirar o calor de dentro dela. Por meio desse método você consegue, sem utilização de grandes quantidades de eletricidade, manter a temperatura interna cerca de 10°C mais baixa do que a externa”, comenta Maria Fernanda.

Essas adegas surgiram nos países de clima temperado, sem grandes oscilações de temperatura, como uma opção compacta e eficiente para quem não tem o espaço ou as condições de temperatura e umidade ideais para uma adega passiva em casa.

Na dúvida entre qual tipo de adega escolher, opte pelas duas. “Uma sugestão é deixar grande parte da sua coleção na adega seca e, na sua área de degustação, tenha uma climatizada para que você assegure que aqueles rótulos que logo vão ser consumidos estejam na temperatura certa, definida pelo enólogo que desenvolveu esse vinho. Com isso, você vai ter a certeza de que estará consumindo toda a história por trás dessa bebida, vivendo uma experiência inesquecível e se aquecendo, nestes dias mais frios”, finaliza Maria Fernanda.

Contato:
Estúdio 4
(31) 3281-6128
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