Na volta presencial aos escritórios, fundos imobiliários podem ser a bola da vez / Por Ale Boiani

De olho na volta

Ale Boiani

O Brasil já aplicou 237 milhões de doses e atualmente quase 91 milhões de pessoas estão totalmente imunizadas. Em São Paulo, por exemplo, de acordo com o vacinômetro da Prefeitura, 100% da população adulta já tomou a primeira dose da vacina, e 79% a segunda. E, com o aumento da população vacinada, principalmente nas grandes cidades, o mercado imobiliário começa a dar sinais de retomada.

Com a volta presencial das empresas – tema bastante discutido com o anúncio do home office permanente por grande parte dos negócios e que agora já é considerada a volta parcial, justificada pela integração das equipes, faz com que o mercado de investimentos passe a olhar para os fundos imobiliários, que são a comunhão de recursos destinados à aplicação em empreendimentos imobiliários, constituído sob a forma de um condomínio fechado, sendo dividido em cotas, que representam parcelas ideais do patrimônio.

Diante deste cenário, os imóveis têm tido valorização importante e o mercado imobiliário está bastante aquecido. No começo da pandemia, os fundos imobiliários que investem em galpões e logística continuaram entregando dividendos, e o preço dos papéis de lajes corporativas e shoppings tiveram uma redução marcante, representando uma oportunidade de entrada.

Segundo o INCC (Índice Nacional da Construção Civil), o preço médio do metro quadrado de lajes corporativas está em R﹩18mil, em São Paulo, e se você checar o preço dos papéis na bolsa, o preço está descontado por volta de R﹩ 12 mil o metro quadrado.

Quando as casas de análise montam as carteiras de fundos imobiliários levam em consideração o que chamam de carteira valor (papéis que têm chances de ganho de capital, alta do preço, para saída no mercado secundário) e carteira dividendos (os papéis que, mesmo não tendo valorização significativa do preço do ativo, entregam dividendos mensais muito superiores ao que seria comprar um imóvel e alugar).

A questão inflacionária também terá impacto no preço dos papéis ao serem reajustados. Os fundos imobiliários cotam em bolsa, e são considerados renda variável, o que pode ter oscilações negativas e, como sempre falamos no mercado de investimentos, a diversificação é importantíssima. Considerar de acordo com seu perfil de risco um percentual da carteira para fundos imobiliários pode fazer muito sentido.

O iFix, índice de fundos imobiliários, está negativo no acumulado do ano, e, embora isto assuste um pouco alguns investidores, é o momento de comprar barato, enxergando uma janela de oportunidade.

A média de rentabilidade mensal dos fundos imobiliários tem se mostrado ao redor de o,7% – lembrando que estes dividendos não são tributados e que os fundos imobiliários precisam repassar 95% do lucro para os cotistas.

Ale Boiani é CEO, fundadora e Sócia do 360iGroup

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