Os paisagistas Cate Poli e João Jadão reuniram pontos importantes de um projeto luminotécnico para jardins e área externa da casa
Jardins e áreas externas devem ser aproveitados durante todas as horas do dia – por isso, quando o sol se põe, é indispensável ter um projeto luminotécnico bem pensado, garantindo não só conforto e funcionalidade para o espaço, como também a valorização das espécies.
“Uma boa iluminação transforma a área externa, destacando o paisagismo. Para isso, é importante conhecer bem o jardim e entender quais áreas devem ser iluminadas”, opinam os paisagistas Cate Poli e João Jadão.
Para criar um jardim de verão sobre uma laje, os profissionais apostaram em espécies resistentes e um projeto luminotécnico com peças da Interlight, instaladas pela Ipel, para valorizar as espécies escolhidas. “Utilizamos balizadores baixos de luz e espetos de haste longa, tudo reforçando a estética de veraneio da cobertura, muito agradável e acolhedora”, explicam.
Segundo os paisagistas, a escolha da iluminação deve levar em conta, primeiramente, a resistência das peças, uma vez que elas ficam expostas às intempéries. “As luminárias devem sempre ser blindadas. Normalmente são peças de alumínio fundido e pintura eletrostática, sem soldas ou emendas. Assim, elas aguentam a ação do sol e das chuvas”, explicam.
Isso faz com que a iluminação para área externa seja mais cara do que a para áreas internas, ainda que atualmente o mercado ofereça diversas opções. “Iluminação de jardim é um item que evoluiu bastante e, hoje, os LEDs se apresentam como opção resistente e econômica”, apontam. Além de eficientes, gastando pouca energia, eles são duráveis e não aquecem as plantas.
A tonalidade da iluminação também sempre deve ser observada. “Um projeto luminotécnico que valoriza o paisagismo deve tentar preservar ao máximo as cores das espécies. Por isso, o ideal é evitar lâmpadas coloridas, que tingem o jardim e comprometem a definição e reprodução fiel das cores”, destacam Cate Poli e João Jadão, que recomendam o uso de luminárias brancas, mas com temperatura de cor quente – como a de 2.700 K.
“O tom levemente amarelado traz a sensação de luz do luar, deixando tudo muito natural”, explicam.
Além da tonalidade, a potência da iluminação também faz toda a diferença. “Geralmente usamos potências maiores para espécies mais altas e com foco mais aberto para copas maiores”, afirmam. As lâmpadas podem ser dispostas de diversas formas – como com espetos para arbustos, direcionáveis, ou embutidas no solo, para iluminar árvores e palmeiras.
“Os espetos criam uma iluminação direcionada e podem facilmente serem movidos de lugar, acompanhando o crescimento das espécies”, dizem Cate Poli e João Jadão. As lâmpadas embutidas, por sua vez, podem também iluminar caminhos, auxiliando na locomoção pelo jardim.
“É sempre importante se atentar a áreas com desnível, caminhos, rampas e piscinas, que devem ser iluminadas para garantir segurança”, dizem. Para isso, os balizadores também são boas opções, com uma iluminação direcionada e que não ofusca.
“Em todos os casos, o importante é priorizar uma iluminação indireta e cenográfica, garantindo conforto, sem ofuscar”, explicam. Por isso, a dupla indica iluminação mais intensa apenas em áreas indispensáveis, como próximos de uma mesa. “Nesse caso, é possível optar por projetores ou holofotes”, finalizam.
Ficha:
Jardim na Cobertura por Cate Poli e João Jadão
Iluminação / Interlight / Ipel
Fotografia Evelyn Müller
Contatos:
Catê Poli Paisagismo
(11) 3774-5944 / (11) 996-228-718
http://catepoli.com.br/
João Jadão Paisagismo
(11) 3263-0360 / (11) 98115-3399
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